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sábado, 1 de outubro de 2011

MATÉRIA: UFPE: é preciso ver o lado humanizador



Atualizado em sábado, 1 de outubro de 2011 - 01h50
 
Pesquisador conta que alunos acusam a universidade por omissão em caso de suicídios; pelo menos três casos foram registrados esse ano
 

Alunos da Universidade Federal do Pernambuco estão indignados com o alto índice de suicídio registrado em um dos campus da instituição. Segundo o pesquisador Otávio Luiz Machado, do programa sobre Juventude, Democracia, Direitos Humanos e Cidadania, o sentimento dos estudantes é que há omissão por parte das autoridades acadêmicas.

“Da parte da universidade, eu observo que a instituição tem feito esforços necessários para conter o problema, mas não foram suficientes até o momento”, diz. Para ele, é preciso, além de reforçar o lado estrutural, “ver o lado humanizador do problema”.

“É preciso provocar mudanças comportamentais e estímulo à convivência nos espaços da universidade. Mudar esse estigma do prédio do CFCH (Centro Filosofia e Ciências Humanas). Provocar uma mudança radical no ambiente, tornando-o mais dinâmico e estimulador, com atividades multidisciplinares”, opinou.

A universidade afirma que foram registradas três mortes neste ano, mas segundo informações de estudantes, foram quatro casos no total. Três nos últimos quatro meses. Entre os mortos está uma ex-aluna, um estudante de outra universidade e um aluno da UFPE.

Além do choque que os casos vêm provocando nos estudantes, “as pessoas começaram a questionar se é mesmo suicídio, está gerando uma situação de insegurança”, disse ainda Machado. “O problema é que era um caso por ano. Esse ano mudou completamente. As pessoas estão se perguntando se vai ter um próximo no mês que vem”.

Segundo o pesquisador, que mantém um blog com questões ligadas ao programa do qual participa, as pessoas estão em busca de informação e os alunos querem saber o que está acontecendo.

“As pessoas estão reagindo a isso [aos casos de suicídio]. Nós não podemos ser tão desumanos a ponto de admitir que novos casos aconteçam. Não podemos pensar que foi só mais um suicídio e pronto”, afirmou Machado. “Os alunos acham que faltam atitude e conversa com a comunidade. É preciso democratizar as questões da universidade”, concluiu.


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