15/05/2011
No Brasil, em média, 34% do tempo de aula é utilizado em tarefas burocráticas, como a realização da chamada de presença ou a distribuição de deveres de casa. Ou seja, o aproveitamento da aula para ensino efetivo não ultrapassa os 66%. Segundo estudo do Banco Mundial, essa média fica bastante aquém da dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que 85% do tempo é usado para o aprendizado.
Em termos práticos, se considerarmos o período de uma hora-aula de 50 minutos (duração corrente de uma aula no Brasil), a média de tempo de aprendizagem no País é de 33 minutos. Já a da OCDE é de 42 minutos e 30 segundos. O estudo foi realizado nas redes estaduais de Pernambuco e Minas Gerais, e na rede municipal do Rio de Janeiro.
No País, também há os casos extremos de maior e menor utilização do tempo para atividades letivas: a pesquisa constatou que os professores que usam mais tempo ensinando, aplicam nessa tarefa 40 minutos e 30 segundos de uma hora aula (o que corresponde a 81% do período) – proporção mais próxima da média da OCDE.
Por outro lado, há docentes que utilizam apenas 37% do tempo das aulas ensinando, o que corresponde a 18 minutos e 30 segundos (em 50 minutos). Em alguns casos, o professor fica até mesmo fora da classe durante o tempo de aula.
Os alunos com mais tempo para aprender durante a aula, na prática, estudam cerca de 88 dias letivos a mais do que os colegas que assistem às aulas com menores aproveitamentos.
Metodologia
O estudo, coordenado por Barbara Bruns, economista principal do Banco Mundial para Educação na America Latina, utiliza uma nova metodologia para a observação de sala de aula chamada de "Stallings". "Esse método tem variáveis, como o uso do tempo, o uso de livros, do quadro-negro, de tecnologias da informação, se o professor está fazendo atividades de perguntas e respostas", explica Barbara.
Um observador treinado recebe uma ficha e, em dez observações de 15 segundos (espaçadas durante 50 minutos), codifica o tempo que o professor usa em atividades acadêmicas, de administração da sala ou fora de aula. Também são codificados os materiais empregados e se a turma inteira está envolvida ou se apenas uma parte mantém a atenção.
No País, estão em andamento pesquisas nas redes estaduais de Pernambuco e Minas Gerais e na rede municipal do Rio de Janeiro. Na América Latina, o estudo já começou no México, na Jamaica, na Colômbia, na Guatemala e no Paraguai. O Banco Mundial pretende estender a metodologia para El Salvador, Chile, Peru e Guiana.
Fonte: Todos pela Educação/ Simone Harnik
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No Brasil, em média, 34% do tempo de aula é utilizado em tarefas burocráticas, como a realização da chamada de presença ou a distribuição de deveres de casa. Ou seja, o aproveitamento da aula para ensino efetivo não ultrapassa os 66%. Segundo estudo do Banco Mundial, essa média fica bastante aquém da dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que 85% do tempo é usado para o aprendizado.
Em termos práticos, se considerarmos o período de uma hora-aula de 50 minutos (duração corrente de uma aula no Brasil), a média de tempo de aprendizagem no País é de 33 minutos. Já a da OCDE é de 42 minutos e 30 segundos. O estudo foi realizado nas redes estaduais de Pernambuco e Minas Gerais, e na rede municipal do Rio de Janeiro.
No País, também há os casos extremos de maior e menor utilização do tempo para atividades letivas: a pesquisa constatou que os professores que usam mais tempo ensinando, aplicam nessa tarefa 40 minutos e 30 segundos de uma hora aula (o que corresponde a 81% do período) – proporção mais próxima da média da OCDE.
Por outro lado, há docentes que utilizam apenas 37% do tempo das aulas ensinando, o que corresponde a 18 minutos e 30 segundos (em 50 minutos). Em alguns casos, o professor fica até mesmo fora da classe durante o tempo de aula.
Os alunos com mais tempo para aprender durante a aula, na prática, estudam cerca de 88 dias letivos a mais do que os colegas que assistem às aulas com menores aproveitamentos.
Metodologia
O estudo, coordenado por Barbara Bruns, economista principal do Banco Mundial para Educação na America Latina, utiliza uma nova metodologia para a observação de sala de aula chamada de "Stallings". "Esse método tem variáveis, como o uso do tempo, o uso de livros, do quadro-negro, de tecnologias da informação, se o professor está fazendo atividades de perguntas e respostas", explica Barbara.
Um observador treinado recebe uma ficha e, em dez observações de 15 segundos (espaçadas durante 50 minutos), codifica o tempo que o professor usa em atividades acadêmicas, de administração da sala ou fora de aula. Também são codificados os materiais empregados e se a turma inteira está envolvida ou se apenas uma parte mantém a atenção.
No País, estão em andamento pesquisas nas redes estaduais de Pernambuco e Minas Gerais e na rede municipal do Rio de Janeiro. Na América Latina, o estudo já começou no México, na Jamaica, na Colômbia, na Guatemala e no Paraguai. O Banco Mundial pretende estender a metodologia para El Salvador, Chile, Peru e Guiana.
Fonte: Todos pela Educação/ Simone Harnik
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