Respeito à UFPE
Por Otávio Luiz Machado*
*Pesquisador da UFPE. E-Mail: otaviomachado3@yahoo.com.br
Twitter: http://twitter.com/otaviomachado3
“A vocês sonhadores com menos de 40 anos, corresponde a tarefa histórica de reparar essas enormes distorções. Lembrem-se de que as coisas deste mundo, dos transplantes de coração aos quartetos de Beethoven, estiveram na mente de seus criadores antes de estar na realidade. Não esperem nada do século XXI, pois é o século XXI que espera tudo de vocês. É um século que não chega pronto da fábrica, mas sim pronto para ser forjado por vocês à nossa imagem e semelhança. Ele só será glorioso e nosso à medida que vocês sejam capazes de imaginá-lo” (Gabriel Gárcia Marquez).
Todos sabemos que a UFPE se encontra no ranking das melhores universidades brasileiras, sem contar que circula entre as maiores do País. É fruto não só da política universitária adotada pela administração central e da política de ensino superior do MEC, mas do trabalho incansável de Funcionários, Professores e Estudantes ao longo da história da Instituição.
Também é fundamental trazer para o debate o excelente momento político e econômico do País e de Pernambuco, o que exige a escolha de um Reitor que não esteja totalmente “queimado” junto aos poderes municipais, estaduais e federais, o que dificulta enormemente a captação de recursos extras para a instituição e a agilidade de liberação de tais recursos, considerando a enorme concorrência que a UFPE trava com universidades do SUL-SUDESTE pelos mesmos recursos (nem sempre abundantes).
Também tivemos a ampliação do orçamento da UFPE, bem como a disponibilidade de mais recursos para os professores e pesquisadores para suas atividades via CNPq, CAPES e FINEP, bem como o aumento significativo de convênios nacionais e internacionais, o que mudou a imagem de abandono da UFPE.
O prestígio acadêmico também é fundamental para um Reitor. Ter trabalhos reconhecidos e já ter ocupado cargos relevantes É FUNDAMENTAL. Não se pode utilizar apenas do prestígio do cargo de Reitor. O Professor que se propõe a ser Reitor é que precisa dar o seu prestígio. O Reitor que fala o que fez e o que vai fazer, que dê perspectiva e esperança para a saída dos problemas. O REITOR NÃO PODE SE COLOCAR COM UM SÍNDICO DE CONDOMÍNIO.
A UFPE encontra-se num bom momento para corrigir o que ainda precisa ser corrigido, mas precisa continuar afinada com as mudanças da sociedade em seu favor.
Mas os que agridem a UFPE atualmente não falam do contexto histórico que antecedeu o atual momento das universidades federais, PORQUE ELES ESTAVAM COMPROMETIDOS COM O PROJETO NEOLIBERAL DO PSDB E TURMA. E escondem as diversas pessoas da instituição que também estavam (e estão) comprometidas até o pescoço com àquele projeto antigo implantado no País até recentemente, que estavam representadas pelo seguinte: PRIVATIZAÇÃO, SUCATEAMENTO, PRODUTIVIDADE, MERCADO, GERÊNCIA, UNIVERSIDADE COMO EMPRESA; NOVA UNIVERSIDADE, AGILIDADE, DESBUROCRATIZAÇÃO, GESTÃO E MODELO EMPRESARIAL.
Até hoje podemos ouvir dos funcionários, professores e estudantes daquele período o quanto a batalha foi dura para impedir a implantação das diretrizes do Banco Mundial na educação superior brasileira. Inúmeras greves e manifestações foram produzidas na época denunciando o comprometimento do MEC com essa política, assim como do Conselho Nacional de Educação (CNE), que tinha um ex-Reitor da UFPE como seu principal nome.
O pessoal que se encontra bem mais tempo sabe que foi um pequeno grupo que se colocou como “lideranças universitárias” que levaram a UFPE para um beco sem saída: sem orçamento compatível, sem concursos, com infra-estrutura precária, sem possibilidades de crescimento e com a imagem de uma instituição inviável na sociedade.
Uma campanha sórdida contra a universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada marcou os anos 1990. Na oportunidade um relatório muito bonito foi produzido em sua defesa. Com o título “A Presença da Universidade Pública”, o documento esmiuçava a contribuição das universidades para o desenvolvimento do Brasil.
Inclusive a própria Associação Nacional de Docentes das Instituições Superior (ANDES) produziu uma campanha cobrando mais investimentos públicos para as universidades federais naquele período, argumentando que o Brasil estaria em 2010 vivendo a “idade da pedra”.
Muitos docentes, funcionários e estudantes da UFPE aderiram ao movimento da ANDES naquele momento. Na década seguinte, como o Governo do Presidente Lula ampliou em várias vezes o orçamento das universidades federais, inclusive investindo em rubricas que estão zeradas, como é o caso da “Assistência Estudantil”, as universidades puderam fazer investimentos, promover a contratação de milhares de professores e estudantes e ampliar a oferta de vagas nas federais.
Também tivemos a adesão de muitos professores da UFPE na linha política neoliberal adotada pelo MEC, que inclusive estiveram envolvidos diretamente com os nomes que faziam ações contrárias às universidades federais, pois lá foram ajudavam a detonar uma política de sucateamento e de visão empresarial para dentro das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior).
E chegamos em 2010 com uma UFPE renovada e não mais caindo aos pedaços graças ao trabalho do Reitorado atual e sua equipe, Diretores de Centros e Chefes de Departamento de toda a instituição. Também temos um País muito melhor com a herança deixada pelo Presidente Lula.
Não podemos esquecer todos os Centros da UFPE possuem nos seus quadros figuras de projeção nacional e internacional na condição de professores, bem como uma leva de funcionários e estudantes extremamente talentosos e esforçados. E todos merecem respeito! O atual Reitorado buscou apoiar de forma igualitária todos os centros da UFPE.
Para a UFPE não ficar estagnada foram criados novos cursos com a devida expansão da assistência estudantil, a instalação ou reformas de suas bibliotecas, a reformas de prédios, a melhoria extraordinária na rede de internet, bem como sua expansão (muitos mais pontos de acesso), etc.
Qualquer pessoa sabe o valor da imagem de uma instituição. Sabe o quanto custa para manter uma boa imagem. Sabe dos esforços de professores, alunos e funcionários para que realmente a instituição não sofra arranhões em sua imagem.
Infelizmente muitas pessoas que atacam por atacar não acompanham a vida da UFPE para poderem opinar. Não lêem as matérias sobre a UFPE nos jornais da cidade e muito menos os boletins da própria instituição. O que lêem servem apenas para aplicar a velha máxima oportunista e aventureira: o que vem de bom dos outros a gente esconde. O que é de ruim a gente fatura.
É preciso olhar no olho das pessoas e promover o diálogo. Ao despolitizar as eleições e nivelar por baixo um debate sobre o presente e o futuro da UFPE, o que podemos deduzir é que os agressores à instituição só demonstram que querem apenas assumir cargos na administração superior, pois a cada dia só demonstram que não estão realmente interessados em ajudar os cursos e a contribuir para o pleno exercício das atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFPE.
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Por Otávio Luiz Machado*
*Pesquisador da UFPE. E-Mail: otaviomachado3@yahoo.com.br
Twitter: http://twitter.com/otaviomachado3
“A vocês sonhadores com menos de 40 anos, corresponde a tarefa histórica de reparar essas enormes distorções. Lembrem-se de que as coisas deste mundo, dos transplantes de coração aos quartetos de Beethoven, estiveram na mente de seus criadores antes de estar na realidade. Não esperem nada do século XXI, pois é o século XXI que espera tudo de vocês. É um século que não chega pronto da fábrica, mas sim pronto para ser forjado por vocês à nossa imagem e semelhança. Ele só será glorioso e nosso à medida que vocês sejam capazes de imaginá-lo” (Gabriel Gárcia Marquez).
Todos sabemos que a UFPE se encontra no ranking das melhores universidades brasileiras, sem contar que circula entre as maiores do País. É fruto não só da política universitária adotada pela administração central e da política de ensino superior do MEC, mas do trabalho incansável de Funcionários, Professores e Estudantes ao longo da história da Instituição.
Também é fundamental trazer para o debate o excelente momento político e econômico do País e de Pernambuco, o que exige a escolha de um Reitor que não esteja totalmente “queimado” junto aos poderes municipais, estaduais e federais, o que dificulta enormemente a captação de recursos extras para a instituição e a agilidade de liberação de tais recursos, considerando a enorme concorrência que a UFPE trava com universidades do SUL-SUDESTE pelos mesmos recursos (nem sempre abundantes).
Também tivemos a ampliação do orçamento da UFPE, bem como a disponibilidade de mais recursos para os professores e pesquisadores para suas atividades via CNPq, CAPES e FINEP, bem como o aumento significativo de convênios nacionais e internacionais, o que mudou a imagem de abandono da UFPE.
O prestígio acadêmico também é fundamental para um Reitor. Ter trabalhos reconhecidos e já ter ocupado cargos relevantes É FUNDAMENTAL. Não se pode utilizar apenas do prestígio do cargo de Reitor. O Professor que se propõe a ser Reitor é que precisa dar o seu prestígio. O Reitor que fala o que fez e o que vai fazer, que dê perspectiva e esperança para a saída dos problemas. O REITOR NÃO PODE SE COLOCAR COM UM SÍNDICO DE CONDOMÍNIO.
A UFPE encontra-se num bom momento para corrigir o que ainda precisa ser corrigido, mas precisa continuar afinada com as mudanças da sociedade em seu favor.
Mas os que agridem a UFPE atualmente não falam do contexto histórico que antecedeu o atual momento das universidades federais, PORQUE ELES ESTAVAM COMPROMETIDOS COM O PROJETO NEOLIBERAL DO PSDB E TURMA. E escondem as diversas pessoas da instituição que também estavam (e estão) comprometidas até o pescoço com àquele projeto antigo implantado no País até recentemente, que estavam representadas pelo seguinte: PRIVATIZAÇÃO, SUCATEAMENTO, PRODUTIVIDADE, MERCADO, GERÊNCIA, UNIVERSIDADE COMO EMPRESA; NOVA UNIVERSIDADE, AGILIDADE, DESBUROCRATIZAÇÃO, GESTÃO E MODELO EMPRESARIAL.
Até hoje podemos ouvir dos funcionários, professores e estudantes daquele período o quanto a batalha foi dura para impedir a implantação das diretrizes do Banco Mundial na educação superior brasileira. Inúmeras greves e manifestações foram produzidas na época denunciando o comprometimento do MEC com essa política, assim como do Conselho Nacional de Educação (CNE), que tinha um ex-Reitor da UFPE como seu principal nome.
O pessoal que se encontra bem mais tempo sabe que foi um pequeno grupo que se colocou como “lideranças universitárias” que levaram a UFPE para um beco sem saída: sem orçamento compatível, sem concursos, com infra-estrutura precária, sem possibilidades de crescimento e com a imagem de uma instituição inviável na sociedade.
Uma campanha sórdida contra a universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada marcou os anos 1990. Na oportunidade um relatório muito bonito foi produzido em sua defesa. Com o título “A Presença da Universidade Pública”, o documento esmiuçava a contribuição das universidades para o desenvolvimento do Brasil.
Inclusive a própria Associação Nacional de Docentes das Instituições Superior (ANDES) produziu uma campanha cobrando mais investimentos públicos para as universidades federais naquele período, argumentando que o Brasil estaria em 2010 vivendo a “idade da pedra”.
Muitos docentes, funcionários e estudantes da UFPE aderiram ao movimento da ANDES naquele momento. Na década seguinte, como o Governo do Presidente Lula ampliou em várias vezes o orçamento das universidades federais, inclusive investindo em rubricas que estão zeradas, como é o caso da “Assistência Estudantil”, as universidades puderam fazer investimentos, promover a contratação de milhares de professores e estudantes e ampliar a oferta de vagas nas federais.
Também tivemos a adesão de muitos professores da UFPE na linha política neoliberal adotada pelo MEC, que inclusive estiveram envolvidos diretamente com os nomes que faziam ações contrárias às universidades federais, pois lá foram ajudavam a detonar uma política de sucateamento e de visão empresarial para dentro das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior).
E chegamos em 2010 com uma UFPE renovada e não mais caindo aos pedaços graças ao trabalho do Reitorado atual e sua equipe, Diretores de Centros e Chefes de Departamento de toda a instituição. Também temos um País muito melhor com a herança deixada pelo Presidente Lula.
Não podemos esquecer todos os Centros da UFPE possuem nos seus quadros figuras de projeção nacional e internacional na condição de professores, bem como uma leva de funcionários e estudantes extremamente talentosos e esforçados. E todos merecem respeito! O atual Reitorado buscou apoiar de forma igualitária todos os centros da UFPE.
Para a UFPE não ficar estagnada foram criados novos cursos com a devida expansão da assistência estudantil, a instalação ou reformas de suas bibliotecas, a reformas de prédios, a melhoria extraordinária na rede de internet, bem como sua expansão (muitos mais pontos de acesso), etc.
Qualquer pessoa sabe o valor da imagem de uma instituição. Sabe o quanto custa para manter uma boa imagem. Sabe dos esforços de professores, alunos e funcionários para que realmente a instituição não sofra arranhões em sua imagem.
Infelizmente muitas pessoas que atacam por atacar não acompanham a vida da UFPE para poderem opinar. Não lêem as matérias sobre a UFPE nos jornais da cidade e muito menos os boletins da própria instituição. O que lêem servem apenas para aplicar a velha máxima oportunista e aventureira: o que vem de bom dos outros a gente esconde. O que é de ruim a gente fatura.
É preciso olhar no olho das pessoas e promover o diálogo. Ao despolitizar as eleições e nivelar por baixo um debate sobre o presente e o futuro da UFPE, o que podemos deduzir é que os agressores à instituição só demonstram que querem apenas assumir cargos na administração superior, pois a cada dia só demonstram que não estão realmente interessados em ajudar os cursos e a contribuir para o pleno exercício das atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFPE.
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