sábado, 1 de outubro de 2011 - 08h42 Atualizado em sábado, 1 de outubro de 2011 - 01h50
Pesquisador conta que alunos acusam a universidade por omissão em caso de suicídios; pelo menos três casos foram registrados esse ano
Marielly Campos noticias@band.com.br
“Da parte da universidade, eu observo que a instituição tem feito esforços necessários para conter o problema, mas não foram suficientes até o momento”, diz. Para ele, é preciso, além de reforçar o lado estrutural, “ver o lado humanizador do problema”.
“É preciso provocar mudanças comportamentais e estímulo à convivência nos espaços da universidade. Mudar esse estigma do prédio do CFCH (Centro Filosofia e Ciências Humanas). Provocar uma mudança radical no ambiente, tornando-o mais dinâmico e estimulador, com atividades multidisciplinares”, opinou.
A universidade afirma que foram registradas três mortes neste ano, mas segundo informações de estudantes, foram quatro casos no total. Três nos últimos quatro meses. Entre os mortos está uma ex-aluna, um estudante de outra universidade e um aluno da UFPE.
Além do choque que os casos vêm provocando nos estudantes, “as pessoas começaram a questionar se é mesmo suicídio, está gerando uma situação de insegurança”, disse ainda Machado. “O problema é que era um caso por ano. Esse ano mudou completamente. As pessoas estão se perguntando se vai ter um próximo no mês que vem”.
Segundo o pesquisador, que mantém um blog com questões ligadas ao programa do qual participa, as pessoas estão em busca de informação e os alunos querem saber o que está acontecendo.
“As pessoas estão reagindo a isso [aos casos de suicídio]. Nós não podemos ser tão desumanos a ponto de admitir que novos casos aconteçam. Não podemos pensar que foi só mais um suicídio e pronto”, afirmou Machado. “Os alunos acham que faltam atitude e conversa com a comunidade. É preciso democratizar as questões da universidade”, concluiu.
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