Política // nacional
Programa de combate à pobreza extrema atacará analfabetismo entre adultos
Publicado em 25.04.2011, às 17h09
O programa de erradicação da pobreza extrema, que será lançado pelo governo no próximo mês, terá como tônica promover a autonomia de famílias que foram retiradas da miséria pelo Bolsa Família.
De acordo com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, um dos pontos mais importantes do programa será o combate ao analfabetismo entre os adultos, fenômeno que, atualmente, ainda representa um entrave para a qualificação profissional.
"O programa [de erradicação da pobreza extrema] passa também pelo programa de alfabetização. Nós temos um problema grande de analfabetismo de adultos. Estamos pensando em relançar um programa de alfabetização. Essa questão é uma vergonha para o Brasil ainda", disse o ministro, em entrevista à Agência Brasil.
O analfabetismo entre adultos no país é uma questão crônica que chegou a ser tratada pelos governos militares com a criação do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e, após a democratização do país, todos os governos tiveram planos para reduzi-lo.
Os números do analfabetismo são altos. De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no ano passado, a taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais caiu 0,3 ponto percentual, entre 2008 e 2009. O índice saiu de 10%, há dois anos, para 9,7% em 2009. Isso representa 14,1 milhões de analfabetos.
A maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos de idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou mais chega a 40,1%. Além disso, um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional. Se forem levados em consideração apenas os números da Região Nordeste, a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%.
Carvalho avaliou que o novo programa de combate ao analfabetismo entre adultos terá que ter um enfoque mais amplo que as demais ações já desenvolvidas com o mesmo objetivo. "O Mobral tirava a pessoa do analfabetismo, mas não fazia a pessoa avançar mais do que isso. A ideia é fazer com que a pessoa possa avançar mais", disse o ministro.
O governo ainda não divulgou o dia do lançamento do programa de erradicação da pobreza extrema, que está sendo pensado como prioridade pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. O que se fala é de um plano mais amplo, que apostará na qualificação profissional e em formas de incluir os beneficiados pelo Bolsa Família na cadeia produtiva.
Na semana passada, antes do feriado da Semana Santa, a ministra Tereza Campello se reuniu com Dilma, no Palácio do Planalto, e também com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar do tema. Nesta semana, será agendada outra reunião com a ministra para tratar dos detalhes finais do plano.
"São medidas tomadas todas na perspectiva de criar a autonomia das pessoas. Tivemos, até agora, o Bolsa Família como elemento essencial para a retirada das pessoas da miséria. O governo pensa em manter o Bolsa Família, porque não dá ainda para viver sem ele. Mas o programa de erradicação da pobreza vai fazer com que esse contingente de cidadãos, que forma mais de 11 milhões de famílias, possa dar os próximos passos rumo à independência", explicou o ministro.
Carvalho explicou ainda que a qualificação profissional está no cerne do programa. "Nesse sentido, vai na linha muito forte de qualificação, de treinamento. Para isso, a economia tem que continuar girando, senão essa gente não vai poder ingressar no mercado de trabalho. Nós temos, hoje, uma demanda cada vez maior de mão de obra qualificada", observou.
Outro ponto importante, de acordo com o ministro, será o investimento em creches para dar autonomia das mulheres que têm filhos, compromisso de campanha assumido pela presidenta. "O programa passa pela questão da infância e, nesse contexto, o governo prevê a criação de 6 mil creches. Por um lado, a creche tem a função de dar à criança a alimentação adequada nos primeiros anos e a presidenta está muito atenta a isso, além da liberação da mulher, da mãe, para o trabalho", destacou.
De acordo com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, um dos pontos mais importantes do programa será o combate ao analfabetismo entre os adultos, fenômeno que, atualmente, ainda representa um entrave para a qualificação profissional.
"O programa [de erradicação da pobreza extrema] passa também pelo programa de alfabetização. Nós temos um problema grande de analfabetismo de adultos. Estamos pensando em relançar um programa de alfabetização. Essa questão é uma vergonha para o Brasil ainda", disse o ministro, em entrevista à Agência Brasil.
O analfabetismo entre adultos no país é uma questão crônica que chegou a ser tratada pelos governos militares com a criação do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e, após a democratização do país, todos os governos tiveram planos para reduzi-lo.
Os números do analfabetismo são altos. De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no ano passado, a taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais caiu 0,3 ponto percentual, entre 2008 e 2009. O índice saiu de 10%, há dois anos, para 9,7% em 2009. Isso representa 14,1 milhões de analfabetos.
A maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos de idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou mais chega a 40,1%. Além disso, um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional. Se forem levados em consideração apenas os números da Região Nordeste, a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%.
Carvalho avaliou que o novo programa de combate ao analfabetismo entre adultos terá que ter um enfoque mais amplo que as demais ações já desenvolvidas com o mesmo objetivo. "O Mobral tirava a pessoa do analfabetismo, mas não fazia a pessoa avançar mais do que isso. A ideia é fazer com que a pessoa possa avançar mais", disse o ministro.
O governo ainda não divulgou o dia do lançamento do programa de erradicação da pobreza extrema, que está sendo pensado como prioridade pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. O que se fala é de um plano mais amplo, que apostará na qualificação profissional e em formas de incluir os beneficiados pelo Bolsa Família na cadeia produtiva.
Na semana passada, antes do feriado da Semana Santa, a ministra Tereza Campello se reuniu com Dilma, no Palácio do Planalto, e também com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar do tema. Nesta semana, será agendada outra reunião com a ministra para tratar dos detalhes finais do plano.
"São medidas tomadas todas na perspectiva de criar a autonomia das pessoas. Tivemos, até agora, o Bolsa Família como elemento essencial para a retirada das pessoas da miséria. O governo pensa em manter o Bolsa Família, porque não dá ainda para viver sem ele. Mas o programa de erradicação da pobreza vai fazer com que esse contingente de cidadãos, que forma mais de 11 milhões de famílias, possa dar os próximos passos rumo à independência", explicou o ministro.
Carvalho explicou ainda que a qualificação profissional está no cerne do programa. "Nesse sentido, vai na linha muito forte de qualificação, de treinamento. Para isso, a economia tem que continuar girando, senão essa gente não vai poder ingressar no mercado de trabalho. Nós temos, hoje, uma demanda cada vez maior de mão de obra qualificada", observou.
Outro ponto importante, de acordo com o ministro, será o investimento em creches para dar autonomia das mulheres que têm filhos, compromisso de campanha assumido pela presidenta. "O programa passa pela questão da infância e, nesse contexto, o governo prevê a criação de 6 mil creches. Por um lado, a creche tem a função de dar à criança a alimentação adequada nos primeiros anos e a presidenta está muito atenta a isso, além da liberação da mulher, da mãe, para o trabalho", destacou.
Fonte: Agência Brasil
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