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Publicado em 17.06.2011, às 07h14
A greve dos técnicos administrativos das universidades federais já conta com a adesão de servidores de 44 instituições. Desde que a paralisação foi deflagrada há quase duas semanas, o movimento grevista não conseguiu reunir-se com o Ministério do Planejamento para que as negociações sejam retomadas. O impasse já prejudica os estudantes e pode colocar em risco o calendário universitário.
Nessa quinta (16), integrantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) participaram de uma mesa-geral de negociação salarial no Ministério do Planejamento com representantes de diversas categorias. Segundo Paulo Henrique dos Santos, coordenador-geral da entidade, não houve nenhuma discussão específica sobre a situação dos técnicos das universidades federais, mas a promessa de que uma nova reunião será agendada para a retomada das negociações.
O movimento pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com a Fasubra, hoje os servidores recebem R$ 1.034. “Estamos insistindo, mais uma vez, que se tenha essa reunião porque não há como resolver o problema da greve sem diálogo. Não é interessante para nenhum dos lados”, afirma Santos.
Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a paralisação começa a afetar a rotina das instituições. Na Universidade de Brasília (UnB), onde os servidores aderiram ao movimento, a biblioteca e o restaurante universitário estão fechados. Francisco de Morais, aluno do curso de arquivologia, utiliza os bancos que ficam do lado de fora da biblioteca para estudar.
“Não é o lugar apropriado, é desconfortável e faz frio, mas é o lugar que eu encontrei”, conta o estudante. Aluno do curso noturno, ele também utilizava os serviços do restaurante para jantar, mas, com a greve, compra comida em lanchonetes e diz que sente falta das sopas “saudáveis” que eram servidas pela universidade.
Neide Aparecida Gomes, diretora em exercício da biblioteca, explica que não é possível manter o espaço aberto sem os funcionários. Apenas o serviço de devoluções está funcionando, como forma de proteger o acervo. O coordenador-geral da Fasubra explica que os funcionários mantêm os serviços que não podem ser interrompidos, como projetos de pesquisa e o atendimento à população nos hospitais universitários.
Nesta semana, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se dispôs a colaborar no processo de negociação, mas fez um apelo para que a categoria suspenda a greve. De acordo com Paulo Henrique dos Santos, os reitores das universidades federais também estão trabalhando como interlocutores para evitar que a paralisação prolongada prejudique o calendário. Com os servidores parados não é possível, por exemplo, processar as matrículas do próximo semestre.
“Em que pese o fato de que a gente não tem ligação direta com a sala de aula, trabalhamos toda a estrutura que dá condições aos professores de darem aula. Os processos de cadastramento, toda a parte burocrática é feita pelos técnicos”, explica o dirigente sindical.
Nessa quinta (16), integrantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) participaram de uma mesa-geral de negociação salarial no Ministério do Planejamento com representantes de diversas categorias. Segundo Paulo Henrique dos Santos, coordenador-geral da entidade, não houve nenhuma discussão específica sobre a situação dos técnicos das universidades federais, mas a promessa de que uma nova reunião será agendada para a retomada das negociações.
O movimento pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com a Fasubra, hoje os servidores recebem R$ 1.034. “Estamos insistindo, mais uma vez, que se tenha essa reunião porque não há como resolver o problema da greve sem diálogo. Não é interessante para nenhum dos lados”, afirma Santos.
Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a paralisação começa a afetar a rotina das instituições. Na Universidade de Brasília (UnB), onde os servidores aderiram ao movimento, a biblioteca e o restaurante universitário estão fechados. Francisco de Morais, aluno do curso de arquivologia, utiliza os bancos que ficam do lado de fora da biblioteca para estudar.
“Não é o lugar apropriado, é desconfortável e faz frio, mas é o lugar que eu encontrei”, conta o estudante. Aluno do curso noturno, ele também utilizava os serviços do restaurante para jantar, mas, com a greve, compra comida em lanchonetes e diz que sente falta das sopas “saudáveis” que eram servidas pela universidade.
Neide Aparecida Gomes, diretora em exercício da biblioteca, explica que não é possível manter o espaço aberto sem os funcionários. Apenas o serviço de devoluções está funcionando, como forma de proteger o acervo. O coordenador-geral da Fasubra explica que os funcionários mantêm os serviços que não podem ser interrompidos, como projetos de pesquisa e o atendimento à população nos hospitais universitários.
Nesta semana, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se dispôs a colaborar no processo de negociação, mas fez um apelo para que a categoria suspenda a greve. De acordo com Paulo Henrique dos Santos, os reitores das universidades federais também estão trabalhando como interlocutores para evitar que a paralisação prolongada prejudique o calendário. Com os servidores parados não é possível, por exemplo, processar as matrículas do próximo semestre.
“Em que pese o fato de que a gente não tem ligação direta com a sala de aula, trabalhamos toda a estrutura que dá condições aos professores de darem aula. Os processos de cadastramento, toda a parte burocrática é feita pelos técnicos”, explica o dirigente sindical.
Fonte: Agência Brasil
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