Quadro nacional das assembleias de base
Após o ofício do governo entregue à FASUBRA no dia cinco de julho, o CNG havia indicado a suspensão da greve e o retorno às atividades laborais para o próximo dia 14. Como a decisão final é de responsabilidade de todos os técnico-administrativos nacionalmente, aconteceram várias assembleias em todo o país. A maioria das entidades decidiu pela continuidade da greve.
A manobra
Historicamente, as votações na FASUBRA se davam por universidade. Entretanto, a direção majoritária da Federação, ligada à CUT e CTB resolveu mudar a contagem de voto, passando a ser por entidade.
Dessa forma, por exemplo, A UFRPE e UFPE contaram apenas como um voto, quando o certo seriam dois votos, pois apesar do SINTUFEPE ser estadual, com um único CNPJ, as entidades tem autonomia financeira, política e administrativa, prevista no estatuto do sindicato e no regimento interno.
Da mesma forma que há esta autonomia, as seções do SINTUFEPE, rural e federal, repassam à FASUBRA sua mensalidade separadamente, de acordo com o número de filiados em cada seção.
De toda forma, mesmo com esta manobra, de acordo com Mozart Siqueira, o resultado geral foi: 22 universidades aprovaram a manutenção da greve contra 18 pela suspensão.
“O documento não serve para nada. As bases perceberam e se rebelaram contra a decisão nacional”, declara de Brasília, Luciano Francisco, delegado da UFRPE.
Reunião do Comando Nacional de Greve
Amanhã (13) haverá uma reunião do Comando Nacional de Greve em Brasília, às 14h, para avaliar as decisões de todos os sindicatos sobre a manutenção da greve. “A greve vai continuar, agora é tocar os trabalhos para pressionar o governo e garantir nossas reivindicações”, comemora Luciano. Também está em Brasília pela UFRPE Acácio Teófilo como delegado de base no CNG.
A pauta de reivindicação - Reajuste salarial; Piso de três salários mínimos e step 5%; Racionalização dos cargos; Reposicionamento dos aposentados; Mudança no anexo IV (incentivo à qualificação); Devolução do vencimento básico complementar absorvido; Isonomia salarial e de benefícios; Contra a terceirização; Revogação da Lei nº 9.632/98 (extinção dos cargos); Abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HUs; Extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.
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