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sábado, 10 de dezembro de 2011

Vejam o documento q gerou a revoltinha de um candidato derrotado

O candidato derrotado Pierre Lucena se "revoltou" apenas com essa nota dos estudantes do Movimento Zoada. Para quem em 2007 defendia com unhas e dentes a entrada de forças de segurança para expulsar os estudantes da Reitoria da UFPE isso aqui é fichinha (perseguir moralmente os estudantes nas mídias sociais).

“O Movimento Zoada é uma organização de Movimento Estudantil que surgiu neste ano de 2011 no curso de direito da UFPE e pauta-se no princípio de construção de uma Universidade que, além de pública,gratuita e de qualidade, também seja popular. Em nossa concepção, o tripé ensino-pesquisa-extensão deve estar a serviço da emancipação do povo, de forma a levar a construção da Universidade às bases populares.

Em contraposição ao modelo de Universidade Popular, existe um projeto que pode ser qualificado enquanto “Universidade Elitista”. Dentro deste modelo tenta-se criar “centros de (suposta) excelência” aos quais teriam acesso apenas uma pequena parcela da população. Estes mesmos “centros de (suposta) excelência” tem, meramente, como objetivo criar mão-de-obra para empresas privadas, de forma a fazer com que o papel da Universidade Pública limite-se a atender à necessidade de produção de reserva de mercado e funcione como produção de técnicos para operar os mecanismos empresariais. Hoje este projeto de Universidade encontra-se representado na UFPE por Pierre Lucena.

Em contraponto ao modelo defendido pela chapa “Inovação”, acreditamos que o papel da universidade Pública vai além da produção do conhecimento tecnicista, a serviço apenas do sempre voraz mercado de trabalho, devendo ser construído um ensino crítico, onde o aluno possa compreender as duras engrenagens que movem o sistema hegemônico imposto.

Durante a campanha para a Reitoria da UFPE, o mesmo candidato da chapa “Inovação”, muito falou sobre “feudos” que existiam em determinados cursos e centros da UFPE e criticou, da mesma forma, o paternalismo com que se dão as relações políticas dentro da Universidade. Entendemos que tal crítica é válida, principalmente, para o amadurecimento da forma como se faz política dentro da UFPE, no entanto, nos parece que o candidato ainda não foi capaz de fazer uma autocrítica suficiente para perceber a perpetuação, em suas próprias práticas, dos vícios que diz combater. A relação paternalista que estabelece, por exemplo, com lideranças do movimento estudantil, seja no CCSA, seja no CCJ, mostram que há na realidade a tentativa de construção de seu feudo particular.

Por não coadunar com a visão de “Universidade Elitista”, aquela construída por poucos para poucos, referenciada apenas nas demandas de mercado, o Movimento Zoada entende como retrocesso político da UFPE uma possível vitória da chapa “Inovação” nas eleições para a diretoria do CCSA. Esta postura, entretanto, não significa apoio adesista à outra candidatura existente, mas sim um protesto em relação às visões privatistas de Universidade Pública.

Convidamos aqueles/aquelas que têm ousadia para construir uma Universidade Popular!”
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