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China e Racionais MC's tornam explosiva a última noite do Coquetel Molotov
Publicado em 16.10.2011, às 09h02
Público que começou a se empolgar durante o show de China manteve euforia por todo o show de Racionais MC's
Foto: Vanessa Silva/ NE10
Quebra total de paradigmas resume a última noite de shows do No Ar - Coquetel Molotov neste sábado (15), no Teatro da UPFE. A apresentação dos rappers do Racionais MC's sem dúvidas ficou para a história não só do festival como também da cidade.
Pra começar, um público bastante diversificado - dos alternas de carteirinha que sempre frequentam o festival, aos fãs do grupo liderado por Mano Brown, com suas camisas largas e bonés de aba reta. "Quando a gente chegou aqui ficou todo mundo olhando, achando estranho. Mas é normal, já estamos acostumados. Aqui é da playboyzada, estamos no terreno deles", definiu o vigilante Jessé Silva, de 26 anos, que se apresenta como integrante do movimento Hip Hop e Rap no bairro de Dois Irmãos, Zona Oeste do Recife.
» Confira alguns cliques da noite na galeria de fotos:
A combinação de China e Racionais MC's na mesma noite acabou sendo explosiva. O público, que começou a ferver durante a apresentação do pernambucano, terminou a noite em êxtase com a entrada dos rappers paulistas.
Enquanto China empolgava a plateia com as músicas de seu novo álbum, Moto Contínuo, era possível ver um teatro já abarrotado de gente e inquieto. Com o incentivo do cantor, parte do público acabou tomando a frente do palco, onde depois subiu para cantar "Só serve pra dançar", encerrando assim o show de em média uma hora do apresentador da MTV. Até ele se mostrou ansioso para ver a performance dos mais aguardados da noite. "Nunca quis terminar um show tão rápido. Quero logo ver a apresentação dos Racionais".
Nos preparativos para a entrada dos rappers, as pessoas começaram a se colocar de pé, em frente ao palco, nos corredores e em cima das cadeiras. A espera pela entrada de Mano Brown, Ice Blue, Edy Rock e KL Jay deixou os fãs em polvorosa. Os seguranças tiveram muito trabalho para conter os mais alvoroçados, que não eram poucos e insistiam em abraçar, tocar e tirar foto com os Racionais durante a apresentação. O show durou cerca de 1h30, acabando por volta das 3h.
Cada música parecia que era sempre a mais aguardada. Artigo 157, Nego Drama, Vida Loka, Jesus Chorou e O homem na estrada foram algumas das letras que fizeram os fãs enlouquecerem. Como um líder falando aos seus seguidores, Mano aproveitava o espaço entre um rap e outro para disseminar suas mensagens. "O futuro do Brasil tá na mão de vocês, jovens. São vocês que vão pilotá-lo. O País é seu, moleque. Ninguém falou isso pra você?".
O teatro da UFPE jamais será o mesmo depois da passagem dos Racionais MC's, inclusive fisicamente. O público que estava contido durante as performances de Rômulo Fróes e The Sea and Cake - que abriram as apresentações do teatro neste sábado com seus novos álbuns - perdeu completamente as estribeiras durante a apresentação dos rappers. Marcas de sapatos nas cadeiras, pontas de cigarro, chiclete e latas de vários tipos de bebida puderam ser vistos no carpete após o show. Até a porta de vidro da entrada foi avariada. De acordo com a produção do evento, "fãs ansiosos" teriam danificado parte da porta durante a entrada, "não provocando maiores prejuízos".
SALA CINE - Dentro da salinha que de tão abarrotada de gente e quente ganhou o apelido de Sauna Cine (na verdade Sala Cine), o No Ar trouxe nesse último dia de festival as bandas Rua, com seu repertório carregado de elementos desconstruídos da música brasileira e do rock; Trio Eterno, projeto especial dos músicos Felipe S. e André Édipo; a paranaense Copacabana Club e a cantora francesa Hindi Zahra.
As duas últimas apresentações foram as que mais empolgaram o público, fazendo-o suportar o calor e a falta de espaço para ver suas performances. O som elétrico e pulsante da Copacabana Club colocou o pessoal pra dançar, interagindo e correspondendo à altura da apresentação, enquanto a voz e o talento de Hindi Zahra conquistaram a plateia no encerramento do espaço. Simpática, Hindi aprendeu "obrigado" em português, termo que repetia após cada calorosa salva de palmas que recebia.
Em meio às dúvidas se iria conseguir público para disputar com a Virada Multicultural do Recife, evento que aconteceu simultaneamente neste final de semana na capital pernambucana, o Coquetel Molotov encerra em grande estilo sua oitava edição, mostrando que já detém um público cativo e programação forte, deixando com certeza um gostinho de "quero mais".
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Pra começar, um público bastante diversificado - dos alternas de carteirinha que sempre frequentam o festival, aos fãs do grupo liderado por Mano Brown, com suas camisas largas e bonés de aba reta. "Quando a gente chegou aqui ficou todo mundo olhando, achando estranho. Mas é normal, já estamos acostumados. Aqui é da playboyzada, estamos no terreno deles", definiu o vigilante Jessé Silva, de 26 anos, que se apresenta como integrante do movimento Hip Hop e Rap no bairro de Dois Irmãos, Zona Oeste do Recife.
» Confira alguns cliques da noite na galeria de fotos:
A combinação de China e Racionais MC's na mesma noite acabou sendo explosiva. O público, que começou a ferver durante a apresentação do pernambucano, terminou a noite em êxtase com a entrada dos rappers paulistas.
Enquanto China empolgava a plateia com as músicas de seu novo álbum, Moto Contínuo, era possível ver um teatro já abarrotado de gente e inquieto. Com o incentivo do cantor, parte do público acabou tomando a frente do palco, onde depois subiu para cantar "Só serve pra dançar", encerrando assim o show de em média uma hora do apresentador da MTV. Até ele se mostrou ansioso para ver a performance dos mais aguardados da noite. "Nunca quis terminar um show tão rápido. Quero logo ver a apresentação dos Racionais".
Nos preparativos para a entrada dos rappers, as pessoas começaram a se colocar de pé, em frente ao palco, nos corredores e em cima das cadeiras. A espera pela entrada de Mano Brown, Ice Blue, Edy Rock e KL Jay deixou os fãs em polvorosa. Os seguranças tiveram muito trabalho para conter os mais alvoroçados, que não eram poucos e insistiam em abraçar, tocar e tirar foto com os Racionais durante a apresentação. O show durou cerca de 1h30, acabando por volta das 3h.
Cada música parecia que era sempre a mais aguardada. Artigo 157, Nego Drama, Vida Loka, Jesus Chorou e O homem na estrada foram algumas das letras que fizeram os fãs enlouquecerem. Como um líder falando aos seus seguidores, Mano aproveitava o espaço entre um rap e outro para disseminar suas mensagens. "O futuro do Brasil tá na mão de vocês, jovens. São vocês que vão pilotá-lo. O País é seu, moleque. Ninguém falou isso pra você?".
O teatro da UFPE jamais será o mesmo depois da passagem dos Racionais MC's, inclusive fisicamente. O público que estava contido durante as performances de Rômulo Fróes e The Sea and Cake - que abriram as apresentações do teatro neste sábado com seus novos álbuns - perdeu completamente as estribeiras durante a apresentação dos rappers. Marcas de sapatos nas cadeiras, pontas de cigarro, chiclete e latas de vários tipos de bebida puderam ser vistos no carpete após o show. Até a porta de vidro da entrada foi avariada. De acordo com a produção do evento, "fãs ansiosos" teriam danificado parte da porta durante a entrada, "não provocando maiores prejuízos".
SALA CINE - Dentro da salinha que de tão abarrotada de gente e quente ganhou o apelido de Sauna Cine (na verdade Sala Cine), o No Ar trouxe nesse último dia de festival as bandas Rua, com seu repertório carregado de elementos desconstruídos da música brasileira e do rock; Trio Eterno, projeto especial dos músicos Felipe S. e André Édipo; a paranaense Copacabana Club e a cantora francesa Hindi Zahra.
As duas últimas apresentações foram as que mais empolgaram o público, fazendo-o suportar o calor e a falta de espaço para ver suas performances. O som elétrico e pulsante da Copacabana Club colocou o pessoal pra dançar, interagindo e correspondendo à altura da apresentação, enquanto a voz e o talento de Hindi Zahra conquistaram a plateia no encerramento do espaço. Simpática, Hindi aprendeu "obrigado" em português, termo que repetia após cada calorosa salva de palmas que recebia.
Em meio às dúvidas se iria conseguir público para disputar com a Virada Multicultural do Recife, evento que aconteceu simultaneamente neste final de semana na capital pernambucana, o Coquetel Molotov encerra em grande estilo sua oitava edição, mostrando que já detém um público cativo e programação forte, deixando com certeza um gostinho de "quero mais".
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