03/11/2011 - 23h32
DE SÃO PAULO
A votação ocorre pouco após a Justiça ter autorizado a reintegração de posse do prédio. Pela decisão, o imóvel deve ser desocupado em 24 horas. Caso a reintegração não ocorra no prazo, a Justiça autorizou, como "medida extrema", o uso de força policial.
A invasão do prédio começou por volta da 0h desta quarta (2) e foi realizada por um grupo descontente com a decisão da assembleia dos alunos de desocupar o prédio da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas) --ocupado desde a última quinta-feira (27).
Com os rostos cobertos com camisas e alguns armados com paus, pedras e cavaletes, os alunos forçaram o portão da reitoria e invadiram o prédio.
PM
A invasão na FFLCH teve início após um confronto entre estudantes e policiais militares. A briga ocorreu após a PM deter três alunos que estariam fumando maconha dentro de um carro, no campus. Eles foram levados à delegacia e liberado em seguida. Os estudantes, no entanto, passaram a protestar pela saída da PM.
Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há quase dois meses. O convênio entre a corporação e a USP foi assinado para tentar reduzir a criminalidade no local. Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, morreu baleado numa tentativa de roubo.
Apesar dos pedidos de retirada da PM, na terça-feira (1º), um ato a favor da permanência da polícia no campus reuniu cerca de 300 pessoas na praça do Relógio, na Cidade Universitária. Entre os participantes estavam alunos dos cursos de economia, administração, letras, filosofia e história.
O evento foi marcado pelos alunos no Facebook. De acordo com o texto na rede social, o movimento repudia a ocupação de prédio administrativo da FFLCH e o confronto ocorrido com a polícia no dia 27.
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
Aluna que havia invadido o prédio da FFLCH, se prepara para deixar o local carregando seus pertences |
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