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domingo, 3 de abril de 2011

MATÉRIA: Especial As Marias - Com Cleonice Maria

FONTE: http://www2.uol.com.br/JC/sites/asmarias/cleonice_maria.html

Cleonice Maria

Cara fechada, olhar desconfiado, um apertar firme de mãos. Estatura média, cabelo todo amarrado pra trás, um ou outro sinal de vaidade. A primeira impressão que se tem é de uma mulher de poucos amigos. Talvez até seja, mas, em um par de minutos de conversa, Cleonice se mostra mais que isso: uma mulher forte, decidida, “uma sertaneja cabra da peste”, como diz.
Cleonice Maria, 39 anos, é natural de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, terra de Lampião. Há duas décadas se dedica à preservação e divulgação da memória do cangaço. Ela foi inspirada pelo marido, o historiador Anildomá Willans, que desde criança coleciona registros sobre o tema.
Hoje ela administra o Museu do Cangaço, criado há três anos. Ocupando um dos prédios da antiga estação de trem da cidade, o espaço guarda centenas de fotos que mostram desde como era o cotidiano de Lampião e Maria Bonita até a morte dos dois. Peças que pertenciam a cangaceiros da região completam o acervo.
O trabalho, hoje consolidado e reconhecido, enfrentou dificuldades no início. “As pessoas de Serra Talhada tinham repúdio em relação à questão do cangaço e de Lampião. E a gente achava compreensível porque muita gente daqui tem algum parente que foi morto por ele ou pelo bando. Nosso trabalho era mostrar um outro lado, o da história, o do legado cultural deixado pelo cangaço para Serra Talhada e pro Nordeste”, explica Cleonice.
"Vez por outra, me chamam de Maria Bonita”, conta Cleonice, em tom de riso. Por quê?
“Num sei. Acho que é porque luto por isso há tanto tempo. A história de Maria Bonita e de Lampião é uma das mais bonitas que conheço.” Questionada se ela se sente uma Maria Bonita,
Cleonice para, ri um pouco constrangida, pensa um pouco, hesita e responde. Veja o que ela disse neste vídeo.
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