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sexta-feira, 15 de abril de 2011

MATÉRIA: A Importância das ações da juventude (Jornal do Commércio, 15 de Abril de 2011)

A importância das ações da juventude

“Quando a juventude se manifestou os tempos foram diferentes”, refletiu o pesquisador Otávio Luiz Machado, organizador do livro Memória das juventudes pernambucanas: um panorama do século 20 ao lado do professor Michel Zaidan Filho, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O ativismo costuma gerar bons resultados. Pelo menos foi assim na ditadura militar quando os movimentos estudantis reinaram e a juventude resistia à falta de liberdade por meio da arte. Naquela época os jovens do Brasil cantavam ao lado de um Chico Buarque de 20 anos pelo fim do regime ditatorial e lutavam contra a censura a grupos teatrais, filmes e livros.
Em oposição ao recado dado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues (“Jovens, envelheçam”), a obra agora lançada pela Editora Universitária pretende refletir justamente sobre a importância da ação política, social ou artística da juventude, para fazer um registro histórico e influenciar as novas gerações.
Assim os organizadores reuniram depoimentos de grandes figuras pernambucanas como Josué de Castro, Gregório Bezerra, Paulo Freire e Francisco Julião. O livro é um desdobramento de várias pesquisas, seminários e projetos de extensão desenvolvidos pela UFPE desde 2009. “Esse livro é importantíssimo para resgatar a memória dos jovens pernambucanos. Para difundir as experiências desses jovens, sejam eles militantes, políticos, empreendedores ou artistas”, observou Otávio Luiz.
Um dos relatos mais interessantes da obra é o da atriz Geninha da Rosa Borges. Ela relembra fatos curiosos da sua formação e a experiência no teatro, especialmente  no grupo Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). “Fui convidada pelo doutor Valdemar de Oliveira para a peça Primerose, considerada uma das pioneiras do TAP. Desde aí faço teatro para o público, porque até então tinha feito muita coisa no colégio”, observou Geninha. O depoimento da também atriz Diná de oliveira, uma das fundadoras do TAP, reflete sobre suas origens: “Desde menina que eu tenho mania de teatro”.
A obra foi produzida com a ajuda de dez estudantes de graduação dos cursos de psicologia, serviço social, ciências políticas e biomedicina e faz parte da Série Extensão. Essa coleção da Editora Universitária pretende ampliar os conhecimentos produzidos dentro da UFPE não restringindo muitos trabalhos e pesquisas ao universo acadêmico.
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