Artigo Em defesa da informação correta aos estudantes da UFPE (Por Otávio Luiz Machado)
Fonte:
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/03/04/em_defesa_da_informacao_correta_aos_estudantes_da_ufpe_93925.php#formulario
Por Otávio Luiz Machado
Pesquisador na UFPE
Mal começou movimentação para a campanha da Reitoria da UFPE (Reitorado 2011-2015). O que vemos é um grupo que se coloca como “novo” tentando ludibriar a comunidade universitária com propostas requentadas ou com promessas que sequer são da atribuição do Reitor.
Com o mote de que a UFPE encontra-se no fundo do poço, o “nosso” salvador da pátria só se iguala ao também “novo” Presidente Collor de 1989, que criticava todo mundo e se via como alguém que ia instaurar um novo momento para mundo.
Com ele vem um pequeno grupo de estudantes que estão se formando para ficar a vida inteira utilizando-se das críticas fáceis ao invés de construírem projetos, saídas e ações de interesse público.
Também é interessante como o grupo ligado à chapa “Nova UFPE” presta um desserviço gigantesco à instituição. Tentam a todo custo atingir a imagem positiva da UFPE – que foi construída com o suor de muita gente ao longo de décadas – para se tentar chegar ao poder. É um desrespeito aos que contribuem com a UFPE
O candidato a Reitor da Chapa Nova UFPE, que foi Presidente do DCE e fez parte do grupo político do ex-Reitor Efrem Maranhão (seu grande amigo) na Reitoria e quando este dirigiu à Secretaria de Educação de Pernambuco, como anda escondendo a história da UFPE dos nossos estudantes, então cabe aos membros mais antigos da comunidade não se silenciarem e se tornarem cidadãos manifestando suas opiniões.
O Ex-Reitor Efrem ficou conhecido como um gestor truculento, que perseguia os estudantes e que maltratava com requintes de crueldade os residentes da Casa do Estudante. Mas sua grande obra foi o fechamento do Restaurante Universitário (RU). Uma pergunta que não temos respostas: por quais razões (e OMISSÕES) uma pessoa próxima do Reitor não intercedeu em defesa dos estudantes da UFPE e pela manutenção do RU ?
Um gesto de solidariedade, de decência e de indignação com aquele ato de pessoas próximas ao então Reitor seria o suficiente para a preservação de um bem público da mais alta importância para um estudante universitário.
Também não se viu o candidato Pierre engajado no movimento docente através da nossa ADUFEPE (Associação dos Docentes da UFPE), participando da luta interna ou indo com o movimento a Brasília reivindicar ações junto aos Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia em defesa da categoria dos servidores ou da própria UFPE.
O candidato também nunca foi simpático às ações do SINDUFEPE ao longo de sua história, porque se ele considera que a UFPE está mal. Certamente na sua cabeça a culpa deve estar nos funcionários improdutivos que não contribuem com a gestão eficiente e produtiva.
Então o candidato Pierre só vem criticar o trabalho dos outros porque é candidato a Reitor e quer assumir o poder com seu grupo. Oportunismo, não? Quem se diz na luta em defesa da UFPE não pode começar seu engajamento apenas na condição de Reitor. Como de baixo, vai adquirindo experiência, vai conhecendo a instituição por dentro e constrói um arcabouço de conhecimentos e vivências necessárias para um Reitor.
O candidato do “novo” é alguém que busca usar as novas tecnologias para difundir o velho ranço oligárquico e elitista. Pede um debate entre os candidatos, mas seu blog “Acerto de Contas” – que diz ser jornalístico – só estampa “opiniões” contra a UFPE e abre espaço apenas para o seu candidato-dono circular as informações que interessa.
Mas os estudantes não se deixam enganar.
Os calouros da UFPE deram uma lição de cidadania durante a Aula Magna do dia 28 de fevereiro ao se recusarem a participar de um ato de campanha visando destruir a imagem da instituição junto ao Ministro Fernando Haddad e da própria sociedade pernambucana. Vaiaram os seus “líderes” e não aceitaram ser massa de manobra, pois identificaram que estavam numa universidade verdadeiramente nova.
Não queremos uma universidade de seres autômatos. Muito menos uma universidade que considera os estudantes oriundos de grupos desprivilegiados como “problema”, contribuindo para alimentar o velho preconceito e ódio de classe.
Todo mundo sabe que a criação de novos cursos, a ampliação das vagas, as novas bolsas, um orçamento para a assistência estudantil, a interiorização da UFPE, a melhoria das bibliotecas, o aumento de recursos para projetos de pesquisa e extensão, a abertura do RU, a criação de novos laboratórios de informática e as obras de infra-estrutura beneficiam diretamente os estudantes.
Os estudantes da UFPE certamente saberão decidir por alguém que lutou pela UFPE (dentro e fora da administração). É fundamental nessas eleições a presença maciça de estudantes votando para se fazer a diferença na hora de escolher os projetos de universidades que queremos (e que a nossa sociedade apóia).
Para concluir. Digo a todos e a todas que me sinto muito honrado e gratificado em contribuir e colaborar com projetos de pesquisa e extensão sobre os movimentos juvenis a partir da UFPE, porque são atividades com amplo respaldo social e acadêmico e com grande impacto na produção científica brasileira.
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http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/03/04/em_defesa_da_informacao_correta_aos_estudantes_da_ufpe_93925.php#formulario
Por Otávio Luiz Machado
Pesquisador na UFPE
Mal começou movimentação para a campanha da Reitoria da UFPE (Reitorado 2011-2015). O que vemos é um grupo que se coloca como “novo” tentando ludibriar a comunidade universitária com propostas requentadas ou com promessas que sequer são da atribuição do Reitor.
Com o mote de que a UFPE encontra-se no fundo do poço, o “nosso” salvador da pátria só se iguala ao também “novo” Presidente Collor de 1989, que criticava todo mundo e se via como alguém que ia instaurar um novo momento para mundo.
Com ele vem um pequeno grupo de estudantes que estão se formando para ficar a vida inteira utilizando-se das críticas fáceis ao invés de construírem projetos, saídas e ações de interesse público.
Também é interessante como o grupo ligado à chapa “Nova UFPE” presta um desserviço gigantesco à instituição. Tentam a todo custo atingir a imagem positiva da UFPE – que foi construída com o suor de muita gente ao longo de décadas – para se tentar chegar ao poder. É um desrespeito aos que contribuem com a UFPE
O candidato a Reitor da Chapa Nova UFPE, que foi Presidente do DCE e fez parte do grupo político do ex-Reitor Efrem Maranhão (seu grande amigo) na Reitoria e quando este dirigiu à Secretaria de Educação de Pernambuco, como anda escondendo a história da UFPE dos nossos estudantes, então cabe aos membros mais antigos da comunidade não se silenciarem e se tornarem cidadãos manifestando suas opiniões.
O Ex-Reitor Efrem ficou conhecido como um gestor truculento, que perseguia os estudantes e que maltratava com requintes de crueldade os residentes da Casa do Estudante. Mas sua grande obra foi o fechamento do Restaurante Universitário (RU). Uma pergunta que não temos respostas: por quais razões (e OMISSÕES) uma pessoa próxima do Reitor não intercedeu em defesa dos estudantes da UFPE e pela manutenção do RU ?
Um gesto de solidariedade, de decência e de indignação com aquele ato de pessoas próximas ao então Reitor seria o suficiente para a preservação de um bem público da mais alta importância para um estudante universitário.
Também não se viu o candidato Pierre engajado no movimento docente através da nossa ADUFEPE (Associação dos Docentes da UFPE), participando da luta interna ou indo com o movimento a Brasília reivindicar ações junto aos Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia em defesa da categoria dos servidores ou da própria UFPE.
O candidato também nunca foi simpático às ações do SINDUFEPE ao longo de sua história, porque se ele considera que a UFPE está mal. Certamente na sua cabeça a culpa deve estar nos funcionários improdutivos que não contribuem com a gestão eficiente e produtiva.
Então o candidato Pierre só vem criticar o trabalho dos outros porque é candidato a Reitor e quer assumir o poder com seu grupo. Oportunismo, não? Quem se diz na luta em defesa da UFPE não pode começar seu engajamento apenas na condição de Reitor. Como de baixo, vai adquirindo experiência, vai conhecendo a instituição por dentro e constrói um arcabouço de conhecimentos e vivências necessárias para um Reitor.
O candidato do “novo” é alguém que busca usar as novas tecnologias para difundir o velho ranço oligárquico e elitista. Pede um debate entre os candidatos, mas seu blog “Acerto de Contas” – que diz ser jornalístico – só estampa “opiniões” contra a UFPE e abre espaço apenas para o seu candidato-dono circular as informações que interessa.
Mas os estudantes não se deixam enganar.
Os calouros da UFPE deram uma lição de cidadania durante a Aula Magna do dia 28 de fevereiro ao se recusarem a participar de um ato de campanha visando destruir a imagem da instituição junto ao Ministro Fernando Haddad e da própria sociedade pernambucana. Vaiaram os seus “líderes” e não aceitaram ser massa de manobra, pois identificaram que estavam numa universidade verdadeiramente nova.
Não queremos uma universidade de seres autômatos. Muito menos uma universidade que considera os estudantes oriundos de grupos desprivilegiados como “problema”, contribuindo para alimentar o velho preconceito e ódio de classe.
Todo mundo sabe que a criação de novos cursos, a ampliação das vagas, as novas bolsas, um orçamento para a assistência estudantil, a interiorização da UFPE, a melhoria das bibliotecas, o aumento de recursos para projetos de pesquisa e extensão, a abertura do RU, a criação de novos laboratórios de informática e as obras de infra-estrutura beneficiam diretamente os estudantes.
Os estudantes da UFPE certamente saberão decidir por alguém que lutou pela UFPE (dentro e fora da administração). É fundamental nessas eleições a presença maciça de estudantes votando para se fazer a diferença na hora de escolher os projetos de universidades que queremos (e que a nossa sociedade apóia).
Para concluir. Digo a todos e a todas que me sinto muito honrado e gratificado em contribuir e colaborar com projetos de pesquisa e extensão sobre os movimentos juvenis a partir da UFPE, porque são atividades com amplo respaldo social e acadêmico e com grande impacto na produção científica brasileira.
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