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sábado, 7 de maio de 2011

NOTA DE RESPOSTA DO NAJUP AO GRUPO CONTESTAÇÃO (FDR-UFPE)

FONTE: http://najupdireitonasruas.wordpress.com/2011/05/07/nota-de-resposta-do-najup-ao-grupo-contestacao/

 

NOTA DE RESPOSTA DO NAJUP AO GRUPO CONTESTAÇÃO

O NAJUP – Núcleo de Assessoria Jurídica Popular / Direito Nas Ruas – vem, por meio desta nota, responder a mais recente manifestação de repúdio sofrida, dessa vez através de texto publicado no blog institucional da agremiação estudantil Contestação.
Inicialmente, queremos frisar o quão irônico pareceu ao nosso grupo ler, no referido blog, que somos acusados de ostentar “uma posição oficial, outra oficiosa” nos últimos processos eleitorais da Faculdade de Direito do Recife e da Universidade Federal de Pernambuco. Aqui voltamos a fazer a pergunta deixada sem resposta nas últimas eleições DADSF: como o Contestação pode dizer apoiar, em sua carta programa, os grupos de extensão da FDR quando, ao mesmo tempo, alguns de seus integrantes elaboram e cantam músicas de cunho HOMOFÓBICO dirigidas aos militantes do NAJUP? Não seria essa uma postura “oficiosa”?
Ficamos felizes porque, dessa vez, esse grupo que veste azul e se entende enquanto movimento estudantil de esquerda atuou de forma um pouco mais transparente, tecendo suas críticas ao nosso núcleo de forma clara e direta, e não nas surdinas (como, aliás, sempre costumou fazer). Esse avanço, acreditamos, facilita muito a disputa democrática de idéias, e serve, fundamentalmente, para tornar as nossas diferenças cada vez mais evidentes.
Na linha desse pensamento, queremos discordar contundentemente da suposta “neutralidade” atribuída ao NAJUP em relação ao pleito eleitoral deste ano para a eleição de reitor. O que seria, afinal, um grupo “neutro”? Um grupo que não escolheu fazer campanha para um dos candidatos? Um grupo que, a despeito disso, foi incisivo em suas críticas, e não coadunou com o perfil autoritário daqueles que disputavam o cargo mais elevado na hierarquia da nossa Universidade?
Não, caro leitores. O NAJUP não foi, não é, nem nunca será um grupo neutro, por simplesmente não acredita na idéia de neutralidade. Em nenhum momento fomos omissos, tanto que optamos por lançar uma nota revelando abertamente alguns dos motivos que nos levaram, enquanto grupo, a não apoiar nenhum dos candidatos ao pleito eleitoral. O que não significa, entretanto, que nossos militantes estão proibidos por um órgão de cúpula a adotar publicamente uma postura individual diversa, como parece ser o caso do grupo Contestação. Dirigismo não combina, definitivamente, com a proposta plural, dialógica e horizontal do NAJUP: ta aí uma enorme disparidade que precisa ser ressaltada, portanto.
Com efeito, aqueles que nos repudiam parecem ter evidenciado, em sua última nota, o reconhecimento de uma polarização: o poder popular e o poder institucional. Sobre o assunto, veja-se que o Contestação foi incisivo ao dizer que acha “pouquíssimo provável” que uma universidade de fato pública venha a existir por meios não institucionais. Ocorre, porém, que afirmar não ser contra a luta popular não é, de fato, apoiá-la. Isso não significa, frise-se, que consideramos a referida agremiação um grupo neutro, muito pelo contrário: lemos essa postura enquanto uma demonstração do seu conservadorismo político, que legitima, apenas, os espaços formais da nossa sociedade (em detrimento da luta direta exercida pelo povo).
Dessa forma, para o NAJUP, o enaltecimento das instituições enquanto único caminho a ser trilhado pela nossa Universidade significa desacreditar na capacidade de conquistas dos movimentos sociais, com quem nós (fazemos questão de dizer que) atuamos. Cumpre ressaltar, aqui, que não há voto que se equipare ao poder revolucionário do povo, a quem nossos candidatos a reitores dizem querer representar.
Por fim, é cediço que em nenhum momento o NAJUP adotou uma postura de abstenção ao lançar sua nota sobre as eleições para reitor: intentou, sim, estabelecer um debate crítico com a comunidade acadêmica, expondo, minimamente, questões para reflexão. Acaso a nota que o presente grupo lançou fosse norteada por uma postura evasiva – como parece querer fazer crer a nota de repúdio do Contestação – tais repercussões políticas, não estariam, de fato, acontecendo.
No mais: “saudações aos que tem coragem para seguir LUTANDO” (e, não apenas, votando).
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