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domingo, 13 de novembro de 2011

MATÉRIA: PE sofre com o crack

FONTE: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-grande-recife

NO ESTADO, 115 dos 125 municípios pesquisados pela Confederação Nacional de Municípios sofrem com problemas relacionados ao consumo do entorpecente



Um dado preocupante relacionado ao consumo do crack ganhou destaque recentemente. Espalhados e consumidos pelas diversas camadas sociais, o crack, de acordo com pesquisa divulgada na última segunda-feira pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), é hoje uma das drogas que mais causa problemas aos municípios. De acordo com a estatística, cerca de 90% das cidades brasileiras sofrem com o entorpecente.

Em Pernambuco a situação não é diferente. Segundo os dados apresentados pela entidade, dos 125 municípios pesquisados em Pernambuco, 119 deles (95,2%) sofrem problemas relacionados ao consumo de drogas. Desse quantitativo, 115 cidades (96,64%) sofrem com a consumação do crack em relação a outras drogas. Ou seja, no comparativo com a média nacional, Pernambuco aparece com dados que ultrapassam quando se fala no crack.
Em meio a tantas variáveis que podem contribuir para o aumento exacerbado do consumo da droga no Estado, a gerente de Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Marcela Lucena, aponta o desenvolvimento como um dos fatores a ser considerado. “À medida que o desenvolvimento vai chegando, as cidades sofrem com essa situação”.

“O funcionamento da sociedade vem mudando. Do ponto de vista social, esse aumento se traduz no funcionamento desta sociedade. Ou seja, a sociedade é imediatista, individualista e consumista. O crack é imediatista, pois o seu efeito é rápido. Ele é individualista, as pessoas consomem normalmente sozinhas; e ele (o crack) estimula o consumismo”, acrescentou a mestre em psicologia e consultora, Renata Almeida.

Porém, apesar de acreditar no aumento do consumo do entorpecente, Renata discorda da pesquisa divulgada. “Essa pesquisa da Confederação se baseou em respostas dos gestores municipais. É uma forma pouco científica que termina aterrorizando as pessoas e estigmatizando os usuários de droga”, informou a mestre. Segundo ela, a primeira pesquisa nacional científica em relação a usuários de crack está sendo executada atualmente pela FioCruz.
Dos 4.430 mil municípios brasileiros pesquisados pela CNM, 89,4% deles informaram ter dificuldades com a circulação de drogas, sendo que 90,7% deles enfrentam problemas relacionados ao consumo do crack. O estudo conclui ainda que o consumo de álcool vem sendo substituído pelo crack nas grandes cidades, sobretudo, nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Para esses casos, a pesquisa afirma que dois fatores contribuem para o aumento do narcótico comparado ao álcool: facilidade de acesso à droga e o baixo custo.
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