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terça-feira, 17 de maio de 2011

M ATÉRIA: Marcha da Maconha ameaçada no Recife

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2011/05/17/marcha-da-maconha-ameacada-no-recife-272256.php


Grande Recife // POLÊMICA

 

 

Marcha da Maconha ameaçada no Recife

Publicado em 17.05.2011, às 07h00

Do Jornal do Commercio

A Marcha da Maconha do Recife, marcada para o próximo domingo, na Torre Malakoff, Centro, às 15h, está ameaçada. O movimento, que defende a legalização do uso da substância e é realizado em todo o País, pode ser impedido de ir para as ruas por causa de uma petição assinada por dois deputados pernambucanos (um estadual e um federal). O documento, entregue na semana passada, em mãos, ao procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, argumenta que a organização comete crime de apologia ao uso de drogas.

Quem assina a petição são os deputados da bancada evangélica Adalto Santos, estadual, e Francisco Eurico, federal. Os dois são do PSB e pastores da Assembleia de Deus. Mas garantem que o pedido para que a marcha não aconteça é uma tentativa de defesa dos direitos de todos os brasileiros.

"Como parlamentar e representante do povo, a gente tem que combater o que vai fazer mal à sociedade", afirma o deputado Adalto. E completa: "Não estamos numa ditadura. Deve haver o debate, mas é preciso cuidado. Porque a decisão do STF semana passada (sobre os direitos civis de casais homoafetivos) começou assim, com alguém falando que homossexual sofria preconceito".

Na opinião do parlamentar, marchar pela legalização da maconha é fazer apologia às drogas, o que é crime no Brasil. "Já liberaram direitos de homossexuais, também tem cartilha nas escolas dizendo a crianças de 12 anos que ser homossexual não tem nada de mais. Onde esse País vai parar? Vamos começar a ver pessoas drogadas dirigindo, pessoas drogadas em restaurantes e ninguém vai poder dizer nada", comparou o pastor.

Um dos organizadores da Marcha da Maconha em Pernambuco o jornalista Neco Tabosa contesta os argumentos dos deputados. Na opinião dele, não há justificativa para tentar impedir a realização da manifestação. "Eu nunca entendi por que eles fazem isso. Depois que a marcha aconteceu pela primeira vez e ficou claro que não acontece nada de mais, que não agride a sociedade, não há necessidade para tentar impedir novamente", afirmou. Ano passado, o promotor José Correia ingressou com ação na justiça para suspender a marcha, mas o poder judiciário não acatou o pedido. Já o documento assinado pelos parlamentares pernambucanos foi encaminhado por Fenelon para distribuição e ainda não foi apreciado.
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