Postado em 02-05-2011
Por Ivo Dantas
Desde o início da semana passada existia uma grande preocupação em Pernambuco: como iria acabar a partida entre Náutico e Sport, nos Aflitos? Diante do risco de perder o Hexa, a torcida do Náutico estava tensa. Pela internet, organizadas discutiam e prometiam muita violência no clássico. Para piorar, as denúncias de suborno, feitas pelo Náutico, esquentaram o clima. O cenário estava armado: Clássico vai acabar em pancadaria, no campo, e fora dele.
Desde o início da semana passada existia uma grande preocupação em Pernambuco: como iria acabar a partida entre Náutico e Sport, nos Aflitos? Diante do risco de perder o Hexa, a torcida do Náutico estava tensa. Pela internet, organizadas discutiam e prometiam muita violência no clássico. Para piorar, as denúncias de suborno, feitas pelo Náutico, esquentaram o clima. O cenário estava armado: Clássico vai acabar em pancadaria, no campo, e fora dele.
Felizmente, não foi o que aconteceu. Talvez até pela tensão, e tristeza, da torcida alvi-rubra. No campo, apesar do clima quente e do clássico disputado, os jogadores não saíram batendo a esmo, como poderia se esperar. O jogo terminou em paz.
Há de se tirar o chapéu para os três jornais pernambucanos que passaram a semana fazendo campanha contra a violência. Assim como para o Ministério Público e a proibição, pelo judiciário, da presença das “ditas organizadas”. Caso nada disso tivesse sido feito, talvez, as notícias seriam outras.
Por outro lado, não foi o que aconteceu no resto do País. Em São Paulo, “torcedores” da Mancha Verde, organizada do Palmeiras, espancaram um torcedor corintiano. No Rio de Janeiro, a briga entre Vasco e Flamengo foi além do campo e deixou 100 presos, uma dezena de feridos, e um morto. Em Goiás, os jogadores passaram quase 20 minutos, após o término da partida, em uma pancadaria generalizada, que se refletiu na torcida. Também fala-se de uma morte nos arredores da cidade.
Isso tudo em pleno Século XXI. Um País que, dizem os especialistas, já é da classe média. Iremos receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Teremos a necessidade de ter verdadeiros exércitos de policiais nas ruas para evitar catástrofes? É tão difícil para a inteligência policial prender os líderes dessas pseudo-torcidas? É mais fácil prender um traficante, invadindo morro, do que desmontar as organizadas? E até quando os clubes vão financiar essas gangues, com ingressos? Depredação de ônibus nem precisamos falar. Todo dia de clássico no Recife são dezenas apedrejados.
Até quando?
Em São Paulo, a prova da covardia das organizadas
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