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terça-feira, 1 de março de 2011

Imbecilidade da Veja: Só Reinaldo Azevedo para nos brindar com tais comentários

Imbecilidade da Veja: Só Reinaldo Azevedo para nos brindar com tais comentários

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-elite-de-esquerda-brasileira-e-mesmo-espoliadora-ou-coloquem-logo-na-constituicao-que-todo-brasileiro-tem-direito-a-uma-vaca-estatal/

28/02/2011
às 23:49
A elite de esquerda brasileira é mesmo espoliadora! Ou: Coloquem logo na Constituição que todo brasileiro tem direito a uma vaca estatal!
Fernando Haddad, o ministro da Educação — uma das incompetências mais vistosas do governo Lula, mantido no governo Dilma — visitou nesta segunda a Universidade Federal de Pernambuco. Foi recebido com um protesto contra o valor do bandejão: R$ 3!

Não sei a qualidade do rango. Na USP, por exemplo, por comida boa e farta, a estudantada paga R$ 1,90 — há almoço e jantar. O café da manha (!) sai por R$ 0,60: pão, manteiga, líquido quente (café, café com leite ou chocolate) e uma fruta, a escolher. É claro que há subsídio nisso tudo. Os estudantes de Pernambuco fizeram um quadro com o preço dos respectivos bandejões em outras universidades do Brasil, USP inclusive. Todos mais baratos. A comparação os fez supor que havia ali alguma injustiça.

Há dias venho pegando no pé das Mafaldinhas e Remelentos do Movimento Hollister Passe Livre, aquele bandinho de alunos de escolas particulares que estão sendo mobilizados contra o valor da passagem de ônibus em São Paulo: R$ 3. Eles já pagam meia. A cidade gasta mais de R$ 800 milhões anuais em subsídios.

Quantos são os alunos da USP, da Universidade Federal de Pernambuco e das outras espalhadas Brasil afora que realmente não podem pagar o quanto vale um prato de comida? Bem poucos! A “justiça social” que as esquerdas mantêm no Brasil à força de greves e passeatas tornou a universidade pública reduto dos abastados, e as particulares, dos pobres. ProUni corrige isso? De vários modos, não. Mas não vou abrir uma nova frente de argumentação. Deixo isso para outro texto.

Reflito agora sobre a perversidade das elites brasileiras. Elas realmente acham que têm de estudar de graça, comer de graça, andar de ônibus de graça… Se for até a esquina, conseguem camisinha de graça, anticoncepcional de graça, pílula do dia seguinte de graça e, com alguma lábia, até aborto de graça.

“De graça, não! Nós pagamos impostos!”, poderiam gritar alguns. Não seria difícil provar que os pobres pagam, proporcionalmente ao que ganham e dado o seu padrão de consumo, mais. Quando vejo estudantes protestando contra o valor de R$ 3 por uma refeição, vem-me a tentação de pedir para ver o Imposto de Renda dos pais dessa gente e analisar, inclusive, se ele é compatível com os chamados “sinais exteriores de riqueza”.

Mudem a Constituição! Escrevam lá: “Todo brasileiro nasce com direito a uma vaca, mantida pelo estado, em cujas tetas ficará pendurado. Quando a vaca morrer, o estado doa outra”.


Querem saber? Isso tudo é um baita desrespeito com os pobres! E corto o mindinho se essa gente não for radicalmente favorável à igualdade e à justiça social. Os mais cínicos ainda diriam: “Eu defendo escola, comida e transporte gratuito para todos”…

Claro, claro… Alguém teria de pagar por isso. Quem? Ora, o “outro”, aquele “outro” abstrato que habita a cabeça de todo esquerdista chulé.

Por Reinaldo Azevedo Enviar para o Twitter

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