Transformações:
a cena metal no Recife “pós-mangue”
Pesquisa cultural que mostra, de forma inédita, as relações de socialização da cena metal do Recife ao longo das quatro últimas décadas. Projeto patrocinado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), uma ferramenta de fomento cultural da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), destrincha onde, como e por que o Recife é a capital do metal no Nordeste.
Desde junho do ano passado, uma equipe de jornalistas e sociólogos, coordenados pela pesquisadora Daniela Maria Ferreira, caiu em campo para entender o metal no Recife. Foram 12 meses de trabalho, em que 18 pessoas tidas como protagonistas do movimento discutiram a gênese e a consolidação da cena, bem como a convivência com outros personagens e iniciativas paralelas. “Procuramos suprir uma lacuna histórica”. Praticamente não há trabalhos sobre a cena metal recifense, em detrimento de várias publicações sobre o mangue, por exemplo”, diz Daniela Ferreira.
“O objeto de estudo é muito vasto. Durante o trabalho de campo percebemos variáveis como a concomitância entre as cenas metal e punk, a interdependência e a rivalidade entre elas, além da existência de um movimento ‘paralelo’ no Interior do Estado, que sobreviveu muitas vezes na vanguarda da capital. Tanto é que solicitamos à Fundarpe a prorrogação do projeto, mas desta vez como o foco na “cena do Interior”, explica Daniela.
“A ideia é o material servir como base para pesquisadores, jornalistas, músicos que quiserem entender o quanto é rica uma cena que, praticamente, viveu e vive à margem da percepção da grande mídia e que somente recentemente vem tendo o reconhecimento das políticas públicas da cultura local”, prossegue.
O material produzido ainda é, para os pesquisadores, de certa maneira, muito mais informativo do que uma análise exaustiva do objeto. No entanto, vai permitir a ampliação de produtos destinados à compreensão desde fenômeno, em formatos dos mais variados – livros, documentários e outras pesquisas, por assim dizer. “Um bom exemplo disso é o curta-metragem, em formato piloto, produzido a partir das imagens coletadas durante o processo de entrevistas com os protagonistas da cena metal, bem como a aquisição, via meio digital, de fotos, cartazes e fanzines produzidos desde os anos 1980”, finaliza Daniela.
Equipe responsável pelo projeto:
Amílcar de Almeida Bezerra (UFPE/CAA) – Pesquisador
Daniela Maria Ferreira (UFPE/CE) – Produtora executiva e pesquisadora
Jorge de la Barre (UNL/FCSH) - Pesquisador
WilfredGadêlha (Jornal do Commercio) – Editor, consultor e diretor do curta-metragem
Ana Paula Brito e Carlos Eduardo Brito – Registro de imagens
Os interessados podem contar diretamente:
wilfredgadelha@gmail.com – WilfredGadêlha
dmffr@yahoo.fr – Daniela Maria Ferreira
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