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sábado, 15 de outubro de 2011

DOCUMENTO: Professor da Pós em Educação da UFPE questiona novas regras e exigências para aquela Unidade


Ao Sr. coordenador da Pós-Graduação em Educação
Alfredo Gomes
À Sra vice-coordenadora
Telma Ferraz

Aos senh@res  do Pleno da Pós-Graduação

Envio este documento visando contribuir  com a discussão a ser realizada nesta próxima segunda-feira sobre o direito à orientação de mestrandos e doutorandos nesta Pós-Graduação.
Conforme o Regimento,
no artigo 7º, compete ao Colegiado do Programa, XIV zelar pelo nível do Trabalhos, Dissertações e Teses produzidos no Programa;
no Capítulo VI, Do corpo Docente, no artigo 48, §1º Docentes Permanentes  são os que atuam no  Programa de forma direta e contínua, formando o seu núcleo estável, desenvolvendo as principais atividades de ensino, orientação e pesquisa.
Já no artigo 51, do mesmo capítulo anterior – os docentes indicados deverão atender aos seguintes pré-requisitos mínimos, sem os quais não poderão ser credenciados:
a)   possuir título de Doutor ou Livre-Docente;
b)  ter produção científica relvante nos últimos três anos, atrelada à linha de pesquisa do Programa a que se candidata;
c)   ter disponibilidade para lecionar disciplinas da matriz curricular do Programa;
d)  ter disponibilidade para orientação de alunos do Programa;
e)   apresentar Projetos de Pesquisa aprovado por órgãos de fomento ou  pelas Câmaras de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPE;
Conforme esses artigos, estou enquadrado em todos eles, com exceção da publicação em Revista Qualis – da CAPES (mas encontro-me com um artigo na revista criada por Paulo Freire, Estudos Universitários, coordenada atualmente por Denis Bernardes). Então vejamos:
No artigo 7º, individualmente, venho zelando pelos Trabalhos e Dissertações. Nos últimos quatro anos foram defendidas quatro dissertações: sendo, duas indicadas para publicação: Anna Xavier (banca composta pela professora Márcia Melo, UFPE, e, pela professora Marilene  Nunes, UNESP –SP) e Carmem Dolores (banca composta pela professora Márcia Angela, UFPE, e, pelo professor Moisés Santana, UFRPE).
Além disso, este zelo vem sendo reconhecido pelos próprios estudantes da Pós-Graduação do doutorado e mestrado – e da graduação - quando depõem por escrito sobre o meu papel na formação intelectual, profissional e cívica:
1. Clodoaldo Marques Gomes, estudante de Pedagogia (pesquisador do projeto de Memória da UFPE);
2. Ana Cláudia,  mestranda em Educação;
3. Rejane Maria da Silva,  Graduanda do 7º. Período (pesquisadora do projeto de Memória da UFPE);
4. Marília Teixeira, mestranda em Educação;
5. Felipe Artur, estudante de Pedagogia, 7º. Período (pesquisador do projeto de Memória da UFPE);
6. Shenia Santos – estudante de Pedagogia na UFPE e pesquisadora do PIBIC 2011/2;
7. Claudemir F. Sales,  mestre em Educação;
8. Danielle C. B. Santos - mestranda em educação pela UFPE;
9. Débora Quetti Marques de Souza, mestre em Educação – UFPE;
10. Edelson de Albuquerque – mestrando em Educação pela UFPE;
11.          Francisco Carlos Figueredo Mendes, mestre em Educação UFPE;
12.          Ana Maria Xavier de Melo Santos, mestre em Educação UFPE;
13.          Cleidilene Almeida Silva, mestranda em Educação UFPE.
14.          Silvana Galvão de Aguiar, estudante especial da Pós-Graduação em Educação UFPE;
15.         Ana Claudia Dantas, Doutoranda em Educação UFPE;
16            Marília Teixeira, mestranda em Educação UFPE;
17            Antonio Elba, estudante em Pedagogia;
 18. Maria Ester de Paula Junior, mestre em Educação UFPE;           
19. Carmem Dolores Alves, mestre em Educação;
20. Suzana Rebeca, mestranda em Educação UFPE;

No artigo 48º, §1º, também estou enquadrado na exigência, pois, no ensino, assumi em 2007/2º, a disciplina obrigatória Pesquisa em Política Educacional, Planejamento e Gestão Educacional, 60 horas, com o professor Ramon de Oliveira. Além dessa, ofereci nove disciplinas eletivas:
Tópicos Atuais Educação (TAE) I, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2008
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2008
Tópicos Atuais Educação (TAE) I, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   2º 2008
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   2º 2008

Tópicos Atuais Educação (TAE) I, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2009
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2009
TAE I, Temática: Gestão educacional e autonomia na perspectiva Cornelius Castoriadis  2º 2009
TAE II, Temática: Gestão educacional e autonomia na perspectiva Cornelius Castoriadis  2º 2009
Tópicos Atuais Educação (TAE) I, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   2º 2009
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   2º 2009


TAE I, Temática: Gestão educacional e autonomia na perspectiva Cornelius Castoriadis  1º 2010
TAE II, Temática: Gestão educacional e autonomia na perspectiva Cornelius Castoriadis  1º 2010
Tópicos Atuais Educação (TAE) I, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2010
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   1º 2010
TAEI I, Temática: Gestão educacional e autonomia na perspectiva Cornelius Castoriadis  2º 2010
Tópicos Atuais Educação (TAE) II, Temática: Gestão da educação e cultura brasileira   2º 2010

TAE I, Temática: Por implosão e para além do discurso de participação e gestão democrática. Contribuições: Cornelius Castoriadis, Félix Guatarri/Deleuze, Foucault e Herbert Marcuse. 1º 2011


Na orientação quatro estudantes já defenderam o mestrado e sigo orientando quatro mestrandos e um doutorando. Não esquecer o reconhecimento de todos eles com o meu trabalho através dos depoimentos e dos resultados. Efetivamente uma avaliação qualitativa.

Na pesquisa, já aprovada pela Câmara de Ensino Pesquisa e Extensão, o projeto “História da administração e organização da UFPE”.

Nesta pesquisa, foram incluídos os estudantes do mestrado:

Edelson de Albuquerque Silva Júnior (mestrando, Políticas públicas)
Claudemir Sales (mestre, Políticas Públicas)
Talita Maria Soares da Silva (mestranda, Teoria e História)

Estudantes da Graduação:

Mariana Monteiro (PIBIC 2010/11)
Shenia Santos (PIBIC 2011/2012)
Rejane Maria (bolsista PROPESQ)
Clodoaldo Gomes (voluntário)
Natanael Luna (bolsista, DAE)
Felipe Artur (bolsista, DAE)

Dessa pesquisa, frutificaram quatro livros:

1)  O reitorado de Joaquim Amazonas através das Atas do Conselho Universitário da Universidade do Recife: 1946-1959, editado em 2009.  
2)  Atas do Conselho, da Assembleia Universitária e da Comissão Designativa do Reitorado de João Alfredo e Vice-Reitorado de Newton Maia, da Universidade do Recife: junho de 1959 a agosto de 1964 (2010);
3)  A Primeira Greve Estudantil da UFPE: 09 a 19 de setembro de 1947. Da tutela patriarcal à construção ambígua de sua autonomia. (2010).
4)  Conciso roteiro de documentos administrativos da Universidade do Recife/UFPE – 1946 a 1975 (2011).
Em novembro, com lançamento previsto, já se encontrando na gráfica da nossa Editora, o livro: “UFPE – instituição, gestão e política” com apresentação do historiador Jorge Siqueira. Entrevistados: Maria Antonia Mac Dowell, George Browne, Jonio Lemos e Palhares Reis. Tod@s já se sintam convidados.

Do segundo semestre de 2009 ao segundo semestre de 2011, totalizamos cinco livros publicados.

Além dessas publicações, participei com um capítulo de livro, As Antinomias do Planejamento do PDE nas escolas públicas. Neoliberalismo numa terra patrimonialista, sob a organização do professor Alfredo Gomes.

Agora, em 5 de outubro de 2011, pela revista Estudos Universitários (27 volume), com corpo editorial internacional (EUA, Argentina) e nacional (USP), foi publicado um artigo de minha autoria, denominado “Do esquecimento ao encontro das memórias institucionais. Pequeno percurso sobre documentos administrativos da UFPE – 1946 a 1974”.

Denis Bernardes coordena a retoma esta preciosa Revista criada por Paulo Freire. Em seu primeiro número de 2010 (este é o 26 volume de continuação), o editorial anota:

“É com grande satisfação que retomamos a publicação da Revista Estudos Universitários. Conceituado periódico extensionista cujo surgimento remonta ao início dos anos sessenta, conjuntura na qual a crítica sociocultural mais geral se entrelaçava de forma ca-racterística à problematização das mediações socioeconômicas do Brasil da época.

Gestada no Serviço de Extensão Cultural/SEC, sob a orientação do Professor Paulo Freire e de sua equipe, como uma revista de cultu­ra, e motivada pela tomada de consciência da pequena influência da Universidade na vida cultural do país, a Estudos Universitários constituiu-se numa via de formação, dialética e historicamente posicionada, na qual a cultura deveria ser entendida como natur­eza transformada e significada pelo homem. Seu surgimento revela o quanto o texto e o contexto são momentos indissociáveis”.


Espero ter contribuído para esclarecer meu papel na Pós-Graduação – quantitativa e qualitativamente – e esperar bom senso na resolução final. O que eu espero é apenas uma coisa: continuar trabalhando arduamente e ininterruptamente como venho fazendo (pesquisando, orientando e ministrando aulas) – além, é claro, de continuar criticando todas as formas de autoritarismos na UFPE e fora dela - inclusive os governos do PT (e seus aliados) nos níveis municipais, estaduais e federais.

Apesar de expor minuciosamente as diversas atividades que desenvolvi no Programa da Pós no ensino, pesquisa e orientação, acredito, em alta performance, sou contrário a todo tipo de exclusão educacional punitiva, retaliativa, a qualquer docente, porque não condiz com uma instituição educacional crítica, reflexiva e compromissada com o social, o espírito humano, os direitos humanos e uma gestão compartilhada, dialógica e humanista. Este texto – apesar de não ter recebido nenhuma delegação de ninguém - é em nome de todos que estão com o pescoço sob a degola e em nome de algo que ninguém com uma mínima razão é capaz de explicar convincentemente.

Se o critério for compromisso reconhecimento e competência intelectual e cívica (meu critério central), não há porque não continuar orientando. Cumpri a maioria absoluta dos critérios. Se existe outros critérios que não esses, que se explicitem. Estou cumprindo e de acordo, também, com um outro artigo do Regimento, o segundo, que diz: “... os objetivos específicos do Programa da Pós-Graduação em Educação é “formar professores para o ensino superior na areada da Educação” e “formar pesquisadores para a área da Educação”. Estou formando professores e pesquisadores.

 Espero não ganhar como presente do dia dos professores, o meu afastamento das orientações, já bastante reconhecidas pel@s estudantes.

Muito obrigado pela atenção.

Recife, 15 de outubro de 2011

Evson Malaquias de Moraes Santos
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