FONTE: www.anpg.org.br
01/09/2011 | |||
Representantes da ANPG, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) reuniram-se com a presidente Dilma Roussef nessa quarta-feira (31/8) para entregar uma pauta de reivindicações. As duas bandeiras principais do movimento são a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 50% dos recursos do fundo social do pré-sal para a educação. Mas os estudantes também cobram o fim do analfabetismo até 2016, a garantia de recursos para a conclusão das obras do REUNI (o programa de expansão universitária do governo federal), o reajuste imediato nos valores das bolsas para pós-graduação e a ampliação dos Institutos federais, entre outros. A pauta do reajuste das bolsas foi apresentada pela presidente da ANPG, Elisangela Lizardo. Além do reajuste imediato das bolsas de mestrado e doutorado, há mais de três anos sem nenhum aumento, Elisangela pautou o fortalecimento do sistema nacional de bolsas: “apresentei à presidenta Dilma que, para além de financiar bolsas no exterior, como prevê o programa Ciência Sem Fronteiras, é importante que o governo apresente também uma política geral de formação científica para os jovens brasileiros. Intensificar programas como PIBIC e PET, ampliar o PIBIC Jr. e valorizar as bolsas de mestrado e doutorado seria essa sinalização. Ela respondeu que gostou da proposta, em especial da Iniciação Científica (IC), e que refletirá com muito carinho a respeito”. 43 pautas “A presidenta não se pronunciou pontualmente sobre cada um dos os 43 itens da nossa pauta, mas determinou que os ministros Fernando Haddad (Educação) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), presentes a reunião, ficassem responsáveis por nos dar uma resposta mais efetiva, em médio prazo”, disse o presidente da UNE, Daniel Iliescu. “Ela demonstrou particular simpatia pela nossa reivindicação de que metade do fundo social do Pré-sal seja destinado à área.” A reunião dos estudantes com Dilma, no Palácio do Planalto, ocorreu após a Marcha dos Estudantes na Esplanada dos Ministérios. O ato encerrou um uma jornada de manifestações batizada de “Agosto Verde e Amarelo” pelos organizadores: a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). O protesto reuniu cerca de 20 mil pessoas e contou com a participação da líder estudantil chilena Camila Vallejo. Além das pautas específicas do movimento estudantil, o protesto também fez reivindicações no campo econômico. Os estudantes cobraram a queda da taxa de juros do Banco Central, o fim do superávit primário e a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Nesta quinta-feira (1/9), Elisangela se reuniu com o Secretário do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), Olival Freire, e participa de seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020) e o Ensino Superior, organizado pela Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC). Contra os juros altos Os estudantes iniciaram o protesto na manhã desta quarta-feira (31/08) com a lavagem da escadaria de acesso ao Banco Central, onde, mais tarde, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniria para decidir o futuro da taxa de juros. “A luta pela redução dos juros é uma bandeira histórica dos movimentos brasileiros que a UNE sempre apoiou”, justificou o líder estudantil. De lá, partiram em passeata pela Esplanada dos Ministérios, encerrada em frente ao Congresso Nacional, em um ato que reuniu lideranças dos movimentos sociais e sindicais, além de parlamentares e representantes de organizações estudantis da Argentina e do Chile. A presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), Camila Villejo, que ganhou notabilidade internacional ao comandar as mobilizações de massa que vêm sacudindo àquele país há três meses, compareceu ao protesto “para demonstrar a solidariedade do povo chileno às bandeiras de luta dos estudantes brasileiros”. Na Câmara dos Deputados, os estudantes participaram de uma sessão especial da Comissão de Direitos Humanos e Minorias em solidariedade à luta do povo chileno. “O governo do Chile tem violado os direitos fundamentais da população. Por isso, a nossa luta hoje não é mais uma demanda setorial dos estudantes, mas de toda a sociedade”, denunciou Camila aos vários deputados presentes. As lideranças estudantis encerraram a atividade entregando a pauta de reivindicações ao presidente da Câmara, deputo Marcos Maia (PT-RS), pouco tempo antes do plenário da Casa aprovar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que visa ao aumento da oferta de cursos profissionalizantes para estudantes do ensino médio. Da redação, com Carta Maior Fotos: Pedro Tourinho e UNE |
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