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segunda-feira, 27 de junho de 2011

CONVOCAÇÃO: PÓS-GRADUAÇÃO OU PÓS-SEGREGAÇÃO? POR UMA POLÍTICA HUMANISTA, AUTÔNOMA E EDUCATIVA.

FONTE: LISTA DE E-MAILS

PÓS-GRADUAÇÃO OU PÓS-SEGREGAÇÃO?
POR UMA POLÍTICA HUMANISTA, AUTÔNOMA E EDUCATIVA.
(UMA OUTRA PÓS É POSSÍVEL!)

Estudantes da graduação e da Pós, particularmente, leiam este manifesto. Diz respeito, também, a nós.

O Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da UFPE, deu um ultimato a 15 docentes: publicar até dezembro de 2011, em periódico B2.
Esta posição do Programa reflete a orientação da CAPES quanto ao seu modelo de “avaliação” imposto aos Programas de todo o País. Tal “orientação” quantitativista, racionalizadora e punitiva (e não avaliativa), contradiz a orientação do SINAES no qual a UFPE está inserida.
Na perspectiva da autonomia e da emancipação, o SINAES prega que “a avaliação educativa precisa questionar os significados da formação e dos conhecimentos produzidos em relação ao desenvolvimento do país, ao avanço da ciência e à participação ativa dos indivíduos que constituem a comunidade educativa na vida social e econômica”. A “autoavaliação institucional deve ter, portanto, um caráter educativo (..) devendo ser evitados rankings e classificações através de notas, menções e distintos códigos numéricos, alfabéticos e outros”.
Essa política de submissão, adotada pelo Programa, não é a melhor saída, pois obriga docentes-pesquisadores a canalizarem suas energias e criatividade aos veículos que hierarquicamente são definidos pelos burocratas de Brasília. A aprovação “por unanimidade” (por aqueles que sofrerão a punição), representa bem a debilidade psíquica que se encontram estes: para não serem identificad@s como incompetentes, participam da própria guilhotina. É jogar e legitimar o jogo que já define sua própria derrota injustamente
A expulsão dos docentes não garante a qualidade do Programa.
Há uma questão ética nesse debate, apesar de não acreditarmos nessa possibilidade: @s docentes envolvid@s nas decisões podem votar critérios e expulsões por interesses próprios. Por não “simpatizar” com tal ou qual, ou por melhorar seu currículo, ficando com os orientand@s daqueles/as que foram afastad@s.
O sofrimento e a geração de enfermidades são grandes problemas neste mercado de trabalho, decorrente dessa política desumana. Depressão, síndrome de pânico, doenças psicossomáticas, cânceres estão associadas à redução do universo humano à competição e à competência (quase sinônimos).
Defendemos que a discussão não deve se reduzir a critérios de punição, mas a discussão da finalidade, valores e missão do Programa. Está na hora de discutirmos “Pra que e Pra quem” serve um Programa de Pós-Graduação em Educação. Precisamos discutir a qualidade da formação que nós estudantes recebemos quanto aos aspectos intelectual, ético e político-pedagógico. Nós precisamos ser incluídos neste debate – não apenas da “avaliação punitiva”, mas quanto às decisões gerais e à própria existência deste Programa. O Programa precisa ser democratizado. Não é mais aceitável que os estudantes tenham apenas um representante no Pleno. Queremos uma forte ampliação na participação do Pleno, incluindo estudantes da graduação e servidores. Isto sim, em nosso entendimento, é condição para avaliação sistemática e permanente. 
Não podemos esquecer que as decisões do Pleno da Pós, que é uma instituição pública, dizem respeito não somente aqueles que participam dele, mas a todos que sofrem seus efeitos: estudantes da graduação, pós-graduação, docentes, servidores técnico-administrativo e a sociedade em geral.
Esta medida, aprovada no Pleno da Pós, surtirá efeito na qualidade da democracia da instituição:
1) diminuindo o acesso dos estudantes da graduação à Pós-Graduação;
2) sobrecarregamento dos docentes com orientações, em medida que @s docentes que ficarem terão que assumir @s estudantes que perderam @s docentes pela expulsão;
3) ferindo o princípio da instituição: “A pesquisa como princípio educativo”;
4) ferindo a qualidade das orientações e do ensino com o sobrecarregamento dos docentes.

Neste sentido, não podemos ficar assistindo decidirem sobre nossas vidas, como sempre tem acontecido. De que educação e política falamos, se nos omitimos ou somos coniventes com estas práticas? Julgamos indispensável construir movimentações públicas que coloquem o problema na agenda. Algumas ações já estão sendo encaminhadas. Junte-se a elas. Promovamos outras. Façamos realmente valer o discurso da democracia e de uma educação transformadora!



Prezados/as, como estão?

Venho através desta reforçar o informe acerca da reunião que será realizada no Diretório Acadêmico(SALA 48) de Pedagogia-CE-UFPE, a partir das  18h dessa terça-feira(28/06) para discutirmos a Pós-Graduação em Educação na UFPE, haja vista a publicização de documentos(como por exemplo, o Manifesto anexo, que circulou inicialmente na lista dos integrantes do Programa de Pós-Graduação) e reações por parte de estudantes e professores que não concordam com a política de manutenção e retirada de professores do quadro do referido Programa,os rumos tomados diante desses posicionamentos, assim como outros aspectos.

Acredito de relevância fundante a atuação de estudantes, servidores e docentes  para incluir nesse momento  a Pós-graduação em Educação , de maneira fundamentada, nesse  espaço de discussão. 
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