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sábado, 1 de outubro de 2011

MATÉRIA: Reforma se arrasta na Casa do Estudante


Fonte: JC, Caderno Cidades, p. 4, 12 de outubro de 2011

Câmpus da UFPE: alunos reclamam da demora na reestruturação da moradia masculina, que tem infiltrações nas paredes, portas de banheiros e área invadida pelo mato.

Vanessa Araújo

Quase dois anos depois de iniciada, a reforma da Casa do Estudante, no câmpus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste do Recife, ainda não foi concluída. Ao contrário da moradia feminina, que teve as obras encerradas este mês, a residência masculina apresenta várias irregularidades. Infiltrações no teto e nas paredes, portas de banheiros quebradas e área externa invadida pelo mato são algumas as queixas dos moradores.
Segundo eles, uma copa deveria ser instalada em cada um dos três andares. As obras, no entanto, ainda não terminaram. As pias foram colocadas, mas não há água nas torneiras. Os bebedouros não foram instalados e as geladeiras antigas estão desligadas. As novas estão no térreo, ainda embaladas. As obras foram orçadas em R$377 mil e iniciadas em novembro de 2009, com previsão para serem concluídas em maio de 2010.

“Sem a copa, somos obrigados a comer no quarto e lavar os pratos no banheiro. Alguns residentes, cujos quartos são vizinhos aos banheiros, nem dormem nas camas por causa das infiltrações”, conta o estudante de Biomedicina Yuri Ferreira, 20 anos. O rapaz é natural de Timbaúba, a 98 quilômetros do Recife.
O prédio possui 16 quartos e quatro banheiros por andar. Cada dormitório pode abrigar até quatro residentes. O térreo não foi contemplado com a reforma nem a lavanderia. Na sala de estudos, parte da pintura do teto está caindo. A área externa, que deveria servir para lazer dos moradores, também não apresenta sinais de melhoria.
“Há uma discrepância muito grande entre a casa feminina e a masculina. O espaço das meninas está em perfeitas condições e elas recebem auxílio-moradia para desocupar o local, durante a reforma. Já a nossa é cheia de problemas e tivemos que continuar nela enquanto os serviços aconteciam. Somente os residentes do 1º andar tiveram direito ao auxílio, mas só depois de fazermos muito barulho”, conta o estudante do 9º período de licenciatura em música Leonardo Ferreira, 24. Atualmente, 192 estudantes moram no local.




Unidade feminina será entregue na terça-feira

Residentes da moradia estudantil feminina já começaram a retornar à Casa da Estudante desde a semana passada. Localizada no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, a unidade recebeu nova pintura, portas, melhoria nos cômodos e uma quadra esportiva.
A reforma, prevista para começar em agosto do ano passado, só foi iniciada em dezembro, depois que as 80 moradoras desocuparam a moradia. Os dormitórios, banheiros e cozinhas foram reformados. Os armários dos quartos ganharam novo revestimento. A entrega oficial, que deveria ter acontecido na última terça, será depois de amanhã.
As obras tiveram custo de pouco mais de R$348 mil e foram bem aceitas pelas residentes. “O maior problema era a umidade nos quartos, na sala de TV e de informática”, diz a estudante de Artes Cênicas Aparecida Silva, 21 anos.
Antes de a casa ser entregue, as residentes visitaram as instalações e identificaram que a quadra esportiva, construída durante a reforma, não havia sido concluída.
“Outro ponto que nos preocupa é a questão da segurança. A cerca elétrica estava apresentando defeito e isso nos deixava muito vulneráveis, completou a estudante.
De acordo com a pró-reitora acadêmica da UFPE, Ana Cabral, até amanhã, todos os ajustes estarão concluídos.

Interior

Universitários dos campus da UFPE em Caruaru, no Agreste, e em Vitória de Santo Antão, Mata Norte do Estado, ainda não contam com casa de estudante. Segundo a pró-reitora, as obras da moradia em Caruaru estão em fase de conclusão. Na residência, voltada para ambos os sexos, serão ofertadas 80 vagas. “Acreditamos que até o fim do ano a casa ficará pronta”, garante. Será investido R$1,3 milhão na obra.
“Já o câmpus de Vitória depende ainda da compra do terreno. A gente pode fazer a casa em uma área que a universidade ganhou, mas ainda precisa de terraplenagem”, explica. A previsão é que fique pronta em pouco mais de um ano.

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