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segunda-feira, 2 de maio de 2011

MATÉRIA: Chuva afasta público do Cine PE nesta segunda-feira

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2011/05/02/chuva-afasta-publico-do-cine-pe-nesta-segundafeira-269494.php

Festival

Chuva afasta público do Cine PE nesta segunda-feira

Publicado em 02.05.2011, às 22h06

Do NE10







Imagem do curta As aventuras de Paulo Bruscky





A chuva de toda a segunda-feira atrasou a vida dos recifenses e o Cine PE teve uma de suas noites mais frias - o Teatro Guararapes não tinha nem um décimo de suas 2,4 mil cadeiras ocupadas por volta das 20h, quando as luzes do cinema foram apagadas. Poucos artistas e diretores - os atores Bruno Garcia, Chico Díaz, Silvia Buarque e Marcos Palmeira - conseguiram chegar ao teatro; o trânsito fez direção e produção do festival perderem a hora e até o projecionista testava os filmes quando as cortinas já eram para estar abertas.

A gélida noite contaminou até os realizadores, contidos, e a apresentadora Graça Araújo pediu que os diretores que iriam falar sobre seus filmes nesta noite subissem no bolo cenográfico montado no meio do palco e deixassem o púlpito lateral - mais escondidinho - apenas para ela.

Dois curtas-metragens estavam programados para a primeira parte da agenda desta terceira noite do Cine PE. A casa da vó Neyde, documentário de Caio Cavechini sobre o crack, mostrou em 20 minutos de imagens o que a droga é capaz de fazer com um homem e sua família. No caso do diretor, foi um retrato de seus parentes - o tio viciado, a avó sofrida que colocou o filho drogado para fora de casa, e o próprio Caio, que dirigiu, roteirizou e narrou em primeira pessoa seu drama. A obra tem as marcas da linguagem do programa Profissão Repórter, da Globo, por onde Caio já passou. Aproxima o espectador da dura realidade de um tema polêmico numa construção que causa agonia por ser tão real.

As aventuras de Paulo Bruscky, de Gabriel Mascaro, transforma diretor e biografado em avatar do Second Life, um universo em que o internauta se projeta como ser virtual. Na tela grande, o artista Bruscky encontra um ex-diretor de cinema e o pede para filmar sua história. Tudo se passa entre cenas em boates, praias, cenários psicodélicos, algumas entrevistas e até sexo - 100% virtual. Experimental na concepção e roteiro, o curta, a prata da casa desta noite, não encantou a plateia, que deixou uma mirrada sessão de palmas.
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