O Comando de Greve do Centro Acadêmico do Agreste publicou, hoje, uma carta à comunidade do campus, explicando as razões de sua adesão à greve nacional dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas no dia 6 de junho.
Foto: Samuel Kissemberg |
As universidades paralisadas já somam 45, conforme notícia publicada no site da Fasubra, que também fala sobre a marcha que ocorreu em Brasília/DF essa semana:
Caravanas de diversos estados ocuparam a Esplanada para exigir que o governo federal abra as negociações com o Comando Nacional de Greve (CNG-FASUBRA). [...] A marcha, com aproximadamente 7 mil trabalhadores, foi organizada por mais de 32 entidades representativas do funcionalismo público federal que têm exigido na pauta conjunta: a paridade salarial entre trabalhadores ativos e aposentados, a incorporação das gratificações, definição de política salarial com base nas perdas causadas pela inflação, variação do PIB, e realização de concurso público.
Para visualizar a carta aberta à comunidade do CAA, clique aqui.
Para quem não conseguiu realizar o download do documento em formado PDF no link acima, segue o texto abaixo na íntegra:
Carta Aberta à Comunidade do Centro Acadêmico do Agreste*
Para quem não conseguiu realizar o download do documento em formado PDF no link acima, segue o texto abaixo na íntegra:
Carta Aberta à Comunidade do Centro Acadêmico do Agreste*
Prezados,
Os servidores técnico-administrativos das universidades federais brasileiras estão em greve desde o dia 6 de junho para defender o direito a uma vida digna e promissora. A Universidade Pública está ameaçada, pois os serviços prestados por cidadãos de bem estão sendo deixados à própria sorte. Já estamos no mês de junho e, desde o início do ano, o Governo Federal não apresentou proposta alguma.
Nossa luta é por melhores condições de trabalho, contratação de mais pessoal via concurso público e ampliação da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. Essas reivindicações são importantes para estudantes, trabalhadores, professores, que querem uma sociedade justa. Os estudantes, ao término do seu curso, provavelmente serão trabalhadores, ou talvez já o sejam. Então, imagine a seguinte situação:
- não encontrar vaga no mercado de trabalho e nem concurso público em número suficiente, mesmo com déficit de pessoal nas Universidades;
- ter seu salário congelado por dez anos devido a uma lei proposta pelo Governo Federal;
- permanecer 30 anos exercendo a mesma função sem a possibilidade de evolução na “carreira”;
- perder o direito à ascensão funcional;
- possuir o menor salário do funcionalismo público federal, enquanto servidores com o mesmo cargo que você, apenas por ser de outro órgão público, recebe três vezes mais;
- ter grande parte da sua categoria sem reconhecimento do potencial, apesar do investimento em formação (graduação e pós-graduação);
- estar sobrecarregado de trabalho, exercendo a atividade de dois ou mais trabalhadores, diante de uma demanda crescente;
- trabalhar sem infraestrutura adequada, como mesas, cadeiras, banheiros, etc.;
- ser frequentemente ameaçado ou assediado no setor;
- no momento da aposentadoria, depois de 30 ou 35 anos de dedicação, receber a notícia que o governo vai retirar direitos e reduzir salário.
Nós, do Centro Acadêmico do Agreste, lutamos para garantir condições dignas de trabalho e o reconhecimento da nossa categoria significativa na construção de uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.
Pauta de Reivindicações
Nesta Campanha Salarial Emergencial 2011 os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos e step 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV da Lei 11.091/2005 (incentivos de qualificação), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, contra a terceirização, revogação da Lei nº 9.632/98 (extinção do cargo de motorista), abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HUs e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas. (Reivindicações extraídas do site da www.fasubra.org.br)
(*) Carta adaptada de documento da SINTUFSC - CLG – UFSC
Caruaru, 17 de junho de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário