Caso Zaverucha
Os advogados de defesa da mestranda e funcionária da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que teria sofrido uma tentativa de estupro na última quinta-feira, praticada pelo professor e cientista político Jorge Zaverucha, vão pedir à delegada que preside o inquérito, Conceição de Fátima, a apreensão do passaporte dele.
De acordo com o advogado da vítima, José Félix Santos, como não houve o pedido de prisão preventiva a apreensão do passaporte é uma garantia de que o acusado não sairá do país. O professor prestou depoimento na noite da última terça-feira, mas se reservou ao direito de permanecer calado. Segundo o advogado dele, Gilberto Marques, a estratégia é manter o silêncio. "No discurso do silêncio cada um faz o seu. A única resposta que se pode dar agora é ficar calado. A discussão é dentro do processo penal, se for instaurado", afirmou. O caso também está sendo investigado pela instituição superior de ensino, onde foi aberta uma sindicância. Um professor e dois técnicos foram escolhidos para compor a comissão da UFPE, mas os nomes não serão divulgados.
A coordenadora da Delegacia da Mulher, Lenise Valetim, disse que até agora nenhuma outra vítima prestou queixa contra Zaverucha: "Pelo menos até agora ninguém nos procurou para incriminar o professor", afirmou. O advogado Félix Santos, que representa a vítima, acredita que novos casos irão surgir. "Eu não acredito que em 20 anos ele não tenha assediado outras vítimas. Mas é preciso coragem para denunciar".
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