Especialistas afirmam que atividades em organizações são independentes
Priscilla Aguiar e ABr
O mundo não será um lugar mais seguro após a morte de Osama Bin Laden. A eliminação do líder da Al Qaeda “fecha um capítulo e outros se abrem na guerra entre Estados e grupos terroristas”, destaca o doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre em Relações Internacionais Thales Castro. Para o especialista, as organizações terroristas se prepararam ao longo dos anos para continuar ativas mesmo com o assassinato do principal planejador dos atentados de 11 de setembro de 2011 e de outros líderes da Al Quaeda e do Taliban que possam sucedê-lo no posto.
“As células terroristas operam na forma de rede. É uma estrutura muito peculiar em que as células são articuladas de forma independente, não horizontalizada. Em qualquer organização comum você corta a cabeça e provoca mudanças estruturais, problemas de continuidade. No caso das organizações terroristas, elas trabalham sem nenhum problema. Eles criaram essas células para resguardar o sigilo e a continuidade da organização”, detalhou Thales Castro.
Ele lembrou que o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, ao que tudo indica, veio sendo preparado desde 2006 como sucessor de Osama no comando da rede terrorista. Nesta época, correram boatos de que Bin Laden estivesse com graves problemas de saúde. “Ele deve dar continuidade a esse legado radical fanático fundamentalista e eu acredito honestamente que mais cedo ou mais tarde deve ter uma retaliação. Essa possibilidade de revanchismo deve perturbar por algum tempo a consciência dos países que apoiaram a intervenção militar”, observou o pesquisador.
A historiadora Maria Aparecida de Aquino, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, afirmou que a Al Qaeda “recebe recursos do mundo inteiro, funciona como uma máquina. Não é pouco inteligente, não se pode menosprezar”. Para ela, a organização continuará atuando com a mesma rotina a qual já está habituada. “Nós vamos nos acostumar com outros nomes de terroristas”, prevê.
Os norte-americanos já gastaram mais de US$ 1 trilhão com a perseguição ao terrorismo e deverão continuar gastando muito dinheiro lutando contra o terrorismo, segundo o sociólogo Antônio Jorge Ramalho, professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). “Não se sabe quando e nem onde poderá ocorrer outra ação do inimigo”, disse, ao apontar que os Estados Unidos e outros países do Ocidente irão redobrar cuidados contra atentados nos próximos meses.
Por se tratar de uma operação sigilosa, não foram divulgadas imagens do corpo de Osama Bin Laden. “Quando Saddan Husseim morreu, o Exército Americano condenou a prática de um soldado que fez o registro utilizando o aparelho celular. Não havendo isso com Osama, vez ou outra pairam algumas teorias conspiratórias sobre a morte dele”, frisou Thales Castro
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“As células terroristas operam na forma de rede. É uma estrutura muito peculiar em que as células são articuladas de forma independente, não horizontalizada. Em qualquer organização comum você corta a cabeça e provoca mudanças estruturais, problemas de continuidade. No caso das organizações terroristas, elas trabalham sem nenhum problema. Eles criaram essas células para resguardar o sigilo e a continuidade da organização”, detalhou Thales Castro.
Ele lembrou que o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, ao que tudo indica, veio sendo preparado desde 2006 como sucessor de Osama no comando da rede terrorista. Nesta época, correram boatos de que Bin Laden estivesse com graves problemas de saúde. “Ele deve dar continuidade a esse legado radical fanático fundamentalista e eu acredito honestamente que mais cedo ou mais tarde deve ter uma retaliação. Essa possibilidade de revanchismo deve perturbar por algum tempo a consciência dos países que apoiaram a intervenção militar”, observou o pesquisador.
A historiadora Maria Aparecida de Aquino, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, afirmou que a Al Qaeda “recebe recursos do mundo inteiro, funciona como uma máquina. Não é pouco inteligente, não se pode menosprezar”. Para ela, a organização continuará atuando com a mesma rotina a qual já está habituada. “Nós vamos nos acostumar com outros nomes de terroristas”, prevê.
Os norte-americanos já gastaram mais de US$ 1 trilhão com a perseguição ao terrorismo e deverão continuar gastando muito dinheiro lutando contra o terrorismo, segundo o sociólogo Antônio Jorge Ramalho, professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). “Não se sabe quando e nem onde poderá ocorrer outra ação do inimigo”, disse, ao apontar que os Estados Unidos e outros países do Ocidente irão redobrar cuidados contra atentados nos próximos meses.
Por se tratar de uma operação sigilosa, não foram divulgadas imagens do corpo de Osama Bin Laden. “Quando Saddan Husseim morreu, o Exército Americano condenou a prática de um soldado que fez o registro utilizando o aparelho celular. Não havendo isso com Osama, vez ou outra pairam algumas teorias conspiratórias sobre a morte dele”, frisou Thales Castro
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