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terça-feira, 3 de maio de 2011

MEMÓRIA DA UFPE: Pesquisas resgatam a atuação dos movimentos estudantis

FONTE: http://www.ufpe.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=10957:pesquisas-resgatam-a-atuacao-dos-movimentos-estudantis&catid=5&Itemid=78


O movimento estudantil durante o período da ditadura militar foi um fenômeno social que, ao reunir interesses acadêmicos e políticos em suas manifestações, se opôs ao sistema vigente na época, lutou por direitos para a sociedade e, no âmbito universitário, procurou assegurar uma contínua evolução no ensino. Com o objetivo de realizar pesquisas pioneiras neste campo, ao resgatar a memória das juventudes e das movimentações juvenis dentro e fora da Universidade, da cidadania e dos direitos humanos no Brasil, há cerca de quatro anos, surgiu o grupo de estudos “A engenharia nacional, os estudantes e a educação superior: a memória reabilitada” (Proenge), no Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e de Democracia, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Os coordenadores são os pesquisadores Luís Antônio Groppo, da Universidade Estadual de Campinas (SP), e Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado, ambos da UFPE.

Através de material fotográfico e cerca de 15 mil documentos e 300 entrevistas, já foram publicados mais de 66 textos de mais de 50 autores nos livros: “Movimento estudantil brasileiro e a educação superior” (2007), “Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje” e “Movimentos juvenis na contemporaneidade” (2008). Neste ano, serão publicados mais três: “Práticas e perspectivas da juventude contemporânea”, “Pensa-mento das juventudes brasileiras no século XX” e “Movimentos estudantis, formação profissional e construção de um projeto de país: a experiência da engenharia na UFPE (1958 – 1975)”.

A obra “Movimentos estudantis, formação profissional e construção de um projeto de país: a experiência da engenharia na UFPE (1958 – 1975)” é resultado da dissertação de mestrado de Otávio Luiz Machado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, sob a orientação da professora Silke Weber. O ponto central é a Escola de Engenharia de Pernambuco, hoje conhecida como Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, pólo de importantes protestos e centro de resistência contra a ditadura daquela época.

A pesquisa procurou esclarecer, através de uma análise que interliga Sociologia e História, os elementos que tornaram o movimento estudantil um ator social importante no debate sobre a Universidade, a forma como se deu a construção de um ideário sobre a carreira do engenheiro, a constituição de novas relações sociais no interior de instituições de ensino superior e a formulação de uma articulação entre a Universidade e a sociedade.

Segundo Otávio Machado, os estudos tentam resgatar a história da juventude brasileira, a partir das diversas vozes que atuaram em décadas passadas no movimento estudantil. Ele ressaltou, ainda, a importância de se esclarecer que a universidade atual é herança da luta de diversas gerações por um projeto de reforma no ensino e que as conquistas advindas destas reivindicações foram de extrema importância para a construção do Brasil contemporâneo.

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