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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VÍDEOS DE OUTRAS FONTES: Protesto na Reitoria a UFPE pela Humanização da Instituição, 29 de set. 2011


OBSERVAÇÃO DO BLOG: Também estamos divulgando os vídeos produzidos por pessoas diversas na ocasião dos fatos. Outras imagens e visões são fundamentais para registrar a multiplicidade de olhares e imagens sobre esse fato social. Enviar para o Twitter

VÍDEO: Mais um suicidio na ufpe 2011

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REVOLTA: Em carta, professora protesta contra homenagem a Marco Maciel na Faculdade de Direito

FONTE: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/09/30/em_carta_professora_protesta_contra_homenagem_a_marco_maciel_na_faculdade_de_direito_114385.php


POSTADO ÀS 14:26 EM 30 DE Setembro DE 2011
A carta está repercutindo nas redes sociais.
Leia a íntegra:


Cara Diretora do CCJ-UFPE-Faculdade de Direito do Recife, Profa. Dra. Luciana Grassano

Caros colegas docentes,

Cumprimentando-os cordialmente, venho, preliminarmente, parabenizar nossa Diretora, Profa. Luciana Grassano, por mais este importante passo na restauração de nossa casa, o prédio da Faculdade de Direito do Recife. Um trabalho primoroso, bem conduzido e realizado que, sem dúvidas, nos trouxe mais que conforto. Temos, atualmente, a satisfação de exercermos nosso ofício em um edifício dotado da dignidade que sempre lhe foi devida. O cuidado deferido à nossa edificação tem reflexos largos, porquanto seja toda a sociedade beneficiária do resgate de integridade desse patrimônio histórico. Assim, registro meus agradecimentos sinceros e fraternos, bem como o meu reconhecimento.

Por ocasião da Solenidade de Reabertura do Salã o Nobre, venho, ainda que comprendendo a circunstância de absoluta felicidade institucional, registrar meu singelo e firme protesto referente ao Conferencista brindado pela ocasião. Foi no Salão Nobre que muitos de nós defenderam suas dissertações de mestrado, teses de doutorado, assistiram e participaram de debates acalourados;foi também neste salão que, em várias situações, professores e alunos reuniram-se simplesmente para exercerem o seu legítimo direito de pensar, dialogar e dar máxima expressão à própria idéia sobre a qual construimos, diariamente, a nossa Faculdade.

Todos esses fatos fazem parte da história da Faculdade de Direito do Recife, tão bem contada pelo saudoso Prof. Dr. Gláucio Veiga. No volume 2 de sua obra sobre a história das idéias, das ações e do papel de nossa Faculdade, Prof. Gláucio dedicou seu trabalho a todos aqueles que morreram porque ousaram pensar. Em tempos difíceis, nossa Faculdade representou, ao m e nos no imaginário de muitos, um oásis onde era possível pensar! Entrementes, sabemos que, nesses mes mos tempos, pensar na Faculdade tornou-se algo perigoso. Sob as vistas dos ditadores, foram os professores e alunos da Faculdade vítimas preferenciais de restrições e toda sorte de agressões a direitos humanos.

Esses tempos, infelizmente, são reféns de nossa memória. É em nome dessa memória - que não podemos negligenciar- que apresento meus protestos referentes à eleição do ex-senador Marco Maciel como conferencista da ocasião de reabertura do Salão Nobre da Faculdade. Entendo, com meus botões, que sua presença, em condição tal de honraria - e acredito ser de honra extrema proferir conferência no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, em sua reabertura - fere a memória viva de lamentáveis fatos ocorridos na própria Faculdade no final da década de 60 e durante a década de 70. Fere diretamente professores da casa, que, entà £o , foram perseguidos porque pensavam; fere professores que foram, inclusive, expulsos de casa, para torn arem-se estrangeiros em busca de Justiça em outros países, exilados da Faculdade; fere a mim, pessoalmente, que vivenciei a potencialidade lesiva da ditadura, e convivo com fotos de parentes que sequer tive oportunidade de conhecer, em cartazes de busca por desaparecidos afixados em nosso prédio . Fere, por fim, em minha opinião, todos os nossos alunos que, sem experiências pessoais sobre esse período tenebroso, precisam de nossas memórias e de nossa voz para conhecerem esse mal absoluto que é a restrição da liberdade.

Não tenho nenhuma queixa pessoal dirigida ao ex-senador Marco Maciel para apresentar aqui. O que tenho é a convicção e o conhecimento de sua trajetória política; nos tempos em que convivemos com a divisão entre ditadores e cidadãos, sei que nossa Faculdade ficou aliada aos cidadãos, postura contrária do Conferencista convidado.

Por certo, como acadêmica, não devo ter preconceito com idéias. Mas a distânci a no tempo, pouco mais de 30 anos, apenas o tempo de minha vida, não pode ser suficiente para apagar de nossa história e memória o passado a que aludi.

Se, durante a ditadura, o maior desafio do cidadão era pensar e manifestar-se, hoje, penso eu, o que mais nos constrange é o dever de não calar, de não tolerar por comodidade e de não negligenciar nosso legado. São tempos diferentes, é claro. Os protestos desapareceram para dar lugar ao individualismo e à busca de conquistas patrimoniais. Não há voz nas ruas ou nas praças. É o silêncio obsequioso, chamado de tolerância, que incomoda alguns poucos legatários de tanto sofrimento do passado.

Meu protesto, portanto, segue as diretrizes atuais: infelizmente a presença do conferencista constrange a mim, em tão alta medida, que não me permitirá participar desse momento hist óri co. Protesto por meio dessas palavras, de minha ausência e de um pedido. Se algum documento resultar d a solenidade da próxima segunda-feira, dia 03 de outubro, solicito que minha ausência seja registrada como forma de protesto silencioso e pacífico.

Eu não sei se nós teremos os benefícios de, dentre nós, haver um novo docente dedicado a contar a história da Faculdade de Direito do Recife, como fez o Prof. Gláucio Veiga; mas, se houver, os relatos da próxima segunda-feira farão o histórico dos fatos passados nas décadas de 60 e 70 do século XX darem uivos de terror...o terror da superação das idéias e da liberdade pelo tempo; o terror da negligência da história dos que se foram, em nome do que agora está.

Cordialmente,

Profa. Dra. Larissa Maria de Moraes Leal
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MATÉRIA: Tarde de Confusão na UFPE

FONTE: Diário de Pernambuco, 30 de setembro de 2011,  caderno C6, Vida Urbana


Manifestação que pedia medidas preventivas para evitar suicídios foi marcada por tumulto e agressões verbais

Raphael Guerra

Um protesto marcado pela desorganização, falta de propostas e agressões verbais à administração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na tarde de ontem, por mais de três horas, cerca de 50 universitários promoveram um verdadeiro tumulto no estacionamento da reitoria da instituição de ensino. Aos gritos e impedindo que funcionários e veículos circulassem livremente, os estudantes pediram a presença do reitor Amaro Lins para discutir mais um caso de suicídio que foi registrado, na quarta-feira, no prédio do Centro de Filosofia e Ciencias Humanas (CFCH). Eles também reivindicaram mais segurança   no campus, principalmente à noite, quando os casos de violência são comuns. A reitoria prometeu providências.
Segundo Amaro Lins, telas de proteção foram colocadas na parte de trás do CFCH. A parte azul da frente também terá mais segurança. “Mas, os bombeiros disseram que não podemos fechar tudo. Nossos seguranças também estão acompanhando e já conseguimos evitar outros casos. É um problema que existe há 20 anos”, afirmou o reitor. Pelo menos quatro registros de suicídio aconteceram somente neste ano. Lins disse ainda que dois centros, entre eles a clínica de psicologia, estão disponíveis aos alunos e funcionários para assistência. O reitor eleito, Anísio Brasileiro, prometeu uma nova reunião assim que tomar posse, no próximo mês.
A manifestação começou às 14h. segundo o universitário do curso de história Daniel Gomes, 24 anos,  falta discussão quanto aos casos de suicídios que acontecem no CFCH. “A universidade precisa abrir um debate sobre o assunto. Também precisa dar assistência aos estudantes que precisam de apoio psicológico, por exemplo”.
Com cartazes e velas, os alunos tentaram invadir a reitoria, mas, através  dos seguranças da UFPE, souberam que seriam recebidos pelo reitor Amaro Lins, no auditório. Não satisfeitos, mudaram de ideia e decidiram que ele deveria ir ao estacionamento para discutir  com os estudantes. Fecharam os portões de entrada e saída de veículos e pessoas. Impediram a saída dos funcionários que haviam encerrado o  expediente. Uma universitária, que fazia parte da manifestação, passou mal e precisou ser socorrida, mas, por alguns minutos, foi impedida de deixar o local. Somente às 17h30, os estudantes resolveram aceitar a proposta e debater com o reitor no auditório.  Lá, ainda sobrou tumulto, vaias e muita ironia por parte dos manifestantes.

DEPOIMENTOS

“São muitos suicídios. Isso é chocante. Deprimente. Algo precisa ser feito para evitá-los” (Naira Castilhos, 22 anos, estudante de enfermangem)

“Fiquei indignada. Não é o primeiro caso no CFCH. Falta segurança para proteger as pessoas” (Isabel Sobral, 21 anos, estudante de enfermagem)

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MATÉRIA: Reitoria da UFPE assume compromisso de promover ações de humanização do campus

FONTE: http://www.ufpe.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=41557:reitoria-da-ufpe-assume-compromisso-de-promover-acoes-de-humanizacao-do-campus&catid=382&Itemid=72



Em reunião realizada na tarde de ontem (29) com estudantes, em sua maioria alunos dos centros de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), o atual reitor da UFPE, professor Amaro Lins, e o futuro reitor da instituição, professor Anísio Brasileiro – que tomará posse até o próximo dia 10 de outubro –, comprometeram-se a buscar soluções para as demandas apresentadas durante a mobilização, cujo principal objetivo era evitar os casos de suicídio registrados no CFCH. A mobilização do alunado foi motivada pelo registro de um suicídio anteontem (28) no campus da universidade.
Ao receber a pauta de reivindicações apresentada pelos estudantes – que pedia maior participação do corpo discente na elaboração de uma política de segurança; melhoria na assistência estudantil como meio de evitar os casos de suicídio e a ampliação da participação do alunado no Conselho Universitário – o reitor Amaro Lins e Anísio Brasileiro assumiram o compromisso de, tão logo ocorra a transição para a nova gestão, agendar nova reunião com o grupo, para apresentar sugestões de medidas.
Em consenso com os alunos, Anísio pontuou sete pontos que serão analisados pela nova administração e que constarão da pauta do novo encontro, previsto para ocorrer ainda em outubro. A melhoria da infraestrutura, incluindo a correção da vulnerabilidade no CFCH; política de bolsas estudantis; ampliação do acesso ao Restaurante Universitário; Casa dos Estudantes; reavaliação para retomada das calouradas no campus e segurança institucional. Segundo adiantou Brasileiro, já na primeira semana de seu reitorado, o Conselho Universitário vai apreciar sua proposta de criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e também promover a mudança do estatuto da instituição. “Vamos priorizar a humanização do campus e o diálogo permanente com os estudantes”,
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DOCUMENTO HISTÓRICO: Reivindicações IMEDIATAS dos estudantes da UFPE (com Assinatura do atual Reitor e do que assume nos próximos dias), Recife, 29 de set. 2011

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FOTOS SELECIONADAS: Protesto dos estudantes na Reitoria da UFPE, 29 set. 2011

OBSERVAÇÃO DO BLOG: Também postamos várias imagens que nós fizemos pessoalmente dos protestos. Mas vários profissionais fizeram o seu belo trabalho em registrar mais um ato histórico dos estudantes da UFPE. Como o espaço aqui é reduzido, selecionamos apenas algumas imagens produzidas por um desses profissionais. As demais podem ser consultadas no site indicado abaixo. O que me chamou a atenção foi o registro de nosso trabalho de documentação dos movimentos juvenis em várias dessas fotos, o que também nos honra! 


CRÉDITOS: Fotógrafo: João Carlos Mazella / Fotoarena










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MATÉRIA: Universitários reivindicaram mais segurança dentro da universidade

FONTE: ne10.uol.com.br/

JULIANA ARETAKIS



 MANIFESTANTES acenderam velas para lembrar suicídios ocorridos no prédio do CFCH
 

O que seria um protesto de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terminou em uma confusão, que impediu o acesso à reitoria durante toda a tarde ontem. Por volta das 14h, cerca de 100 alunos da instituição de ensino chegaram ao prédio para pedir reforço na segurança da universidade, e, em meios às reivindicações, bloquearam a entrada e saída da reitoria por quase três horas, até a chegada do reitor Amaro Lins. O ato foi motivado por mais um suicídio no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), ocorrido na noite da última quarta-feira, quando uma ex-aluna pulou do 14º andar do prédio. Este foi o quarto suicídio contabilizado neste ano, segundo a assessoria de comunicação da UFPE. De acordo com os alunos, ao longo dos 65 anos da universidade, mais de 50 suicídios foram registrados.

No início da mobilização, os estudantes acenderam velas em frente à reitoria e realizaram um apitaço. Em seguida, receberam a notícia de que seriam atendidos pelo reitor Amaro Lins. Neste momento, o grupo decidiu fechar os dois únicos portões de entrada e saída de veículos, além de um portão para pedestres. Os funcionários do prédio não puderam deixar o local nem mesmo após o expediente, às 17h. As pessoas que chegavam também eram impedidas de entrar pela porta principal. Para evitar a saída dos carros, além de fechar os portões, os estudantes chegaram a colocar blocos de concreto.

Este cenário perdurou por quase três horas até a chegada do reitor, pouco antes das 17h30. De acordo com a assessoria de comunicação da UFPE, desde às 15h30 o reitor estaria disponível para falar com os alunos. Porém, a solicitação do mesmo era que fosse liberada a entrada para que ele chegasse ao prédio e que os alunos se acomodassem no auditório, no primeiro andar. Mas, apesar do comunicado, os estudantes decidiram continuar em frente da reitoria, esperando o reitor ainda no estacionamento.

Após as negociações, eles aceitaram liberar o acesso, caso o professor Amaro Lins chegasse ao prédio e abrisse o vidro do carro para se identificar. Depois de cumprir o que os estudantes solicitaram, todos subiram para o auditório. No espaço, os alunos iniciaram a reunião relatando os pontos reivindicados. Entre eles, uma política de segurança para os estudantes; assistência estudantil de qualidade, assim como a ampliação do tratamento psicológico para os alunos; e a maior participação dos mesmos no Conselho Universitário.

“Nós não queremos apenas que sejam colocadas grades no CFCH. Queremos palestras, uma atenção com o próximo, com os que estão sofrendo. Como é que a universidade pode deixar que tantas pessoas morram naquele prédio sem fazer nada?”, questionou a estudante de Pedagogia, Beatriz Ribeiro. De acordo com o reitor Amaro Lins, outros suicídios já foram impedidos no prédio por seguranças. Grades foram colocadas em algumas áreas, mas, por orientação do Corpo de Bombeiros, outras partes do CFCH não podem ser gradeadas. A reitoria comprometeu-se a buscar novas soluções para as demandas apresentadas.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

VÍDEOS: LUTA COM LUTO DOS ESTUDANTES DA UFPE NA REITORIA (NA PARTE INTERNA DO PRÉDIO), 29 de set. 2011

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FOTOS: LUTA COM LUTO DOS ESTUDANTES DA UFPE NA REITORIA (NA PARTE INTERNA DO PRÉDIO), 29 de set. 2011

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VÍDEOS: LUTA COM LUTO DOS ESTUDANTES DA UFPE NA REITORIA (NA PARTE EXTERNA DO PRÉDIO)29 de set. 2011

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FOTOS: LUTA COM LUTO DOS ESTUDANTES DA UFPE NA REITORIA (NA PARTE EXTERNA DO PRÉDIO)29 de set. 2011




















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LUTA COM LUTO: Estudantes fecham reitoria da UFPE

FONTE: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2011/09/29/estudantes-fecham-reitoria-da-ufpe-17505.php


PROTESTO

Estudantes fecham reitoria da UFPE

Manifestantes pediam mais atenção aos casos de suicídio dentro do campus

Publicado em 29/09/2011, às 19h18

Do JC Online

Atualizada às 20h57

A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi fechada, nesta quinta-feira (29), por quase três horas, durante um protesto organizado por alunos. os manifestantes afirmam que há omissão da instituição em relação aos casos de suicídio dentro do campus. Somente este ano, ocorrerão quatro casos, um deles na quarta (28) à tarde. Todos ocorreram no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).
O reitor da instituição, Amaro Lins, se prontificou a receber os discentes no auditório, mas os protestantes queriam que o diálogo fosse no pátio externo. Por volta das 15h, a sede foi fechada pelos universitários. Ninguém podia entrar nem sair pelos portões. Às 17h30, quando o reitor chegou ao local, os ânimos se acalmaram e todos se dirigiram ao auditório. O futuro reitor, Anísio Brasileiro, que tomará posse até o próximo dia 10 de outubro, também participou da reunião.

Os estudantes apresentaram três reivindicações: a construção de políticas de segurança, acesso dos alunos à assistência psicológica e a presença maior de alunos no Conselho Universitário.
RESPOSTA - A assessoria de imprensa da UFPE encaminhou uma nota com o resultado do encontro. De acordo com o texto, a instituição "comprometeu-se a buscar soluções para as demandas apresentadas durante a mobilização". O órgão infomou, ainda, que, em outubro, haverá uma nova reunião com o grupo para apresentar sugestões de medidas.

Foram pontuados sete aspectos que serão analisados pela nova administração: melhoria da infraestrutura, incluindo a correção da vulnerabilidade no CFCH; política de bolsas estudantis; ampliação do acesso ao Restaurante Universitário; Casa dos Estudantes; reavaliação para retomada das calouradas no campus e segurança institucional.
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A LUTA CONTINUA: CE promoverá debates sobre os suicídios do CFCH


Diante da dor, sofrimento e indagações que ocorrem a todos diante do acontecimento que vitimou mais uma jovem no CFCH, os professores José Batista e Eliete Santiago, do Centro de Educação, informam que o Centro promoverá debates daqui pra frente sobre o caso desses suicídios. Segundo eles, impulsionados por tais questionamentos, um grupo de professores presentes ao hall  do Centro na noite de ontem, sensibilizados com os fatos e desejosos de compreendê-los e de saber como enfrenta-los de forma educativa, propuseram buscar a ajuda de estudiosos, de profissionais da saúde e demais áreas que têm se ocupado do suicídio.


"A evidência é de que precisamos nos formar para tratar a questão, junto a nossos estudantes, nos limites de nossa atividade docente." ressaltam José Batista e Eliete Santiago. "O que tem levado tantos jovens e adultos jovens a essa atitude extrema? Como enfrentar os sentimentos que nos assomam? O que dizer aos nossos estudantes? E a sala de aula, como fica? Lembrar ou esquecer/sublimar?" são algumas das questões levantadas.
Foi proposta uma série de debates a serem realizados no auditório do CE, com a participação de pesquisadores, psiquiatras, psicólogos, mas também antropólogos, sociólogos, educadores e tantos quantos possam ajudar. O grupo já entrou em contato com o professor João Alberto Carvalho, titular da cadeira de Psiquiatria na UFPE, ex-Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que enviou uma pequena publicação da ABP, dirigida aos profissionais de imprensa, de onde destaca-se o item 11: “Prevenção ao suicídio”. Dentre as ideais formuladas uma diz respeito ao fato de que não se pode varrer situação tão impactante para debaixo do tapete. Do mesmo modo, é preciso ter cuidado com o modo como a informação sobre o fato é divulgada, pois pode ela estimular novos episódios.

Em e-mail, os professores José Batista e Eliete santiago dirigem-se aos colegas professores, servidores técnico administrativos e estudantes do Centro de Educação, repassando essas informações. Em breve será montada uma programação de debates a fim de dar uma contribuição pedagógica à comunidade da UFPE.
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PROTESTE JÁ: Estudantes da UFPE fazem protesto nesta quinta


universidade

Ato público foi provocado pelos quatro suicídios ocorridos este ano

Publicado em 28/09/2011, às 23h54

Do JC Online


Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deverão realizar um ato público esta quinta (29), às 14h, em frente à Reitoria. O motivo do protesto, segundo os alunos, seria a “falta de atenção da instituição” em relação aos sucessivos casos de suicídio. Somente este ano, quatro casos foram contabilizados, um deles na quarta (28) à tarde. Todos ocorreram no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).

A universidade alega que, recentemente, providências foram tomadas para evitar que novos casos fossem registrados. “Gradeamos as varandas de todos os andares da parte traseira do CFCH”, explicou o diretor de segurança institucional da UFPE, Armando Nascimento.

De acordo com o diretor, a estudante que suicidou-se quarta pulou de uma janela lateral. Por isso, levantamentos serão realizados, a fim de que se encontrem soluções para garantir segurança no prédio. “Deveremos concluir esses estudos e apresentar à prefeitura da universidade até a próxima terça-feira”, garantiu, ressaltando que o edifício não pode ficar completamente fechado.

“É uma orientação do Corpo de Bombeiros pois, em casos de emergência, fica mais difícil sair do local”, salientou. Depois de concluído o estudo, a UFPE deverá abrir uma licitação para contratar a empresa que realizará o serviço.

A aluna que suicidou-se quarta cursava Ciências Sociais. O caso comoveu estudantes que, em seguida, começaram a se manifestar pelas redes sociais, como Twitter e Facebook.

De acordo com relatos publicados na internet, o corpo da jovem teria caído ao lado de outras estudantes que estavam do lado de fora do Centro de Educação, aguardando o início de uma aula.

Ainda quarta, alunos da universidade organizaram um ato: eles deram as mãos, acenderam velas ao redor do CFCH, promoveram um minuto de silêncio e uma salva de palmas. 


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Ciências humanas aquém do aspecto de HUMANIDADES!


Ciências humanas aquém do aspecto de HUMANIDADES! (eu ainda acrescentaria a proposta de um pouco de reflexão sobre vida e, mais ainda, sobre Vida em maiúscula, no que se refere aos sentidos, no que se toca a sociedade constantemente aflita, em que se devia considerar a realização e a satisfação em se estar vivo. Penso sim, como tu, que poderia ser qualquer um de nós. Nós mesmos estudamos sobre os fatores sociais que influenciam essa atitude. Mas, além disso, eu me pergunto como conseguimos vendar os olhos para a questão humana que se tem nisso. Além de ciência: espiritualidade. Além de estudos: o sentir. Além de nós mesmos e nossos interesses: o outro. Penso, mesmo, que o mal estar na nossa sociedade tem chegado a proporções gigantescas. E me preocupo. E são tantas pessoas, tantos amigos, tantos desconhecidos e tanta gente querida que vive entre a gente. E a gente nem sabe. Ou melhor: não percebemos. Penso sempre no fator existência e acho não só envolvente, mas perturbante, essa questão do ser em si sem ser o outro. É só um desabafo, também, acompanhando aqui. São fatos - tristes fatos - como esses que agridem os sentidos de quem se importa. Se passa tanta coisa pela minha cabeça. Eu procuro não imaginar nada sobre a vida de quem se jogou. Mas aí fico pensando nas vidas que ainda vivem, ou acham que vivem, e me pergunto: até quando? Até quando viver será suportável para nós? Até quando, principalmente, aceitaremos como natural, nesse conformismo destruidor, a nossa realidade de MAL ESTAR, em pessoa, em ser, em essência, em sentidos, em VIDA - ou quase vida que pensamos estar vivendo -, quando muitos de nós morrem por dentro e aí nada ao redor os alcança, pois seus sentidos estão mortos? A minha maior preocupação é essa aceitação da destruição do espírito. E a culpa nem é nossa. Nosso meio nos proporciona o sentido individual de existir. Enquanto somos encorajados ao individual e a vestir a carapaça da indiferença. Um é fraco. Um é triste. Acho que até a nomenclatura HUMANIDADE está questionável. É conflito. É tensão constante numa pseudo humanidade conformada a existir sem vida. Seja literalmente, ou não. Eu escolho viver. Mas até as nossas escolhas para a liberdade sofrem coerção social. Pessoal. E alguns de nós, de tão frágeis, não aguentam. E convivemos com isso. Queria que todo mundo refletisse e pensasse, justamente como Walter colocou aqui, a que tipo de formação [deformação?] estamos sendo submetidos e, pior, estamos aceitando.)

Mais um ser que sequer conhecemos pulou [e quem sabe o porquê?] do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, da UFPE, o prédio-símbolo do abandono da vida. Do abandono do ser. Do ser humano. De ser humano. Humanidades? E não são as ciências humanas, mas o que fazemos com e para ela. O que o termo "humanidades" vem deixando de significar na vida dos estudantes, que, em sua maioria, vira a cara e finge normalidade diante do absurdo. Reflitamos.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VÍDEO: Conselho de Medicina lança cartilha para médicos e dependentes de crack

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MATÉRIA: Mulheres conquistam espaço nas obras da Refinaria Abreu e Lima


Apesar de ainda não serem a maioria, elas não se intimidam e exercem funções que, antes, eram apenas para homens

Da Redação do pe360graus.com
Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo

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Numa visita por um dos maiores canteiros de obras do Porto de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, é possível observar que não são apenas os homens que pegam no pesado. Na construção da Refinaria Abreu e Lima, as mulheres não são a maioria, mas já conquistaram espaço nos mais diversos setores.

Dezenove consórcios se dividem na construção da Refinaria. No consórcio responsável pelas obras da Tubovia, por exemplo, há 4.061 funcionários. Destes, 255 são mulheres. Entre elas está Dinar Barros (foto 4), que trabalha como operadora de escavadeira hidráulica. A função que exerce há dois anos é fácil, segundo ela.

“Eu tenho que gostar, porque é um meio muito competitivo. É um meio de homens. Tem uns que vibram, tem uns que ficam com preconceito. Mas graças a Deus a gente está superando isso”, afirma Dinar.

Na cabine, Dinar não descuida da aparência e revela: de visual entende bem. Ela também é dona de um salão de beleza e atende as clientes aos sábados. “Elas não querem que eu deixe o salão, então eu equilibro as duas profissões”, conta.

Maria das Graças de Lima (foto 3) também integra o quadro de operários da Refinaria. Motorista há mais de 15 anos, ela começou dirigindo carreta e, há dois anos, conseguiu o emprego em Suape. “Mulher é mais cuidadosa, não se arrisca no trânsito, pensa duas vezes antes de agir. Mas eu já me acostumei com os comentários”, revela.

Junto com a irmã, Maria Claudeci di Bessi largou a enxada, deixou para trás a propriedade da família no Rio Grande do Norte e passou a se dedicar à nova profissão: soldadora. Mesmo trabalhando num setor dominado pelos homens, elas não se intimidam. “Rola brincadeira, sim, mas a gente não dá liberdade. Temos conversas saudáveis e é muito bom”, conta Claudeci. Elas ganharam até um apelido carinhoso dos homens: as irmãs "pinga-fogo".
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MATÉRIA: Revitalização do câmpus é questão urgente na UFRPE, diz futura reitora


Projetos

    Publicado em 28.09.2011, às 16h15
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Maria José de Sena recebeu 47,5% dos cerca de 9 mil votos
Foto: Isabelle Figueirôa/NE10
Do NE10

Eleita primeira mulher reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a atual pró-reitora de ensino de graduação, Maria José de Sena, sabe que terá muitos desafios a partir de maio do ano que vem. O primeiro deles, para ela, será a revitalização do câmpus universitário.
"Sentimos a necessidade de reavaliar nosso câmpus na questão da sinalização, iluminação e espaços de vivência. Vamos trabalhar nisso logo quando assumirmos a instituição", declarou a professora.
Ela também destacou o projeto de segurança eletrônica e fortalecimento do quadro de vigilantes e de parceria com a PM como prioridade, apesar de enfatizar que todas as outras ações - capacitação e valorização dos técnicos e docentes, fortalecimento de políticas de gestão estudantil e readequação de espaços físicos - serão trabalhadas paralelamente.
Em entrevista ao NE10, a professora Maria José falou sobre projetos, o sentimento de ser a primeira mulher eleita reitora da Rural e a importância de dois licenciados assumirem a instituição. Assista ao vídeo abaixo:
A professora vai administrar a UFRPE no quadriênio de 2012 a 2016, em substituição ao atual reitor Valmar Corrêa de Andrade, de quem contou com apoio durante a campanha eleitoral. Ela cuidará de três câmpus (Recife, Garanhuns, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão), do Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai), em São Lourenço da Mata, dos polos de educação a distância, além do novo campus que será inaugurado no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.
Maria José de Sena, de 50 anos, é licenciada em ciências biológicas pela Universidade Católica de Pernambuco e em ciências agrícolas pela UFRPE, doutora em medicina veterinária preventiva e epidemiologia. Já o vice-reitor, Marcelo Carneiro Leão, 45, é professor de química e atualmente coordena o programa de pós-graduação stricto sensu.
É a primeira vez que uma dupla de licenciados pela própria Rural assume os cargos maiores da universidade. "Temos uma visão diferenciada para a educação. Nós convivemos com as necessidades dos cursos e vamos direcionar ações de fortalecimento para a formação dos nossos profissionais", finalizou.
Os professores Maria José de Sena e Marcelo Carneiro Leão receberam 47,5% dos cerca de 9 mil votos. A votação foi paritária, ou seja, professores, estudantes e técnico-administrativos tiveram o peso de 1/3 cada.
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Mais uma tragédia no CFCH




Desde julho aconteceu um suicídio por mês. Hoje foi o terceiro do ano, mas há pessoas afirmano ser o quarto já. E a história é antiga, desde a década de 60 o CFCH vem registrando essas tragédias.

A de hoje comoveu a todos e não dá mais pra ficarmos calados, a garota "pulou" na tarde desta quarta-feira (28 de setembro) do CFCH caindo em frente ao Centro de Educação (CE), num local onde passam várias pessoas diariamente ou ficam sentadas esperando a hora da aula.

Muitas pessoas se reuniram ao redor, a perícia estava examinando o local, um cinegrafista da TV Jornal estava filmando e a polícia federal também marcou presença. As aulas do CE foram canceladas e os estudantes organizaram um ato, dando as mãos e segurando velas fizeram uma corrente humana abraçando todo o prédio do CFCH. Então foi feito um minuto de silêncio, que foi quebrado com aplausos. Algumas pessoas estavam muito emocionadas e outras indignadas.
Como meu celular não faz fotos boas à noite, assim que conseguirmos mais fotos postaremos aqui no blog. Amanhã por volta de uma hora da tarde os estudantes se concentrarão na reitoria com esparadrapo na boca, pedindo para a UFPE acabar com o silêncio e procurar uma solução para isso.
Leia também nossa última postagem sobre o CFCH:
As Faixas Azuis do CFCH
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JÁ ERA HORA: Fapesp publica manual de ética para evitar má conduta científica


28/09/2011 - 10h09
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO



A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), principal órgão que financia a pesquisa paulista, lançou ontem seu Código de Boas Práticas Científicas.
O documento, uma espécie de manual de 40 páginas que será entregue aos cientistas, traz diretrizes para fazer ciência com ética.
Entre as recomendações estão, por exemplo, que deve ser autor de um trabalho científico apenas quem deu "contribuições intelectuais" e que "dados e informações coletadas devem ser registrados de maneira precisa".
Apesar de saber que a má conduta ronda a ciência, a Fapesp não tem uma estimativa sobre o número de fraudes no Estado, que é responsável por 51% da pesquisa do país.
"Sabemos que aumentaram os casos porque aumentou a quantidade de pesquisadores", disse o presidente da fundação, Celso Lafer.
Nos EUA, um levantamento do ano passado com 2.599 cientistas mostrou que 84% já presenciaram fraudes científicas ou participaram delas.
Consultado pela Folha na época, o líder do trabalho, Gerald Koocher, disse que as estatísticas poderiam ser generalizadas para o Brasil.
O código da Fapesp traz ainda novidades na apuração dos casos de má conduta.
A partir de agora, pesquisas financiadas pela Fapesp e suspeitas de fraude serão investigadas pelas universidades por uma comissão de pelo menos três pessoas.
Essas instituições terão de enviar à Fapesp um relatório --e a fundação poderá complementar as investigações.
Mas, para o diretor científico da fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, a proposta do código é trabalhar a prevenção da má conduta.
"Não queremos que a ética seja assunto só quando a mídia publica um caso de plágio. A ideia é que as universidades façam seminários e discutam os casos", disse.
O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) também lançará, em outubro, um manual de ética.
O documento está sendo produzido por uma comissão criada após a divulgação, pela Folha, de uma fraude na Unicamp.
MÁ CONDUTA GRAVE, DE ACORDO COM A FAPESP
FABRICAÇÃO
Produzir dados ou afirmar que determinados resultados foram obtidos ou conduzidos por procedimentos científicos que não foram realizados é um dos principais exemplos de falta de ética
FALSIFICAÇÃO
Alterar dados, procedimentos ou resultados de pesquisa de maneira significativa, a ponto de interferir na avaliação do peso científico das conclusões de uma pesquisa, também vale como falha de conduta grave
PLÁGIO
A cópia ou utilização de ideias ou formulações verbais, orais ou escritas, de outros cientistas sem dar os devidos créditos, de modo a gerar a percepção de que sejam ideias próprias do plagiador. É talvez o tipo mais comum de má conduta científica hoje
Fonte: Fapesp
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