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segunda-feira, 2 de maio de 2011

MATÉRIA: Entrevista com o Reitor Eleito Anísio Brasileiro

FONTE:
 http://www.ufpe.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=40067:novo-reitor--vamos-reforcar-e-criar-novos-cursos&catid=9&Itemid=73

NOVO REITOR // Vamos reforçar e criar novos cursos

01.05.2011

Jornal do Commercio – Cidades

ENTREVISTA - ANÍSIO BRASILEIRO

Vamos reforçar e criar novos cursos

Anísio Brasileiro assume em outubro a reitoria da maior instituição de ensino do Norte e Nordeste: a Universidade Federal de Pernambuco. Entre os desafios, estão a ampliação dos cursos de graduação e pós-graduação e o fortalecimento dos câmpus de Vitória de Santo Antão e Caruaru. Na agenda, já há reunião prevista com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para discutir recursos para projetos. Outra visita será feita ao governador Eduardo Campos, para tratar de assuntos estratégicos para o desenvolvimento do Estado.

JORNAL DO COMMERCIO - O senhor já teve a oportunidade de conversar com o reitor Amaro Lins sobre o processo de transição?

ANÍSIO - Tivemos na quarta-feira (27) uma primeira reunião. Será uma transição muito afinada. A equipe que sai e a que entra trabalharão em perfeita sintonia.

JC - O senhor pretende manter membros da atual equipe que estão desempenhando bem os seus trabalhos?
ANÍSIO - Ainda é muito cedo para tomarmos qualquer decisão nesse sentido. A escolha da equipe obedecerá a critérios como qualificação para a função e reconhecimento do câmpus como liderança acadêmica.

JC - O senhor pretende ampliar o número de cursos nos câmpus de Caruaru e Vitória de Santo Antão?

ANÍSIO - É nossa prioridade fortalecer os cursos já existentes e os projetos de pesquisa e extensão, ampliando a integração com a comunidade. Vamos criar alguns cursos de graduação, como gestão da saúde, em Vitória, e ciências contábeis e licenciatura em música, em Caruaru. Queremos uma pós-graduação de desenvolvimento sustentável em Caruaru e outra pós na área de esportes em Vitória. Não pretendemos que a UFPE siga para outras cidades. Já temos a Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), em Petrolina, e a Federal Rural em Serra Talhada e Garanhuns, que suprem a demanda. O que pretendemos é integrar melhor as três universidades federais com a UPE (Universidade de Pernambuco, estadual) e a Universidade Católica para complementarmos as formações de mestres e doutores. Queremos priorizar a formação dos professores.

JC - Um item do seu programa fala sobre o aumento do número de vagas no vestibular. Como o senhor pretende fazer isso?

ANÍSIO - Vamos tratar o assunto com todos os departamentos e enviar relatório ao Conselho Universitário, em setembro, para que o grupo decida. Sabemos da necessidade, mas precisamos manter a qualidade das graduações. Para isso, trabalharemos junto ao MEC a contratação de novos docentes e servidores técnico-administrativos.

JC - As pós-graduações também serão ampliadas?

ANÍSIO - Vamos criar mestrados de fonoaudiologia, terapia ocupacional e música, todos no Recife. Também criaremos o doutorado em fisioterapia e em enfermagem, além do mestrado profissional em gestão universitária.

JC - O senhor acredita que poderá conciliar as atividades acadêmicas com o cargo de reitor?

 
ANÍSIO - É um grande desafio. Tenho conseguido, nos últimos sete anos e meio, manter minhas atividades de pesquisador. Sou bolsista do CNPq, tenho alunos da graduação, mestrado e doutorado e pretendo equilibrar. Acho que a atividade de gestão necessita de um contato contínuo com os estudantes.

JC - No ano passado, a universidade baixou pontos no ranking nacional. Que ações o senhor pretende implantar para reverter esse quadro?

ANÍSIO - Estamos criando um fórum de coordenadores das pós-graduações para examinar em detalhes os resultados da avaliação e traçar diretrizes para fortalecer a pesquisa e da publicação em periódicos. Queremos que os editais de seleção de mestrandos e doutorandos tenham caráter nacional e internacional. Vamos criar a Diretoria de Cooperação Internacional para apoiar projetos transversais entre a UFPE e países da América Latina e da África, principalmente.

JC - O Restaurante Universitário retomou as atividades em meio a reclamações dos estudantes. O senhor pretende ampliar o acesso e baixar o valor das refeições?

ANÍSIO - Já temos recursos assegurados até 2012. Vamos pedir mais dinheiro ao MEC para ampliar o acesso, inicialmente, para alunos da Casa do Estudante. Em seguida, para os que só têm direito a uma refeição para que possam usufruir do restaurante duas vezes por dia. Vamos analisar os contratos com as cantinas, para descentralizar o serviço.

JC - Que ações o senhor pretende implantar para melhorar a segurança na universidade?

ANÍSIO - Primeiro, vamos tentar junto ao MEC realizar concurso para contratar novos servidores para segurança. Segundo, vamos retomar convênios com a Polícia Militar para que ela possa atuar nas áreas externa e interna do câmpus. Em seguida, vamos adquirir novas câmeras para garantir a prevenção. Também vamos instalar postos de observação nas entradas do câmpus. Queremos, ainda, construir um prédio para a segurança institucional e qualificar esses profissionais.

JC - Um dos assuntos polêmicos na campanha foi a redução da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos para 30 horas semanais. Será mesmo implantada?
ANÍSIO - Essa proposta está sendo analisada, para que não haja prejuízo para os profissionais nem para a instituição. Somos favoráveis à luta pela redução da jornada de trabalho. Vamos realizar, até o fim do ano, um diagnóstico da carga horária de todos os servidores.

JC - Como o senhor pretende fortalecer as Rádios e Televisão Universitárias, que estão sucateadas?
ANÍSIO - Em primeiro lugar, é preciso reformar as instalações físicas, principalmente na rádio AM, que será transferida temporariamente para o Centro de Convenções. A reforma já está em andamento na rádio FM e na TV. Também vamos tentar adquirir novos equipamentos e contratar novos profissionais. Pretendemos criar um conselho gestor, com a participação de setores da sociedade, para elaborar uma grade de programação. Esses programas terão a função de integrar os departamentos da universidade e mostrar nossa diversidade de cultura.

JC - Com essas mudanças, o senhor pretende criar uma programação mais local?

ANÍSIO - Exatamente. Uma programação mais local, atenta à formação acadêmica e sintonizada com as culturas do Nordeste e de Pernambuco. A preservação e difusão dessa cultura e são papéis da TV e das Rádios Universitárias.

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