sábado, 1 de outubro de 2011 - 08h40 Atualizado em sábado, 1 de outubro de 2011 - 01h29
Pelo menos três mortes foram registradas esse ano; assessoria de imprensa da instituição informou que casos vêm acontecendo há 20 anos
Alunos da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) fizeram uma manifestação na última quinta-feira contra os casos de suicídio registrados na instituição nos últimos meses. Até o momento, o número de mortes nesta situação é conflitante. A assessoria de imprensa diz que três pessoas morreram este ano, mas alunos afirmam que foram quatro casos de suicídio.
A assessoria de imprensa diz ainda que a situação é recorrente. “Há cerca de 20 anos tem registro de suicídio” e as mortes acontecem no prédio do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas), que “é o mais alto do campus”, afirmou a assessoria.
A manifestação da última quinta-feira foi seguida de uma assembleia com o reitor, professor Amaro Lins, e o futuro reitor da instituição, professor Anísio Brasileiro, que tomará posse até o próximo dia 10 de outubro.
Nota
Cerca de 50 alunos participaram da conversa no auditório da universidade e pediram maior participação do corpo discente na elaboração de uma política de segurança; melhoria na assistência estudantil como meio de evitar os casos de suicídio e a ampliação da participação do alunado no Conselho Universitário.
Em nota, a instituição informou que os dois “comprometeram-se a buscar soluções para as demandas apresentadas durante a mobilização, cujo principal objetivo era evitar os casos de suicídio registrados no CFCH”.
Ainda segundo o texto, o futuro reitor afirmou que sete pontos serão analisados pela nova administração e um novo encontro irá acontecer ainda em outubro. Entre os pontos a serem discutidos estão “a melhoria da infraestrutura, incluindo a correção da vulnerabilidade no CFCH; política de bolsas estudantis; ampliação do acesso ao Restaurante Universitário; Casa dos Estudantes; reavaliação para retomada das calouradas no campus e segurança institucional”.
Ações
A instituição diz ainda que na primeira semana do reitorado de Brasileiro, “o Conselho Universitário vai apreciar sua proposta de criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e também promover a mudança do estatuto da instituição”.
O diretor de segurança da universidade, Armando Nascimento, disse ainda ao Portal da Band que na próxima semana haverá uma reunião entre a UFPE, o Corpo de Bombeiros e outros especialistas, para discutir medidas corretivas para o prédio.
No ano passado, a instituição colocou grades nas varandas de todos os andares da parte traseira do prédio, onde os casos aconteciam. Entretanto, neste último caso, a mulher – que era ex-aluna da instituição – se atirou de uma janela lateral. “É uma janela bem pequena”, disse.
Vulnerabilidade
Ainda segundo Nascimento, o fechamento total do prédio não foi realizado por recomendações do Corpo de Bombeiros. Pois, em caso de um incêndio ou outra ocorrência, as grades impediriam o trabalho da corporação.
Por isso, o diretor de segurança afirma que a universidade pretende “adotar uma medida que possa resolver essa vulnerabilidade [dos suicídios] e não crie outra. Vamos construir uma coisa eficiente porque eu não posso colocar grade em todo o prédio e numa eventualidade dificultar o acesso do corpo de bombeiros”, disse.
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A assessoria de imprensa diz ainda que a situação é recorrente. “Há cerca de 20 anos tem registro de suicídio” e as mortes acontecem no prédio do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas), que “é o mais alto do campus”, afirmou a assessoria.
A manifestação da última quinta-feira foi seguida de uma assembleia com o reitor, professor Amaro Lins, e o futuro reitor da instituição, professor Anísio Brasileiro, que tomará posse até o próximo dia 10 de outubro.
Nota
Cerca de 50 alunos participaram da conversa no auditório da universidade e pediram maior participação do corpo discente na elaboração de uma política de segurança; melhoria na assistência estudantil como meio de evitar os casos de suicídio e a ampliação da participação do alunado no Conselho Universitário.
Em nota, a instituição informou que os dois “comprometeram-se a buscar soluções para as demandas apresentadas durante a mobilização, cujo principal objetivo era evitar os casos de suicídio registrados no CFCH”.
Ainda segundo o texto, o futuro reitor afirmou que sete pontos serão analisados pela nova administração e um novo encontro irá acontecer ainda em outubro. Entre os pontos a serem discutidos estão “a melhoria da infraestrutura, incluindo a correção da vulnerabilidade no CFCH; política de bolsas estudantis; ampliação do acesso ao Restaurante Universitário; Casa dos Estudantes; reavaliação para retomada das calouradas no campus e segurança institucional”.
Ações
A instituição diz ainda que na primeira semana do reitorado de Brasileiro, “o Conselho Universitário vai apreciar sua proposta de criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e também promover a mudança do estatuto da instituição”.
O diretor de segurança da universidade, Armando Nascimento, disse ainda ao Portal da Band que na próxima semana haverá uma reunião entre a UFPE, o Corpo de Bombeiros e outros especialistas, para discutir medidas corretivas para o prédio.
No ano passado, a instituição colocou grades nas varandas de todos os andares da parte traseira do prédio, onde os casos aconteciam. Entretanto, neste último caso, a mulher – que era ex-aluna da instituição – se atirou de uma janela lateral. “É uma janela bem pequena”, disse.
Vulnerabilidade
Ainda segundo Nascimento, o fechamento total do prédio não foi realizado por recomendações do Corpo de Bombeiros. Pois, em caso de um incêndio ou outra ocorrência, as grades impediriam o trabalho da corporação.
Por isso, o diretor de segurança afirma que a universidade pretende “adotar uma medida que possa resolver essa vulnerabilidade [dos suicídios] e não crie outra. Vamos construir uma coisa eficiente porque eu não posso colocar grade em todo o prédio e numa eventualidade dificultar o acesso do corpo de bombeiros”, disse.
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