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domingo, 7 de agosto de 2011

MATÉRIA: Protestos estudantis no Chile deixam 29 feridos e 550 detidos

FONTE: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/08/05/protestos-estudantis-no-chile-deixam-29-feridos-e-550-detidos/



Os estudantes chilenos saíram às ruas nesta quinta-feira (4/8) para exigir educação pública gratuita e de qualidade em protestos que acabaram em violência e deixaram 552 detidos e 29 policiais feridos, segundo a agência AFP.
As autoridades alegaram desordem pública, porte ilegal de armas e porte de artefatos explosivo para prender os estudantes.
Os protestos ocorreram em 12 cidades do país e não provocaram nenhuma morte.
Em meio aos protestos, cerca de 200 estudantes ocuparam pacificamente as instalações do canal de televisão privado Chilevisión e exigiram entrar no ar para expressar suas demandas em favor do fortalecimento da educação pública no país, informou a agência.
As passeatas foram proibidas pelo governo, mas os estudantes e professores não recuaram. Durante a manhã, foram erguidas barricadas em 13 pontos de Santiago, capital do país, com pneus e pedaços de madeiras em chamas.
“Temos agido com prudência para respeitar os direitos de expressão, mas há um limite. Os estudantes não são os donos deste país”, disse o porta-voz do governo, Andrés Chadwick, à rádio Cooperativa.
Horas depois da primeira manifestação, os estudantes tentaram reunir-se na Praza Itália para iniciar a primeira das marchas anunciadas, mas a polícia os dispersou novamente com gases lacrimogêneos e carros com jatos d’água, evitando que o protesto chegasse a Alameda, que é a principal avenida da capital chilena, divulgou a AFP.
Os protestos haviam sido anunciados depois que o ministro da Educação, Felipe Bulnes, entregou na segunda-feira uma proposta de 21 pontos – a segunda oferecida pelo governo – aos líderes estudantis, que deveriam respondê-la até sexta-feira.
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Dois fortes sindicatos universitários, o da Universidade Católica e o da Universidade de Santiago, rejeitaram a proposta governamental e por isso participaram da tentativa de manifestação no centro de Santiago.
“A ideia da marcha é que não apenas estudantes possam participar e não se manifestem apenas por temas da educação, mas também pela crise no sistema completo”, disse Georgio Jackson, dirigente da Universidade Católica.
Segundo os universitários, a proposta do governo responde a uma parte de suas demandas para fortalecer a educação pública no Chile, mas só acolhe parcialmente a principal exigência, que é acabar com o lucro na educação, proibido na legislação chilena, mas burlado através de brechas legais.
A crise educacional, que já dura dois meses, mantém dezenas de universidades paradas e centenas de colégios tomados. Os estudantes já protagonizaram enormes manifestações que influenciaram na queda de popularidade do presidente Sebastián Piñera, que chegou a um mínimo de 30% em julho.
(Com informações da AFP / UOL)
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