Progresso social requer reinvenção das instituições, diz pesquisadora de Harvard
Da redação*
Para que a qualidade de vida das pessoas melhore, as instituições ligadas a educação, saúde, trabalho, direitos humanos e meio ambiente precisam ser redesenhadas. A opinião é de Rosabeth Moss Kanter, professora da Escola de Negócios de Harvard, nos Estados Unidos, e diretora de um centro de estudos sobre liderança.
Ela publicou um artigo sobre o tema para o seminário Revitalizing Cities, que ocorreu entre 28 e 30 de abril, em Harvard. Nele, a pesquisadora avalia que o desafio não é administrar uma organização de modo eficaz, mas sim mudar todo o seu regime de funcionamento. “Não se trata apenas de reformar escolas, mas de mudar padrões que levam as crianças a ter um desempenho fraco”.
É o que faz, segundo a especialista, o projeto Harlem Children’s Zone, em Nova York, que expande os espaços educativos dos estudantes da região do Harlem, “transformando possíveis desistentes em graduados, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade dos espaços públicos”, explica no artigo.
Em paralelo à experiência nova-iorquina, Rosabeth cita o Bairro-escola, desenvolvido pela Associação Cidade Escola Aprendiz em São Paulo (SP) e disseminado em outras cidades. “Gilberto Dimenstein, convencido que a vizinhança pode ser uma escola, criou programas de arte que revitalizaram a área e transformaram escolas”, escreve a pesquisadora. “O governo brasileiro planeja expandir o modelo para todos os lugares”, completa.
Mídia Cívica
A fim de facilitar a circulação de informações sobre espaços educativos foi anunciada, no seminário, a criação de uma rede social para reunir sites de todo o mundo que tragam informações sobre cultura, educação, saúde, e serviços sociais, chamada Open Cities Labs. O projeto é uma parceria entre pesquisadores de Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e já conta com a participação do Brasil, dos EUA e da África do Sul.
O projeto usa tecnologias das mídias sociais para aumentar a participação cívica e reforçar a colaboração da comunidade na seleção e produção de conteúdo. “É um exemplo do que se pode fazer de melhor para educar as pessoas por redes sociais”, avaliou o professor do MIT, Nicholas Negroponte, em entrevista ao portal UOL.
O projeto Open City Labs pretende ampliar a rede de informações por meio de três seções: Open Link City (que vai divulgar serviços das cidades via SMS, web, email), Open Content Manager da Cidade e Perfil (um gerenciador de eventos e serviços postados pelos usuários) e Open Card City (uma espécie de cartão de fidelidade que vai dar direito a descontos e recompensas).
O Open City Labs é baseado em experiências brasileiras, desenvolvidas pelo site cultural Catraca Livre e pela Cidade Escola Aprendiz. Além disso, o Colégio Bandeirantes, em São Paulo, oferece o curso extracurricular “Open City”, que conta com consultoria de professores e alunos de Harvard. A iniciativa visa desenvolver um site de colaboração cívica para melhorar a cidade de São Paulo, no qual a própria sociedade alimente e utilize a ferramenta.
* Com informações do UOL e do IG
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Ela publicou um artigo sobre o tema para o seminário Revitalizing Cities, que ocorreu entre 28 e 30 de abril, em Harvard. Nele, a pesquisadora avalia que o desafio não é administrar uma organização de modo eficaz, mas sim mudar todo o seu regime de funcionamento. “Não se trata apenas de reformar escolas, mas de mudar padrões que levam as crianças a ter um desempenho fraco”.
É o que faz, segundo a especialista, o projeto Harlem Children’s Zone, em Nova York, que expande os espaços educativos dos estudantes da região do Harlem, “transformando possíveis desistentes em graduados, ao mesmo tempo em que melhora a qualidade dos espaços públicos”, explica no artigo.
Em paralelo à experiência nova-iorquina, Rosabeth cita o Bairro-escola, desenvolvido pela Associação Cidade Escola Aprendiz em São Paulo (SP) e disseminado em outras cidades. “Gilberto Dimenstein, convencido que a vizinhança pode ser uma escola, criou programas de arte que revitalizaram a área e transformaram escolas”, escreve a pesquisadora. “O governo brasileiro planeja expandir o modelo para todos os lugares”, completa.
Mídia Cívica
A fim de facilitar a circulação de informações sobre espaços educativos foi anunciada, no seminário, a criação de uma rede social para reunir sites de todo o mundo que tragam informações sobre cultura, educação, saúde, e serviços sociais, chamada Open Cities Labs. O projeto é uma parceria entre pesquisadores de Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e já conta com a participação do Brasil, dos EUA e da África do Sul.
O projeto usa tecnologias das mídias sociais para aumentar a participação cívica e reforçar a colaboração da comunidade na seleção e produção de conteúdo. “É um exemplo do que se pode fazer de melhor para educar as pessoas por redes sociais”, avaliou o professor do MIT, Nicholas Negroponte, em entrevista ao portal UOL.
O projeto Open City Labs pretende ampliar a rede de informações por meio de três seções: Open Link City (que vai divulgar serviços das cidades via SMS, web, email), Open Content Manager da Cidade e Perfil (um gerenciador de eventos e serviços postados pelos usuários) e Open Card City (uma espécie de cartão de fidelidade que vai dar direito a descontos e recompensas).
O Open City Labs é baseado em experiências brasileiras, desenvolvidas pelo site cultural Catraca Livre e pela Cidade Escola Aprendiz. Além disso, o Colégio Bandeirantes, em São Paulo, oferece o curso extracurricular “Open City”, que conta com consultoria de professores e alunos de Harvard. A iniciativa visa desenvolver um site de colaboração cívica para melhorar a cidade de São Paulo, no qual a própria sociedade alimente e utilize a ferramenta.
* Com informações do UOL e do IG
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