Enquanto os senhores deputados e senadores discutem a novela Palocci - tentando decidir se ele deve ou não falar sobre o enriquecimento repentino com suas atividades de consultoria - milhões de pessoas passam fome em todo o Brasil.
Enquanto eles tomam café nos amplos salões do Congresso Federal, com ternos e sapatos caros pagos pelos impostos dos trabalhadores brasileiros, refrescados pelo friozinho do ar condicionado, crianças recolhem no lixo o almoço, a janta, os brinquedos. Ajudam seus pais a ganhar a comida de cada dia e, então, não podem estudar e fazer de suas vidas um caminho diferente do que é hoje. Não podem ansear por um trabalho formal, uma vida simples, mas digna.
Eles recebem, por mês, R$ 26,7 mil - além de décimo terceiro, auxílios de moradia, saúde, verbas de gabinete. O custo do mandato de cada um dos 513 deputados federais é de R$ 6,6 milhões por ano. E, se precisarem de mais, basta votar o próprio aumento salarial. Enquanto isso...
É muito estranho viver em um país onde esses dois lados são tão díspares. Um país onde muitos se orgulham do futebol, mas se envergonham - ou sequer percebem - de seus irmãos, tão seres humanos como todos nós, mas sem condições mínimas de vida. Sobrevivem, sem lazer, sem prazer, apenas pensando em como será o amanhã. É muito ruim pensar que as vossas excelências só lembram dos catadores de lixo, dos miseráveis, quando precisam de seu voto. E o voto - que deveria ser de confiança - se torna, quando muito, apenas uma mercadoria, que precisa ser vendida em troca da sobrevivência por algum alimento, algum favor.
Mas não são apenas os "digníssimos parlamentares" que esquecem dessas pessoas. Nós, que temos uma cama na qual dormir e um teto para nos proteger, geladeiras cheias e dinheiro para abastecê-las, frequentemente vivemos isolados dessa miséria e deixamos de lado o problema da desigualdade social, dos moradores de rua, dos cidadãos sem direitos.
Porém, podemos mudar isso. A sociedade civil organizada é poderosa - e os políticos, inclusive, têm medo de nós, principalmente quando estouram esses ou aqueles casos de corrupção. Nossa opinião, nosso voto, nossa solidariedade PODE mudar o país e torná-lo um lugar melhor para todos. De imediato, o importante é ajudar o próximo. Consumir menos. Doar o que não utiliza. Não desperdiçar comida e água. Faz bem para o planeta, a longo prazo; faz bem para a humanidade, agora.
Abaixo, assista uma excelente matéria de Beatriz Castro, da Globo Nordeste.
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Enquanto eles tomam café nos amplos salões do Congresso Federal, com ternos e sapatos caros pagos pelos impostos dos trabalhadores brasileiros, refrescados pelo friozinho do ar condicionado, crianças recolhem no lixo o almoço, a janta, os brinquedos. Ajudam seus pais a ganhar a comida de cada dia e, então, não podem estudar e fazer de suas vidas um caminho diferente do que é hoje. Não podem ansear por um trabalho formal, uma vida simples, mas digna.
Eles recebem, por mês, R$ 26,7 mil - além de décimo terceiro, auxílios de moradia, saúde, verbas de gabinete. O custo do mandato de cada um dos 513 deputados federais é de R$ 6,6 milhões por ano. E, se precisarem de mais, basta votar o próprio aumento salarial. Enquanto isso...
É muito estranho viver em um país onde esses dois lados são tão díspares. Um país onde muitos se orgulham do futebol, mas se envergonham - ou sequer percebem - de seus irmãos, tão seres humanos como todos nós, mas sem condições mínimas de vida. Sobrevivem, sem lazer, sem prazer, apenas pensando em como será o amanhã. É muito ruim pensar que as vossas excelências só lembram dos catadores de lixo, dos miseráveis, quando precisam de seu voto. E o voto - que deveria ser de confiança - se torna, quando muito, apenas uma mercadoria, que precisa ser vendida em troca da sobrevivência por algum alimento, algum favor.
Mas não são apenas os "digníssimos parlamentares" que esquecem dessas pessoas. Nós, que temos uma cama na qual dormir e um teto para nos proteger, geladeiras cheias e dinheiro para abastecê-las, frequentemente vivemos isolados dessa miséria e deixamos de lado o problema da desigualdade social, dos moradores de rua, dos cidadãos sem direitos.
Porém, podemos mudar isso. A sociedade civil organizada é poderosa - e os políticos, inclusive, têm medo de nós, principalmente quando estouram esses ou aqueles casos de corrupção. Nossa opinião, nosso voto, nossa solidariedade PODE mudar o país e torná-lo um lugar melhor para todos. De imediato, o importante é ajudar o próximo. Consumir menos. Doar o que não utiliza. Não desperdiçar comida e água. Faz bem para o planeta, a longo prazo; faz bem para a humanidade, agora.
Abaixo, assista uma excelente matéria de Beatriz Castro, da Globo Nordeste.
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