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segunda-feira, 11 de abril de 2011

MATÉRIAS DA FOLHA DE PE sobre os candidatos a Reitor da UFPE

FONTE: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-grande-recife/630945-quero-consolidar-os-avancos

“Quero consolidar os avanços”

Hoje, amanhã e quarta-feira, a Folha de Pernambuco vai apresentar os candidatos a reitor da UFPE. Serão mostrados os currículos e as propostas de cada um dos três concorrentes. O pleito acontece no dia 26 de abril, nos três campi da universidade (Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru). Se nenhum candidato tiver a maioria dos votos válidos, haverá segundo turno em 5 de maio, com os dois mais votados.

Anísio Brasileiro é candidato da situação, apoiado pelo atual reitor, Amaro Lins. Natural de Garanhuns, filho de uma professora e de um pecuarista, contou que foi com a família que começou a sua paixão pelo ensino. “Meus pais diziam que a educação começa dentro de casa. Aos poucos fui me apegando à Matemática e a opção pela Engenharia se consolidou para mim”. Mudou-se para o Recife em 1973, quando iniciou a graduação em Engenharia Civil na própria UFPE. Nos primeiros anos da graduação, dedicou-se exclusivamente aos estudos. Mas no terceiro ano passou a fazer política estudantil, participando da reabertura do Diretório Acadêmico (DA) do curso e da retomada do prédio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), em plena ditadura.
Concluiu Engenharia em 1977, e em 1978, tornou-se professor. Seguiu no mesmo ano para a PUC no Rio de Janeiro, onde realizou seu mestrado. Lecionou por alguns anos na UFPE e depois viajou para a França, onde obteve o Diploma de Estudos Aprofundados, em 1987, e o Doutorado em Transportes, pela École Nationale des Ponts et Chaussées, em 1991. Voltou ao Recife onde, mais uma vez, permaneceu como docente. Em 2003, assumiu a Pró-reitoria de Extensão, ficando até 2006. Atualmente é Pró-reitor de Pesquisa da Universidade.
Sobre a candidatura, Anísio afirma que confia no atual momento em que vive a instituição, e diz que vai lutar ainda mais para aumentar as conquistas. “Nos últimos sete anos a UFPE se tornou uma das principais universidades brasileiras por causa do trabalho coletivo da comunidade acadêmica. Quero consolidar esses avanços e assegurar que todas as ações que estão mudando para melhor a nossa universidade vão ser preservadas”. Ele conta que pelas experiências positivas como pró-reitor de extensão e pesquisa decidiu enfrentar o desafio de ser reitor.
Entre as propostas, o candidato afirma ter três prioridades se for eleito. O fortalecimento da estrutura para a graduação, a melhoria no sistema de comunicação da universidade e a simplificação do modo de gestão. Ampliar o Restaurante Universitário em Recife e criar os de Caruaru e Vitória, dar continuidade à política de expansão das residências estudantis (casas de estudante), aprimorar os programas de esporte, saúde e apoio psicológico. Quer ainda investir na segurança do campus, construir novos espaços para programas culturais, criar fóruns acadêmicos, fortalecimento das políticas estudantis e ampliação no número de bolsas.
Além disso, melhorar o acesso ao campus e ampliar para os estudantes a mobilidade, estadia e pesquisa em outros países, são algumas das bases de campanha. “Com essas realizações, vamos tornar a vida de professores, funcionários e alunos mais agradável dentro do ambiente acadêmico. É um projeto coletivo que busca trazer mais cidadania e cultura também para a nossa relação com a sociedade, e eu sei que através de políticas públicas, em apoio com os movimentos sociais e empresas vamos conseguir”, completou.





Dando continuidade à apresentação dos candidatos ao cargo de reitor da UFPE, hoje vamos mostrar o perfil de Pierre Lucena, que há 20 anos é um dos personagem políticos de maior atuação dentro da unidade, e há 15 é professor da gradução e pós-graduação dos cursos de Administração e Economia. Amanhã, encerramos com o candidato Gilson Edmar. O pleito acontece no dia 26 de abril, nos três campi da universidade (Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru).


Candidato de oposição, Pierre Lucena é natural de São Paulo. Apaixonado pela Matemática, o candidato mudou-se para o Recife em 1987, quando concluiu o segundo grau na Escola Estadual Santos Dumont, em 1989. No mesmo ano, fez vestibular para Administração na UFPE e começou sua vida acadêmica. Além de ser um aluno interessado, foi presidente do Diretório Acadêmico (DA) do curso em 1992. No ano seguinte passou a ser presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), época de efervescência estudantil com o Movimento Fora Collor. Ainda como líder estudantil, Pierre fez parte do Conselho Universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão e do Conselho de Administração.
Após se formar em 1994, foi chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do Governo Miguel Arraes, onde permaneceu até ser aprovado em primeiro lugar no concurso para professor da UFPE dois anos depois. Cursou mestrado em Economia na própria universidade. Durante o período de mestrado, fundou o MBA Executivo em Finanças corporativas. Foi secretário-adjunto de Educação do primeiro mandato do Governo Jarbas Vasconcelos, em 1999. Concluiu doutorado em Administração/Finanças na PUC-RJ, em 2005. Hoje é o principal nome do Brasil na área de anomalias de mercado.
Após assumir a Coordenação de Administração em 2008, requalificou o curso sendo eleito nos últimos dois anos o melhor do Brasil pela Revista Guia do Estudante. “O curso apresentava sérios problemas gerenciais e acadêmicos, mas com a união de professores, técnicos e estudantes, chegamos rapidamente a um outro patamar de qualidade”. Ele afirma que pela paixão que tem pela instituição, experiência em gestão e vontade de re-erguer a UFPE, decidiu ser candidato a reitor.

As propostas de Pierre se baseiam em mudar todo o paradigma institucional da universidade, atendendo cada vez melhor os estudantes e professores em todas as áreas de ensino. Prioridades são a diminuição da burocracia, com a progressão automática dos professores, rapidez da obtenção de documentos e resolução de problemas para os estudantes, distribuição mais igualitária dos recursos entre os centros acadêmicos. Quer melhorar a segurança e a acessibilidade dos deficientes nos prédios, construir de miniterminais de ônibus, dialogar com os diretórios acadêmicos, criar a Central de Estágios e Empregabilidade, refrigerar todas as sala de aula e colocar à disposição, internet sem fio gratuita.

O candidato afirma também que vai dinamizar o modelo de gestão nas unidades do Interior e melhorar as estruturas dos campi de Caruaru e Vitória. Possibilitando a mesma assistência da qual um aluno da Capital dispõe. Alguns pontos como possibilitar uma integração acadêmica entre todas as unidades e eleições diretas para diretor no Interior são metas de Pierre para uma melhoria a toda UFPE. “Vamos reviver a instituição de maneira democrática deixando para trás relações arcaicas de poder, apontando soluções que vão colocar a universidade no caminho do desenvolvimento”.


“Vamos transformar a instituição”

FONTE: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-grande-recife/631419-vamos-transformar-a-instituicao

Nesta quarta-feira, a Folha de Pernambuco encerra a apresentação dos candidatos a reitor da UFPE com o professor e médico neurologista Gilson Edmar, que há quase 50 anos tem um vínculo com a universidade. Sendo nos últimos oito anos exercendo o papel de vice-reitor. O pleito acontece no dia 26 de abril, nos campi de Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru. Se nenhum candidato tiver a maioria dos votos válidos, haverá segundo turno em 5 de maio, com os dois mais votados
Gilson Edmar é natural de Recife. Atual vice-reitor da UFPE, é dissidente da chapa do atual gestor, Amaro Lins. Formado em Medicina, revelou que sempre se encantou com a área por conta de sua formação humanista, que adquiriu no Colégio Salesiano, onde fez o segundo grau. Concluiu Medicina na UFPE em 1966, e ainda estudante participou do movimento estudantil contra a ditadura e foi presidente da Sociedade Interna dos Hospitais do Recife, que incentiva os trabalhos de iniciação científica. Nos primeiros anos de carreira, dedicou-se à vida acadêmica, terminado seu mestrado em Neurofisiologia Clínica/Epileptologia na Université d’ Aix-Marseille na França, em 1973.

Gilson começou sua vida de docente em 1979, ensinado na UFPE e no Centro de Ciências Médica na UPE. Em 1991, concluiu doutorado em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É professor-assistente estrangeiro da Universidade de Marselha, membro titular da Academia Pernambucana e da Academia Brasileira de Ciências e Neurologia e do Instituto Pernambucano de História da Medicina. Foi chefe do departamento de neuropsiquiatria e diretor do Centro de Ciências da Saúde (CSS) da UFPE. Além de vice-reitor, é coordenador do Programa de Pós-graduação em Neuropsiquiatria da universidade, orientando os estudantes de mestrado e doutorado.

O professor tem vários trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais. “Por todo esse trabalho em prol da unidade, adquiri uma experiência administrativa e conhecimento das deficiências da UFPE. Em conjunto a esses fatores, acreditamos em nossos ideais e vamos lutar para transformar a instituição”, falou Gilmar, sobre a sua decisão de ser candidato. Com sua base formada no lema “Universidade que temos, e a que queremos“, as propostas de Gilson se baseiam na valorização do ensino.

Gilson pretende melhorar as condições para professores com progressão de carreira funcional, proporcionar fóruns de debates para uma maior participação na gestão e ampliar os recursos para o aumento da pesquisa e da participação em congressos científicos. Além disso, quer redefinir o conceito de assistência estudantil para garantir apoio social, psicológico e nutricional aos alunos, reavaliar a forma de ingresso na UFPE, implantar a avaliação construtiva visando o combate à evasão e a retenção, e estimular e ampliar a participação dos estudantes na pesquisa como parte de sua formação.

Outros pontos importantes são a reforma no organograma funcional do Núcleo de Rádio e TV, otimizar o preenchimentos de vagas dos cursos, considerando as demandas do mercado de trabalho e os interesses do desenvolvimento regional. O candidato afirma que quer criar condições para a formação profissional com cidadania, para que a transferência e a difusão do conhecimento ocorram através de ações de extensão, necessárias ao desenvolvimento sustentável da sociedade. “Vamos colocar a universidade como protagonista no processo de desenvolvimento que o Estado está vivendo, colocando a UFPE num nível de qualidade que se espera de uma instituição como ela”, destacou.
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