Certamente, ao se deparar com um restaurante de qualidade considerável, você jamais irá esquecer o nome dele. E quando surgir alguém pedindo a sua opinião sobre o lugar ou sugestão de ambiente, sem hesitar, o nome será resgatado da sua memória. Não é à toa que a pesquisa “O Recifense e os Restaurantes” - realizada pelo programa de pós-graduação em Engenharia de Produção da UFPE com 2006 moradores de Recife, Olinda e Jaboatão - chegou à conclusão de que os familiares e amigos continuam sendo a maior fonte de divulgação de casas. Entre os meios revistas, jornais, TV, rádio, internet, outdoor e guia, o grupo de familiares e amigos permanece imbatível. Em 2010, cerca de 67% dos entrevistados foram informados por eles.
Outra constatação que merece destaque é a existência de um nicho de clientes em Boa Viagem que apresenta renda elevada, mas é carente de conhecimento gastronômico. Segundo a pesquisa, esse grupo poderia investir mais na sofisticação de suas refeições e, para isso, o estudo indica programas de educação, tais como degustação de queijos e vinhos, que poderiam incentivar o consumo. Mas, talvez a medida encontre resistência nesse público, que não possui o hábito de ir a restaurantes durante a semana. Apenas 18,4% dos entrevistados têm o costume, em oposição aos 54,5% que frequentam nos sábados e domingos e aos 27,1% que reservam os feriados para visitar uma casa. Além de que uma parte ainda tem considerado a gastronomia como forma de entretenimento, o que não nos deixa ter dúvidas ao conferir que 81,3% confirmaram comer fora por lazer. Embora a maioria, representada por 49%, afirme preferir o sistema à la carte, na lista dos estabelecimentos mais frequentados, segundo a opinião dos que costumam visitar restaurantes, figuram opções de rodízio, como o Spettus. Em primeiro e terceiro lugar, Atlântico e Habib’s estão entre os que mais receberam citações. Quanto a ser melhor, Spettus, Atlântico e Galetus aparecem como os três mais indicados.
ESTUDO
Iniciada em 2007, a pesquisa - focada em mapear os hábitos, costumes e preferências dos pernambucanos quanto aos estabelecimentos locais - entrevistou indivíduos maiores de 18 anos, com renda mensal de até R$ 12 mil e que tenham frequentado pelo menos uma casa nos últimos três meses. Recentemente, com o objetivo de tornar o estudo mais completo, os alunos coordenados pelos professores Fernando Campello e Luciano Lins foram um pouco mais além e não só atualizaram a coleta de dados, mas também tentaram identificar a opinião dos proprietários sobre os restaurantes. Por meio de questionários opinativos, indagaram 113 estabelecimentos, sendo 75% donos de marcas próprias, tomando como método a análise estatística.
Iniciada em 2007, a pesquisa - focada em mapear os hábitos, costumes e preferências dos pernambucanos quanto aos estabelecimentos locais - entrevistou indivíduos maiores de 18 anos, com renda mensal de até R$ 12 mil e que tenham frequentado pelo menos uma casa nos últimos três meses. Recentemente, com o objetivo de tornar o estudo mais completo, os alunos coordenados pelos professores Fernando Campello e Luciano Lins foram um pouco mais além e não só atualizaram a coleta de dados, mas também tentaram identificar a opinião dos proprietários sobre os restaurantes. Por meio de questionários opinativos, indagaram 113 estabelecimentos, sendo 75% donos de marcas próprias, tomando como método a análise estatística.
Na apresentação do trabalho, no último sábado (14), na Aliança Francesa do Derby, professores e alunos destacaram uma série de resultados identificados em uma primeira análise, voltada para obter um parâmetro da qualidade de serviço oferecido pelos estabelecimentos, atendimento, serviços complementares, entre outros. O estudo, no entanto, segundo o professor Luciano Lins, tem fluxo contínuo, mas com marcos bem estabelecidos pelas coletas de dados efetuadas. “O evento foi programado com o propósito de compartilhar com o pessoal dos restaurantes algumas das conclusões já extraídas das bases. Entretanto, ainda estamos longe de exaurir todas as análises possíveis a partir deste material. O trabalho está só começando”, explica Lins.
Tendo visto as primeiras considerações, em meio ao crescimento da gastronomia pernambucana, parece que o Estado ainda tem muito o que caminhar. Nem todos os resultados foram concluídos, mas algo é certo: é essencial repensar o conceito de gastronomia que tem sido adotado no âmbito local, seja por parte dos clientes, quanto dos estabelecimentos.
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