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terça-feira, 5 de abril de 2011

Pai entregou matador de docente

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/04/05/urbana3_0.asp

José Edenilson, o Matuto, e um adolescente foram entregues pelo próprio pai de José, quando buscavam rejúgio.

Trajando as roupas do professor universitário Élio Meneses, 46, assassinado no último dia 16, os dois últimos suspeitos pelo latrocínio foram apresentados na tarde de ontem, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife. José Edenilson dos Santos, 19, o Matuto, e um adolescente de 17 anos foram entregues pelo próprio pai de José, quando buscavam refúgio em Lagoa dos Gatos, no Agreste de Pernambuco, no último sábado. Os novos depoimentos revelaram a verdadeira conduta dos três envolvidos no crime e a ordem dos fatos. Primeiro, o assassinato. Depois, o roubo.

Segundo a polícia, o objetivo era realmente roubar o carro do professor - veloz e ideal para assaltos a banco. Matuto era integrante de uma quadrilha especializada em roubos de veículos e agora o serviço de inteligência da polícia busca pistas dos demais integrantes do bando. A reprodução simulada do crime está prevista para acontecer quinta-feira, às 19h.

O piscineiro Mário Pereira dos Santos, 22, conhecido como Gu, preso na últimaquinta-feira, apontado como mentor intelectual do latrocínio, teria ido horas antes ao apartamento do professor com os outros dois suspeitos para articular a ação. Mário Pereira teria ligado para o professor e solicitado que ele descesse.

Embaixo do prédio, ele pediu carona para os outros dois amigos. No meio do caminho, José Edenilson anunciou o assalto. ´O plano era deixar o docente na Torre e fugir com o veículo, mas depois mudaram os rumos da ação`, informou a delegada Gleide Ângelo. O professor foi obrigado a tirar a blusa e entrar no porta malas do carro. Após alguns minutos, estava decidido, Élio deveria morrer. ´Gu articulou todo o assassinato por medo, ele sabia que seria reconhecido. Matuto atirou e o adolescente presenciou. Na reprodução vamos tirar as dúvidas`, ressaltou Gleide Ângelo.

Em depoimento, o adolescente afirmou que só foi porque Matuto o chamou para resolver uma 'parada', mas não sabia o que era. Disse também ter escutado o professor implorar pela vida minutos antes do tiro. Depois, Matuto teria dito ´acabei de matar uma pessoa que nunca fez nada para mim, agora eu mato qualquer um`. Após o crime, Matuto e Gu voltaram à casa do professor e roubaram diversos pertences. Depois queimaram o veículo. (Adaíra Sene)
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