MATÉRIA: Alunos da USP decidem adiar eleições para DCE e manter greve

FONTE: 

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alunos-da-usp-decidem-adiar-eleicoes-para-dce-e-manter-greve,799737,0.htm

Consulta estava marcada para os dias 22, 23 e 24 deste mês; paralisação estudantil está mantida

17 de novembro de 2011 | 21h 23

 

Cedê Silva - Especial para o Estadão.edu

SÃO PAULO - Reunidos em assembleia no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), na Cidade Universitária, cerca de 3 mil alunos da USP decidiram na noite desta quinta-feira, 17, manter a greve estudantil iniciada há nove dias. Também foi aprovado o adiamento das eleições para o DCE, que deveriam ocorrer entre os dias 22 e 24 deste mês.
Integrantes da chapa Reação (tidos como "de direita") protestaram contra a decisão. "Foi um golpe por parte da chapa do PSOL, que sabia que não conseguiria se reeleger", afirmou Rodrigo Souza Neves, aluno de Gestão de Políticas Públicas na USP Leste e secretário-geral da Reação. Ele disse que vai se reunir ainda nesta noite com advogados para discutir possíveis medidas judiciais. "Espero que a sociedade paulista entenda nosso lado e não deixe o pessoal autoritário desperdiçar o dinheiro dos impostos."
Pelo estatuto do DCE, não compete à assembleia geral universitária deliberar sobre as eleições da diretoria da entidade. Tais discussões devem ser feitas pelo Conselho de Centros Acadêmicos (CCAs).
Uma nova assembleia foi marcada para a próxima semana no prédio da Escola Politécnica (Poli). Também será feito um ato político na Cidade Universitária - chegaram a propor uma manifestação no vão do Masp, na Avenida Paulista.
A greve foi aprovada pelos alunos no dia 8, após a ação da Polícia Militar para desocupar o prédio da reitoria da USP, que havia sido invadida por um grupo de estudantes.
Os estudantes que paralisaram as atividades pedem a saída da PM do câmpus, a revogação do convênio entre reitoria e Secretaria de Segurança Pública que intensificou o policiamento na Cidade Universitária, a renúncia do reitor João Grandino Rodas e a retirada de processos contra os chamados "presos políticos" - 72 pessoas detidas pela polícia na ação de reintegração de posse da reitoria.
* Atualizada às 23h20
 

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