Hoje (17/maio), no programa de Sardenberg na CBN, que vai da 12 às 14 h, ouvi uma longa e esclarecedora entrevista com o Ministro Fernando Haddad sobre o assunto. Depois do que ele expôs, não resta mais espaço para polêmica, a não ser guiada pela má-fé. O livro em questão é um dentre os milhares de títulos recomendados pelo MEC para adoção nas escolas, foi selecionado (como todos os demais livros neste caso) por uma comissão de especialistas universitários (no caso do livro em questão, da UFRN) sem apadrinhamento (a comissão avalia desconhecendo os autores), é dedicado (importante isto!) à educação de jovens e adultos, gente que não teve a oportunidade de ter a escolaridade necessária/ideal no tempo certo das suas vidas, e não estimula o falar e o escrever errados, ele faz uma aproximação do jovem/adulto pouco instruído ao falar e ao escrever segundo a norma culta, mas sem desqualificar o falar cotidiano dos grupos diversos da população, numa postura respeitosa para com o saber dos diversos grupos sociais. O ministro, um intelectual brilhante, foi muito feliz em sua entrevista, sobretudo ao dizer que a discusssão na mídia e na sociedade deveria se fazer, na verdade, em torno da(s) metodologia(s) de ensino mais eficiente(s) para o grupo em questão, jovens e adultos, e não sobre aspectos minúsculos seccionados de forma pontual de um contexto mais amplo.
Seria muito bom que jornalistas e mesmo meros leitores tivessem a precaução de, antes de se expressar publicamente sobre um assunto, buscar informações qualificadas sobre o mesmo, para não cometerem injustiças e tolices que são fomentadas por um certo tipo de noticiário malicioso que se manifesta eventualmente em nossa mídia. A ausência desta precauçao no caso presente só gera precipitação pueril, alarmismo, acessos preconceituosos de purismo e desvio de energias das discussões verdadeiramente importantes na nossa nação. Há já muito construído em temos de educação democrática e eficaz no nosso país, nas creches, nas escolas de ensino fundamental e médio, nas universidades, nas secretarias de Educação municipais e estaduais, no Ministério da Educação, no Conselho Federal de Educação, nas ONGs, sob inspiração, inclusive, de organismos internacionais como a UNESCO e das importantísimas Conferências de Educaçao. Não dá para simplificar tudo que foi acumulado com acusações simplórias e especulações ineptas.
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