03/11/2011 08h42 - Atualizado em 03/11/2011 08h42
Reitoria e prédio da FFLCH permaneciam fechados nesta manhã.
Alunos querem fim do convênio da universidade com a PM.
Alunos ocupam prédio da reitoria da USP desde terça (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) mantinham na manhã desta quinta-feira (3) a ocupação de dois prédios da instituição. Eles reivindicam o fim do convênio entre a reitoria e a Polícia Militar, com a saída da PM do campus. Os estudantes permaneciam dentro dos prédios da reitoria e da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). O prédio da FFLCH deve ser desocupado ainda nesta quinta.
Na noite desta quarta(2), a reitoria da USP informou que pedirá na Justiça a reintegração de posse do prédio da administração da universidade, ocupado por estudantes desde a noite de terça-feira (1º). A decisão foi tomada após uma reunião entre membros da reitoria. O pedido deve ser feito ainda nesta quinta. A assessoria da USP informou que "o gestor público tem obrigação de pedir a reintegração de posse do imóvel invadido".
O prédio da FFLCH foi invadido pelos estudantes há uma semana. No dia 27 de outubro alunos da universidade entraram em confronto com a PM depois que três alunos foram detidos após serem flagrados com maconha. Estudantes protestaram contra a prisão em frente a um dos prédios da faculdade e houve confronto com a polícia. Após a confusão, um grupo invadiu o prédio administrativo da FFLCH.
Estudantes também permanecem em prédio da
FFLCH (Foto: Juliana Cardilli/G1)
FFLCH (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Na noite de terça, em assembleia, os estudantes da universidade deliberaram pela desocupação do prédio da FFLCH. Entretanto, até a manhã desta quinta os estudantes permaneciam no local. Uma comissão de professores e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) devem ir até o prédio nesta manhã para iniciar o processo de saída dos alunos.
Os estudantes pedem o fim de um convênio com a Polícia Militar para o patrulhamento do campus. O convênio foi firmado em setembro após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, ocorrida na noite de 18 de maio.
O jovem foi baleado quando se aproximava de seu carro em um estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Dois homens presos pelo crime foram indiciados por latrocínio.
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