FONTE: FACEBOOK
Prezado Professor Evson, em primeiro lugar, gostaríamos de destacar nossa admiração pelo companheiro, que como professor e liderança sindical sempre apoiou a luta estudantil. Em segundo lugar, para nós da Chapa Roda Viva não é nenhum problema que o companheiro se envolva na eleição. O processo de reconstrução do DA está sendo um processo vivo, de luta, saudável e toda participação crítica é bem vinda. Não podemos, porém, deixar de manifestar nossa discordância com o conteúdo de sua Carta.
Em sua Carta Prof. Evson, você afirma: “Acusar Clodoaldo, Tonico, Edelson, Claudemir, Ana, Maysa, Felipe, Igor, Lívia de desvio de dinheiro e outras coisas mais (desonestas), já é demais”. Em nenhum momento, professor, a Chapa Roda Viva acusou estas pessoas de desvio de dinheiro. Em nenhum momento! O que questionamos em nosso último panfleto e voltamos a questionar é: por que nunca foi prestado contas para os estudantes do CE da utilização dos recursos do tal “fundo coletivo”?
Portanto, não estamos “caluniando” ninguém. Estamos cobrando coerência. Não basta falar em “transparência e participação” é preciso colocar isto em prática. Transparência, neste caso, significa: prestação de contas da utilização do “fundo coletivo” aos estudantes do CE. Participação: discussões democráticas e amplas sobre a utilização destes recursos, que foram resultantes do Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia. Estas são coisas simples e ainda estão em tempo de serem feitas.
Em momento algum, caro Professor Evson, fizemos uma crítica genérica a gestão Vira-Mundo. Criticamos a desmobilização após esta gestão. A falta de eleições democráticas e mesmo a defesa da não realização de eleições sob a justificativa de uma “auto-gestão”.
Sobre a Ocupação da Reitoria da UFPE, em 2007, sempre defendemos esta luta como exemplo da resistência aos ataques do governo à educação. Inclusive membros da Chapa Roda Viva, mesmo não sendo ainda estudantes da universidade, participaram da ocupação como membros do Grêmio do CEFET. Mas o fato de termos lutado no passado não justifica o nosso imobilismo no presente. Ninguém está acima de críticas.
Portanto, Prof. Evson, não faz parte da nossa tática “desmoralizar outros por interesses eleitorais”. Todas nossas críticas são políticas. Estamos fazendo elas no momento oportuno que são as eleições para o DA. Não podemos nas eleições discutir só propostas, é preciso avaliar a prática dos grupos que estão concorrendo ao pleito. É na “politicagem dos partidos” que só se debate “promessas”.
Por fim, acreditamos que este processo crítico, de balanço, de propostas está sendo extremamente rico para a reconstrução do DA. Só se constrói verdadeira unidade com crítica, com luta. Se não houvessem divergências entre as chapas seria uma eleição de chapa única. Colocar as diferenças para fora é fundamental para o processo de escolha. Criticar as críticas, desqualificar as divergências em vez de responde-las nos lembra os velhos sofistas que com frases pomposas pareciam debater enquanto na verdade fugiam do debate.
CHAPA RODA VIVA
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