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sábado, 12 de novembro de 2011

O COMEÇO DE TUDO: Polícia Militar PM na USP - Prédio das Ciências Sociais - FFLCH - 27/10/2011

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=6PLh6GwEJxc&feature=youtu.be&a



Começo da confusão que culminou no confronto físico com a polícia e com a ocupação do Prédio da Administração da FFLCH - USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Policiais tentaram prender 3 estudantes da FFLCH por uso de maconha. Os alunos se revoltaram com a entrada dos PMs armados no prédio da faculdade....

A questão é que a manifestação dos estudantes não foi pela defesa do consumo livre de maconha na universidade. A tentativa de prisão foi só o estopim pra manifestação contra a presença da PM no campus. A polícia nunca patrulhou a USP antes do Rodas assumir a reitoria. A USP é um território onde DEVERIA existir a autonomia universitária. Autonomia não para usar drogas, mas autonomia para livre pensamento, organização e manifestação. O problema é que o reitor Rodas usa a Polícia Militar como seus cãos de guarda para cercear o direito de alunos e funcionários pensarem, se organizarem e se manifestarem em defesa de suas demandas. Por exemplo, durante a greve dos trabalhadores em 2009 (direito adquirido, constitucional), o "Rei"tor, em vez de receber o sindicato dos funcionários, ouvir suas demandas e negociar o fim da greve, simplesmente acionou a TROPA DE CHOQUE e mandou descer a porrada nos manifestantes. É exatamente a mesma atitude que ele toma em relação aos estudantes. A PM cercea o direito a livre organização política. A maioria dos estudantes da USP são politizados e isso preocupa a administração, pois não costumamos ficar quietos quando vemos coisas erradas. Está se falando muito em corrupção na política, e a corrupção nas autarquias, quem fiscaliza? O orçamento da USP é maior que o de 95% dos municípios paulistas. Poucos sabem que o Rodas está sendo acusado de indicar para altos cargos de direção funcionários não concursados, o que é proibido. Além disso, ele está tocando duas obras no mínimo questionáveis (construção de centros de convenções), orçadas em 240 milhões de reais (Dinheiro Público!). A necessidade dessas construções não foi debatida com a comunidade universitária. E se os estudantes tentarem se manifestar para tentar passar essa mensagem para a sociedade, vem a tropa de choque na hora. A visão dos estudantes não é levada a sério pela imprensa, que publica informações parciais. Estava olhando aqui uma reportagem que falava que os estudantes cobriam a cara e não queriam aparecer nas fotos porque sabiam que estavam errados. A verdade é que os estudantes protegem a cara para não serem identificados pela administração, senão correm o risco de sofrerem processos administrativos para serem expulsos da USP, como aconteceu com vários estudantes que ocuparam a reitoria em 2007. O direito de livre pensamento, organização e manifestação é restringido pelo medo de ser expulso e impedido de concluir a graduação.

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