O processo que apura uma acusação contra o Professor Jorge Zaverucha parece estar próximo do fim. Pelo menos nas instâncias internas da UFPE. Ao ser acusado de assédio sexual por uma funcionária (que também é estudante da UFPE), em meados de maio, o caso do Professor Zaverucha sofreu uma exposição enorme na imprensa. Até agora nada de concreto foi apresentado sobre o caso.
Uma comissão de sindicância foi aberta pela UFPE, mas sofreu ao longo de sua existência alguns descaminhos. Criada pela portaria n. 2153 do então Reitor da UFPE Amaro Lins em 01 de junho, a comissão de sindicância foi tornada sem efeito no dia 17 de junho, com a nomeação de uma nova comissão, que por sua vez é tornada sem efeito e novamente é nomeada uma outra comissão no dia 22 de junho, que dessa vez é composta pela Professora Isairas Pereira Padovan e pelos técnicos Antônio Sabino de Araujo Filho e Fernando Cavalcanti de Souza e conduz os trabalhos até o seu final.
Ao acompanhar o trâmite do processo e checar algumas informações por aí, o que se sabe é que esse processo já está na mesa da Pró-Reitora da Progepe, Lenita Almeida.
Como já existe – pelo menos teoricamente - um resultado do esforço de se buscar a verdade real dos fatos, o que se espera de fato é que a UFPE dê respostas no sentido de inibir a ocorrência de mais casos como esse. Como acompanhei só o trâmite e não sei o conteúdo do relatório, o que todos esperam é que a operação abafa tudo não seja uma prática comum. Nesses casos fazem de tudo para salvar o professor, contra a aluna-funcionária que é a vítima nessa história.
A transparência desse e qualquer caso é fundamental. A minha opinião é que os resultados dessas comissões internas sejam divulgados, inclusive para que todos conheçam as bases das pessoas que acusam ou se defendem. E também para que seja avaliado o trabalho dessas comissões, que tem servido muito mais para justificar a não-omissão das autoridades acadêmicas do que para inibir ou corrigir os erros das pessoas.
O Processo administrativo é de número 23076.024879/2011-68 e a ocorrência dos fatos é de número 3194. O caso também está na Justiça Federal, mas lá os trabalhos são feitos sob outro paradigma.
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