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domingo, 11 de dezembro de 2011

MATÉRIA: Jornal revela fraude em exame para os estudantes britânicos

FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17293

Uma série de reportagens do jornal britânico The Telegraph revelou uma fraude em exames nacionais de proficiência da educação básica no Reino Unido. Examinadores estariam entregando a professores o conteúdo das provas a serem aplicadas.

De acordo com a denúncia, durante seminários realizados para incentivar as escolas a escolher um dos exames disponíveis no Reino Unido, os examinadores estariam entregando o conteúdo das provas, de maneira a induzir os professores a ensinar apenas esse conteúdo e ajudar os estudantes a obter notas altas. As denúncias estão sendo investigadas pelo Instituto de Regulação de Avaliações e Exames do Reino Unido (Ofqual), por ordem do Secretariado de Educação (o ministério da educação britânico). O instituto prometeu conclusões ainda antes do Natal.

Naquela região existem basicamente dois exames: o GCSE (Certificado Geral de Educação Secundária), similar ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o GCE (Certificado Geral de Educação), que inclui o A-level, nível avançado alternativo, usado para seleção em instituições de ensino superior.

No Reino Unido, três entidades são responsáveis pela aplicação dos exames CGSE e A-level — a OCR (Oxford Cambridge and RSA Examinations), a AQA (Assessment and Qualifications Alliance) e a Edexcel. De acordo com o The Telegraph, uma quarta entidade, Welsh Exam Board (WJEC), tem se tornado mais popular nos últimos anos. Cada uma elabora e aplica seus testes e promove seminários para incentivar professores e escolas a aplicá-los.

A ação fraudulenta ocorreria durante os seminários — ao se inscrever nesses encontros, os professores pagam de 120 a 230 libras (entre R$ 320 e R$ 430). Os examinadores, no entanto, não estariam apenas mostrando o conteúdo geral das provas — como são divulgados, no Brasil, os conhecimentos e habilidades requeridos para o Enem. Eles estariam dizendo aos professores quais questões os estudantes poderiam esperar nas próximas avaliações.

Cada seminário reunia em média 20 professores, mas em alguns casos, chegavam a 100. Disfarçados, repórteres do jornal acompanharam 13 desses eventos. De acordo com a publicação britânica, as investigações em curso têm exposto um sistema no qual os conselhos competem agressivamente em busca de negócios com as escolas. “Há evidências de padrões de exames deliberadamente reduzidos para estimular a adesão das escolas”, afirma o The Telegraph.

Às denúncias agrega-se o temor de que os examinadores sob suspeita aumentam seus rendimentos financeiros à medida que os testes se tornam mais populares. As notas das provas têm alcançado recordes nos últimos 23 anos, enquanto o sistema se torna cada vez mais comercial.

Assessoria de Comunicação Social

Confira a denúncia do The Telegraph
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