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terça-feira, 30 de agosto de 2011

MATÉRIA: Professor ameaça mandar prender aluna do Mackenzie em SP

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/967750-professor-ameaca-mandar-prender-aluna-do-mackenzie-em-sp.shtml

30/08/2011-18h16

PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO


Um professor de direito do Mackenzie ameaçou mandar prender uma aluna do quinto período que questionou seu método pedagógico na noite da última sexta-feira (26), em São Paulo.
De acordo com Rodrigo Rangel, diretor do Centro Acadêmico João Mendes Jr., a aluna abordou Paulo Marco Ferreira Lima, que também é procurador, no corredor da faculdade e ambos discutiram. O professor seguiu então para uma sala de aula, fechou a porta e a aluna tentou forçar a abertura.
Foi neste momento que Lima, evocando a sua condição de procurador, ameaçou mandar prender a estudante, relatou Rangel.
Segundo a aluna, que não quer ser identificada, o professor, evocando sua autoridade, ameaçou prendê-la.
"Ele me disse: `Nesse momento eu me dirijo a você não como professor, mas como procurador de Justiça. Se você não parar de se dirigir a mim ou ao segurança, vou te dar voz de prisão"', relata.
Lima não nega ter ameaçado prendê-la, mas diz que foi obrigado porque "ela passou de todos os limites".
"Ela me ofendeu muito mais do que poderia. Nunca houve voz de prisão, só houve a intenção de fazê-la parar com as agressões", conta.
A aluna foi conduzida à direção da faculdade e os ânimos se acalmaram.
No domingo (28), o centro acadêmico publicou uma nota de repúdio pedindo esclarecimentos ao professor. A nota, porém, provocou reação dos alunos, que consideraram inadmissível a atitude do professor.
O irmão de Lima, que também é procurador e professor da universidade, saiu em defesa do seu irmão lembrando sua origem humilde e sua afro descendência.
Em sua página no Facebook, o professor acusa a aluna de racismo e relata que ela chamou seu irmão de "negro sujo", afirmando "preto não pode dar aula no Mackenzie".
"Essa postura, além de criminosa, é incompatível com a tradição mackenzista, primeira escola a aceitar filhos de abolicionistas", disse o professor.
A aluna, que é bolsista do ProUni (programa do governo que dá bolsa de estudo a alunos carentes), nega que tenha usado expressões racistas. "Eu nunca faria uma coisa que pudesse me fazer perder a bolsa [integral]."
Lima não quis falar sobre os comentários do irmão."Não vou transformar o ocorrido numa questão racial."
Procurada, a universidade disse que apura o caso. Enviar para o Twitter

VÍDEO: A interiorização dos cursos de medicina é meta do governo federal (Discursos na Aula Inaugural do Curso de Medicina da UPE em Garanhuns-PE)


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DISCURSO DE DILMA: AULA INAUGURAL DO CURSO DE MEDICINA DA UPE (30 ago. 2011)


Garanhuns-PE, 30 de agosto de 2011

Primeiro, eu queria cumprimentar aqui os estudantes da primeira turma de Medicina do campus de Garanhuns da Universidade de Pernambuco e, com isso, eu quebro, justamente, o protocolo porque hoje é o dia de vocês e esta aula inaugural, que muito me honrou, faz com que eu reconheça a importância, não só aqui para Pernambuco, mas a importância simbólica da turma de vocês para o Brasil.
Eu queria também agradecer as palavras do governador Eduardo Campos, e dizer que, mais uma vez, eu me orgulho desta parceria que nós construímos ao longo dos anos, que começou no governo do presidente Lula e, certamente, continuará ao longo do meu governo.
Queria cumprimentar a primeira-dama, Renata Campos,
Queria cumprimentar também o magnífico reitor da Universidade de Pernambuco, o senhor Carlos Fernando Calado,
E cumprimentar, de maneira especial, o nosso ministro Fernando Haddad, da Educação,
Cumprimento também os meus ministros que me acompanham nesta viagem a Pernambuco: ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional; Mário Negromonte, das Cidades; Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social,
Cumprimentar o nosso deputado, presidente da Assembleia Legislativa do estado, Guilherme Uchoa,
Queria cumprimentar os senadores Armando Monteiro e Humberto Costa, aqui presentes,
Os deputados federais Fernando Ferro, Inocêncio Oliveira, Luciana Santos, Paulo Rubem Santiago, Wolney Queiroz,
Cumprimentar e agradecer pela recepção ao prefeito de Garanhuns, Luiz Carlos de Oliveira e, por intermédio dele, gostaria de saudar todos os prefeitos e as prefeitas aqui presentes,
Cumprimentar também, de maneira especial, porque este é um dia importante – eu tenho certeza – para ele, o diretor do campus de Garanhuns, Pedro Henrique Falcão,
Cumprimentar todos os professores e as professoras aqui presentes,
Dirigir um cumprimento ao José Winalan, que nos recebeu aqui e também a cada um de vocês que integram a turma do curso de Medicina, dessa primeira turma do curso de Medicina aqui de Garanhuns.
Cumprimentar também os senhores e as senhoras da imprensa aqui presentes, os cinegrafistas e os fotógrafos.
E a todos os presentes aqui nesta aula inaugural.
Meus caros estudantes de Medicina desta primeira turma de Medicina da Universidade... da UPE, campus de Garanhuns. Vocês fizeram, sem dúvida, uma escolha difícil ao optarem pelo curso de Medicina, difícil e de grande responsabilidade. Já foi sinalizado que vocês tiveram que superar bastantes desafios, superar as dificuldades que sempre significam entrar no curso de Medicina. Agora, vocês estejam também preparados para estudar muito - provavelmente, mais do que os alunos dos outros cursos -, para longas jornadas de leitura e preparação de provas e para abrir mão de uma parte de suas atividades de lazer.
O curso de Medicina, sem dúvida, é um dos cursos mais intensos e que exige muito de seus alunos, que lhes impõe nos primeiros anos atenção e dedicação aos estudos e, eu espero, que vai perdurar por toda a vida. Vocês escolheram uma profissão cujo centro de atenção é a pessoa humana. E no caso do nosso país, nós temos de ter um cuidado especial com a qualidade da saúde, e isso significa que vocês serão os sujeitos principais desta ação e desta atividade.
Vocês, quando escolheram essa profissão, esperavam prevenir doenças, dar conforto aos que sofrem e usar o conhecimento científico para curar e prolongar a vida. E a opção de vocês é ainda mais feliz por ter sido feita onde foi feita. Vocês vão se tornar médicos no interior do Brasil, justamente onde o país mais precisa de profissionais como vocês serão, eu estou certa, dentro de alguns anos. O fato de estarem iniciando o curso de Medicina na Universidade de Pernambuco aqui em Garanhuns, dá a todos vocês a grandeza que têm os desbravadores. Vocês são o símbolo de um novo país, que nós estamos, com muito esforço, construindo. Um país que busca levar o desenvolvimento a todo o seu território, e não um país que segrega esse desenvolvimento a umas tantas quantas regiões do país e a umas tantas quantas camadas sociais.
Nós sabemos que, por exemplo, em 1952, um menino com sete anos de idade foi obrigado a deixar Caetés, então distrito de Garanhuns, para acompanhar sua família ao litoral de São Paulo. Foram 13 dias na carroceria de um caminhão em busca de alguma chance de sobreviver à pobreza e de construir uma vida mais digna. Esse menino lutou – eu testemunhei uma parte dessa luta – e lutou a vida inteira até se tornar presidente da República Federativa do Brasil. E eu tenho certeza de que ele teria muito orgulho de dar... estar aqui hoje, até porque ele valorizava extremamente a Educação e a qualificação das pessoas.
Eu tenho certeza de que o nosso ex-presidente Lula, ele não precisava ter nascido aqui em Garanhuns para lembrar a importância do estudo. Como tantos outros brasileiros que não puderam estudar, ele sabia a importância do estudo na sua vida. Ele, sem sombra de dúvida, que nunca pôde frequentar uma universidade, deu uma importância extraordinária a voltar a abrir cursos universitários no Brasil; novas universidades; a interiorizar campus universitários e a criar escolas técnicas. O meu compromisso é fazer este processo avançar. Fazer com que regiões como o Norte e o Nordeste, estados como Pernambuco, assim como o interior do Brasil e todas as regiões do Brasil tenham o estímulo de que precisam e as oportunidades para que o nosso país cresça.
Pernambuco e o Nordeste vêm respondendo com riqueza, progresso e inclusão social, a tudo o que o governo federal tem investido aqui, e por isso eu agradeço, de coração, ao nosso governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Um estudo que foi feito, se eu não me engano, no mês passado, é muito significativo. Esse estudo é um estudo do IBGE e ele mostra que está, no Brasil, ocorrendo uma inversão do fluxo migratório. Aquele fluxo que levou o menino Lula para São Paulo hoje está sendo invertido, e uma das coisas mais fantásticas de se ver é que na última década, nos últimos oito anos, nós tivemos um crescimento de oportunidades que fez com que as famílias pudessem viver e criar seus filhos nos lugares onde elas nasceram. A volta ao Nordeste talvez seja um dos maiores prêmios por esse processo de crescimento e inclusão social.
Também nesse final de semana, um jornal de São Paulo noticiou que a economia da região Nordeste continua crescendo mais do que a economia das outras regiões, atraindo vultosos investimentos públicos e privados, sobretudo aqui em Pernambuco. Sem sombra de dúvida, a liderança do Governador e a participação de todos os pernambucanos tiveram um papel muito importante nesse processo. Não é por acaso que Pernambuco tem índices de emprego bem superiores à média nacional.
Essa nova situação do país, com a inclusão do interior entre as prioridades do desenvolvimento – que nós perseguimos sempre, desde o início do governo Lula e agora, com o meu compromisso de fazer isso avançar cada vez mais – é fruto de uma visão estratégica e de uma conjunção de esforços que incluem a disposição da iniciativa privada, a vontade da sociedade civil, a luta dos prefeitos, a competência dos governadores e a posição do governo federal.
Nós estamos interiorizando o crescimento econômico para incluir todas as regiões brasileiras nos frutos do progresso, e isso é importantíssimo para o Brasil. Não basta levar riqueza econômica. É importante, sim, a riqueza econômica, é fundamental para o círculo virtuoso, que cria crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social. Mas é fundamental prover o interior de todas as regiões do Brasil de acesso a serviços públicos de qualidade, tais quais aqueles oferecidos às regiões anteriormente únicas e mais ricas do Brasil.
Mas também nós temos de ousar, nós temos de querer um padrão de qualidade similar àquele das regiões desenvolvidas. Se nós queremos de fato ser um país diferenciado, nós não podemos só olhar o crescimento do PIB ou o crescimento do emprego e da renda. Nós temos de olhar também a qualidade da Educação pública, a qualidade da Educação e, por isso, também a qualidade de outros serviços e, no nosso caso preciso, de serviços de Saúde. A Universidade de Pernambuco em Garanhuns e a turma de Medicina integrada por vocês correspondem perfeitamente a essas duas prioridades. Educação, que nós queremos de alta qualidade e, ao mesmo tempo, oferta de serviços de Saúde de qualidade.
Há poucos dias, nós lançamos uma nova etapa do Plano de Expansão da Rede Federal de Ensino, e mantivemos o nosso compromisso com a interiorização de universidades e escolas técnicas. Serão 208 novos campi, ou melhor, 208 novos Institutos Federais de Educação Tecnológica; 47 novos campi universitários, além de 4 novas universidades até 2014. Com isso, avançamos mais um passo para continuar democratizando e descentralizando o ensino superior e o acesso a um ensino técnico de qualidade.
Queremos garantir a todos os brasileiros – aos jovens e àqueles que não tiveram também oportunidade de estudar quando eram muito jovens – o acesso à capacitação técnica, por que não à universidade, e queremos também ensino de qualidade, com professores qualificados e remunerados.
Não tenham dúvida: oportunidades como a que vocês hoje terão serão, por nosso esforço, eu tenho certeza, levadas aos brasileiros de todo o nosso país. Também nós estamos adotando – e aí, é muito importante que vocês se formem e se tornem médicos – uma estratégia para melhorar o atendimento de saúde pública no Brasil, também com um olhar para todo o território nacional.
Os brasileiros das capitais, das cidades médias, dos pequenos municípios, das regiões mais remotas do Brasil, todos, sem exceção, têm direito à saúde pública de qualidade e têm direito à saúde pública ofertada olhando para cada um deles como sendo uma pessoa humana, a chamada saúde pública com humanidade.
Para esse objetivo, eu espero poder contar com profissionais de saúde, que vocês serão em breve. Uma das dificuldades para melhorar a saúde pública no Brasil é o insuficiente número de médicos e sua má distribuição sobre o território nacional. Hoje o Nordeste tem 28% da população brasileira e apenas 17% dos médicos. Em todo o Brasil temos falta de médicos, e isso fica mais agudo ainda nas cidades do interior e nas regiões do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste. Não que nas demais regiões não faltem médicos, é que nessas regiões que eu citei faltam mais médicos. Por isso, eu determinei ao Ministério da Educação – ao MEC – e ao Ministério da Saúde que, juntos, preparem um plano nacional de educação médica a ser lançado até outubro. O nosso objetivo é aumentar em 4,5 mil o número de médicos formados ao ano e também interiorizar os cursos de Medicina, mantendo um elevado padrão de qualidade. Nesse plano, está incluída não só a expansão e interiorização da graduação, mas da graduação, mas também a interiorização da residência médica, de forma a assegurar que os estudantes que se formem nessas regiões do país tenham acesso a oportunidades de residência de extrema qualidade.
Esse processo é um processo que nós não vamos medir esforços, no sentido de assegurar que haja uma participação dos centros de excelência existentes no Brasil na garantia de qualidade, tanto da graduação, mas, sobretudo, do processo de residência médica ao longo de todo o meu período de governo, e também focando bastante na solução de um grave problema do Brasil, que hoje nos aflige – para garantir uma Saúde de qualidade – que é a insuficiência de médicos.
Aqui em Garanhuns, temos um exemplo virtuoso do que estamos querendo levar a todo o Brasil. Não que nós vamos descansar e cruzar os braços aqui em Garanhuns. Não, vamos fazer um esforço para, de fato, tornar exemplar esse curso de Medicina, e isso, vocês podem contar – eu tenho certeza – com a parceria do MEC, com o governo federal e com o governo do estado.
Na verdade, vocês aqui são parte de uma profunda transformação do Brasil, aquela transformação conduzida pela aceleração do desenvolvimento nas diversas regiões do país e pela oferta regional de oportunidades de Educação.
Por isso, hoje eu digo que vocês estão fazendo história aqui, porque esse cenário de desigualdade está mudando, e essa mudança se intensifica com essa interiorização do ensino de Medicina, como está acontecendo nesse momento.
Existem pesquisas que mostram que os médicos costumam se estabelecer nas regiões em que estudaram e em que fizeram residência. É por essa razão que nós estamos realizando a expansão dos programas de residência, sobretudo nessas regiões que eu mencionei, para oferecer oportunidades aos jovens que, como vocês, irão se formar em todos os estados dessas regiões e ali poderão continuar a sua especialização e dedicasse à sua profissão. É por isso também que eu me atrevo a fazer um convite a vocês: criem laços com esta região em que vocês estão vivendo. Descubram as necessidades do povo daqui. Façam amigos, namorem, casem, se estabeleçam aqui, e ajudem a transformar... e ajudem a transformar esta região, esta cidade, em um polo de excelência em saúde. Depende de vocês e de nós. Por isso, eu acredito que seremos capazes. O interior do Brasil precisa de mais médicos; precisa de bons médicos, como vocês, certamente, serão. Aqui haverá – e serão construídas cada vez mais – boas condições de trabalho, de remuneração, perspectivas de futuro para jovens profissionais que, como vocês, poderão usufruir deste processo daqui para frente.
Há uma perfeita articulação entre esse processo de crescimento do estado de Pernambuco e o fato de que nós podemos oferecer serviços públicos de qualidade para a população brasileira. O governo federal, eu posso assegurar para vocês, está decidido a mudar a realidade da distribuição dos profissionais de saúde no território brasileiro. Estamos tomando medidas concretas de estímulo e incentivo aos estudantes que optarem por regiões e por especialidades de maior interesse do Sistema Único de Saúde. Vamos investir pesadamente em saúde pública durante o meu governo.
Os estudantes e os médicos que se interessarem pelas demandas do Sistema Único de Saúde, vale dizer, pelas demandas de saúde do povo brasileiro, terão vantagens: descontos quando usarem o Fundo de Financiamento aos Estudantes do Ensino Superior, o FIES; descontos, ou melhor, o acesso a uma maior pontuação em residência quando optarem também por satisfazer as demandas do SUS. E eu asseguro a vocês: certamente vocês não ficarão sem trabalho. Nós temos consciência de que a saúde é uma das maiores preocupações do povo brasileiro, junto com a educação e a segurança pública.
Eu assumi, ao longo da minha campanha eleitoral, e agradeço a vocês os votos que eu recebi aqui em Pernambuco. Mas eu assumi três importantes compromissos, que se traduzem numa missão, uma missão que é uma missão que uma Presidenta da República tem de encarar. Eu quero dizer para vocês que essa missão é melhorar a qualidade do serviço público de Educação, de Saúde e de Segurança no Brasil. Eu vou buscar todas as formas de cumprir esse compromisso, de me aproximar cada vez mais da sua realização.
Eu queria dizer para vocês que o orçamento da Saúde no Brasil, ele tem crescido, no governo federal. Nesse último ano, ele se ampliou em R$ 10 bilhões. Nós lançamos vários programas que eu considero fundamentais, como o programa Saúde Não Tem Preço, que distribui 11 medicamentos contra hipertensão e diabetes em mais de 16 mil farmácias. Em julho, só para vocês terem uma ideia, 2,8 milhões de brasileiros obtiveram medicamentos gratuitos contra hipertensão e diabetes.
Lançamos o Plano Nacional de Fortalecimento das Ações de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo de Útero e de Mama, que vai atender a quase 16 milhões de brasileiras por ano. Queremos que todas, todas as brasileiras tenham acesso a exames para prevenir e, em caso de necessidade, tratar o câncer de forma célere e digna. Com a Rede Cegonha, nós queremos atender a 62 milhões de mulheres com uma gama completa de serviços: teste rápido de gravidez, pelo menos seis consultas durante o pré-natal, exames clínicos e laboratoriais, serviços do Samu Cegonha, vaga certa para realização do parto, atenção integral à criança até ela fazer dois anos. Enfim, apoio a todas as mulheres brasileiras que decidirem ter filhos.
Um país sempre vai se medir pela capacidade de atender suas mães e suas crianças. Por isso, nós temos muita necessidade de profissionais na área da Saúde.
Nós estamos também muito determinados em ampliar e qualificar toda a rede de oferta de serviços de saúde. Temos de reformar e ampliar Unidades Básicas de Saúde, temos de melhorar as Unidades de Pronto Atendimento, expandir leitos hospitalares, eliminar vazios assistenciais e, sobretudo, ter um olhar muito cuidadoso para as populações mais pobres, que precisam e querem, e têm direito a uma saúde de qualidade.
Todas essas ações, cujo mérito cada um de nós conhece profundamente como cidadãos e cidadãs, como profissionais da área da Saúde, exigem uma nova distribuição dos médicos no território brasileiro. Sem médico não há Unidade Básica de Saúde, sem médico não há Unidade de Pronto Atendimento ou hospital que funcione adequadamente, sem médico não há humanização do tratamento. Vamos enfrentar esse desafio.
Vocês, que hoje começam o curso de Medicina aqui em Garanhuns, são parte de nossa aposta na transformação do Sistema de Saúde. Passa por vocês o desafio de fazer do nosso SUS, cada vez mais, um sistema de saúde público que ofereça a todos os cidadãos brasileiros o acesso ao incontestável direito à saúde.
Meus caros, meus queridos estudantes de Medicina,
Caros cidadãos médicos daqui a seis anos,
Vocês escolheram a profissão certa, no lugar certo e no momento certo. Vocês nos ajudarão a fazer história em nosso país. Serão sujeitos e protagonistas de uma era de desenvolvimento e de uma era de prosperidade para o Brasil, para um país que se transforma em direção a uma sociedade muito mais democrática, inclusiva e muito mais justa. O futuro de vocês está começando aqui. Desejo a todos vocês um curso de profundo aprendizado, de profundo esforço, de muito estudo e uma carreira brilhante, plena de realizações e com muito sucesso.
Felicidades a cada um de vocês, queridos rapazes e moças do curso de Medicina da Universidade de Pernambuco, campus de Garanhuns.
Ouça a íntegra do discurso (29min56s) da Presidenta Dilma
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FOTO: Aula inaugural do curso de Medicina de Garanhuns da UPE (fonte twitter @governope)

Convidada por Eduardo para participar do evento de abertura do curso, coube à presidente Dilma ministrar a aula inaugural realizada no próprio campus da UPE. Falando durante meia hora para os futuros médicos, Dilma elogiou os números da geração de emprego no estado e comprometeu-se com a missão de investir “pesadamente” na educação e no Sistema de Saúde Único (SUS). http://twixar.com/216DQv57WcO
 
 
 
Convidada por Eduardo para participar do evento de abertura do curso, coube à presidente Dilma ministrar a aula inaugural realizada no próprio campus da UPE. Falando durante meia hora para os futuros médicos, Dilma elogiou os números da geração de emprego no estado e comprometeu-se com a missão de investir “pesadamente” na educação e no Sistema de Saúde Único (SUS). http://twixar.com/216DQv57WcO
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VÍDEO: Dilma visita interior e capital para lançar obras

AQUI: http://www.youtube.com/watch?v=cSjBJoNCXDg

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MATÉRIA: Governo chileno adia reunião com líderes estudantis para sábado


A esperada reunião entre o governo chileno e movimentos estudantis programada para esta terça-feira (30/08), foi adiada para este sábado (03/09). O objetivo do encontro é definir um plano de ação que estabeleça investimentos e mudanças no setor, colocando um ponto final nos protestos organizados pelos estudantes, que já duram três meses e mobilizaram todo o país.
O anúncio da nova data foi feito pelo ministro da Educação, Felipe Bulnes. As informações são da Agência de notícias Associated Press e da rádio BiobioChile.
Mais cedo, o secretário-geral do governo, Andrés Chadwick, informou o adiamento aos estudantes que participariam das negociações, sem explicar o motivo do adiamento. Entretanto, garantiu que o presidente Sebastián Piñera estará presente, e que a reunião será realizada no Palácio La Moneda.
O ministro da Educação, Felipe Bulnes, sinalizou que o encontro poderia acontecer nos próximos dias e disse estar trabalhando para encontrar uma nova data. “Estamos chamando ao diálogo, e isso supõe um acordo entre os diferentes envolvidos. Precisamos procurar o dia em que as agendas sejam compatíveis”, afirmou ao jornal El Mercurio.
“Estou muito esperançoso de que será durante esta semana. Na quarta-feira, na quinta ou na sexta-feira”, disse Bulnes.
Efe

Governo afirma que espera realizar a reunião ainda neste semana, no Palácio La moneda

Os estudantes exigem do governo garantias sobre os 12 pontos considerados essenciais para a reforma da educação no Chile, como mais investimentos no setor e garantias de ensino superior gratuito. O governo já apresentou três propostas, mas os estudantes e os professores não aceitaram nenhuma, qualificando-as de “insuficientes”.
Nesta segunda-feira (29/08), os estudantes decretaram um dia de luto em homenagem ao estudante Manuel Gutierrez, de 16 anos, morto por uma bala durante a paralisação geral na semana passada, em um subúrbio de Santiago.
Por sua vez, o Ministério do Interior anunciou a baixa do general Sergio Gajardo, chefe da polícia de Santiago que, na ocasião, descartou qualquer possibilidade de participação dos policiais na morte do estudante,sem sequer abrir investigação. O ministério afirmou que o oficial “se precipitou”.
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MATÉRIA: Greve paralisa 50% das técnicas federais


Mais da metade dos câmpus dos institutos federais e dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) estão sem aula. A greve de professores e funcionários começou no início do mês, com a volta das aulas, e a adesão tem crescido. Dos 403 câmpus do País, 220 estão com as atividades paralisadas – total ou parcialmente -, segundo o sindicato dos servidores da categoria, o Sinasefe.
Dentre os motivos da greve estão a reivindicação salarial, a reclamação por falta de infraestrutura básica de funcionamento de várias unidades e a posição contrária dos servidores à expansão da rede federal de ensino.
Na Paraíba, segundo o sindicado, os 9 câmpus estão parados. Em Alagoas, a situação é parecida, assim como em São Paulo e em Goiás – há paralisações, de acordo com o sindicato regional, nos câmpus das cidades de Uruaçu, Anápolis, Formosa, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Rio Verde, Urutaí e Goiânia.
“Temos câmpus funcionando no mesmo espaço em que já existe um albergue”, diz Nilton Gomes Coelho, presidente do sindicato do Estado de Alagoas.
Por lá, diz Coelho, todos os câmpus têm focos de paralisação, a maioria com 90% das atividades paradas. Alguns deles funcionam em prédios sem laboratórios e com frequentes quedas de energia e falta de água.”Isso acontece porque criaram o instituto, mas não construíram estrutura nenhuma, fomos colocados em prédios adaptados”, afirma.
Os 38 institutos federais foram criados em 2008, com a finalidade de oferecer ensino médio agregado à formação técnica, além de cursos superiores. Eles atendem 420 mil alunos e a rede vai aumentar: deve chegar a 600 mil matrículas em 2014 (leia mais nesta página).
Os sindicatos afirmam não ser contra a expansão, mas reivindicam uma infraestrutura melhor e mais servidores. “A expansão é promissora e valorizou o ensino, mas falta assistência”, diz Rosane de Sá, coordenadora do sindicato dos servidores de Goiás.
A falta de docentes concursados também afeta a qualidade do ensino, segundo os sindicatos. “Precisamos mais concursos para efetivar mais docentes”, diz o professor Laerte Moreira, do sindicato paulista.
A greve afeta a vida dos alunos. Victor Gaspar estuda no Instituto Federal de São Paulo e, desde o início do semestre, só tem as aulas dos professores temporários, que não podem aderir à greve. “Tenho aula de matemática e química, mas não a de física e nem a de eletricidade básica”, disse ele, que é aluno do ensino médio integrado à mecânica.
Salários
A questão salarial está em parte ajustada. Na sexta-feira passada, dia 26, foi assinado um acordo entre os Ministério do Planejamento e da Educação com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Os professores aceitaram 4% de acréscimo, mas afirmam que a proposta não recupera as perdas salariais dos últimos anos e pedem a retomada das negociações – a reivindicação é de 14,67% de reajuste.
A questão do reajuste dos funcionários é mais complexa porque ainda não há acordo e a data-limite para envio do orçamento a ser votado pelo Congresso é amanhã, dia 31.
“Está em cima da hora, por isso é difícil que aconteça”, diz Cláudio Koller, reitor do Instituto Federal Catarinense e diretor administrativo do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). Koller esteve ontem com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, Haddad constituiu um grupo de estudo e receberá o comando de greve na próxima semana.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, havia negociação entre a pasta e o Sinasefe, mas essa “foi suspensa de forma unilateral” porque o sindicato se retirou do processo de negociação e decidiu pela greve. Ainda segundo a assessoria, o governo entende que a “greve é uma manifestação de conflito” e, desde então, não houve mais negociações.
PARA LEMBRARPrograma vai expandir a rede
O programa de expansão dos institutos federais prevê a criação de mais 180 mil vagas no País. De acordo com o MEC, serão 88 câmpus até o final de 2012 e mais 120 até 2014, o que totaliza 208 novas unidades. Somando o número às 354 já inauguradas, serão 562 câmpus e 600 mil alunos.
Em abril, o governo federal anunciou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), iniciativa que objetiva a formação de mão de obra qualificada por meio de capacitação técnica e profissional.
O programa é uma promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff e promete ofertar, em quatro anos, 3,5 milhões de bolsas para jovens do ensino médio, beneficiários do Bolsa-Família e reincidentes do seguro-desemprego. O objetivo é que 8 milhões de pessoas tenham acesso à educação profissional de qualidade no País.
Crescimento
- 178 câmpus faziam parte da rede federal de escolas técnicas em 2008
- 354 é o número do fim de 2010, com a expansão da rede – que se deu com a criação dos institutos federais de ensino
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MATÉRIA: Cerca de 70% de crianças envolvidas com bullying sofrem castigo corporal, mostra pesquisa


Cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. É o que mostra pesquisa feita com 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos (SP) e divulgada hoje (30) pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams, da Universidade Federal de São Carlos.
Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. A pesquisa mostra ainda outros tipos de violência – 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai. “As nossas famílias são extremamente violentas. Depois, a gente se espanta de o Brasil ter índices de violência tão altos”, disse a pesquisadora, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu projeto de lei que tramita na Casa e que proíbe o uso de castigos corporais ou tratamento cruel e degradante na educação de crianças e adolescentes.
Segundo ela, meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying. “O castigo corporal é o método disciplinar mais antigo do planeta. Mas não torna as crianças obedientes a curto prazo, não promove a cooperação a longo prazo ou a internalização de valores morais, nem reduz a agressão ou o comportamento antissocial”, explicou.
Para a secretária executiva da rede Não Bata, Eduque, Ângela Goulart, a violência está banalizada na sociedade. Ela citou diversas entrevistas feitas pela rede com pais de crianças e adolescentes e, em diversos momentos, frases como “desço a cinta” e “dou umas boas cintadas” aparecem. Em uma das entrevistas, um pai explica que bater no filho antes do banho é uma forma eficiente de “fazer com que ele se comporte”. “Existem pais que cometem a violência sem saber. Acham que certas maneiras de bater, como a palmada, são aceitáveis”, disse.
Atualmente, 30 países em todo o mundo têm leis que proíbem castigos na educação de crianças e adolescentes, entre eles a Suécia e a Alemanha. “A lei é uma forma de o Estado educar os pais”, ressaltou o pesquisador da Universidade de São Paulo Paulo Sérgio Pinheiro.
Como forma de diminuir os índices de violência contra crianças e adolescentes em casa, os pesquisadores sugeriram a reforma legal, com a criação de leis que proíbam esse tipo de violência, a divulgação de campanhas nacionais, como as que já vêm sendo feitas, e a participação infantil, com crianças sendo encorajadas a falar sobre assuntos que lhes afetem. “A principal reclamação das crianças é que elas não aguentam mais serem espancadas pelos pais”, destacou Pinheiro.
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OPORTUNIDADE:Programa da ONU oferece vagas a jovens brasileiros nas áreas de ciências sociais, humanas e exatas



26/08/2011
O Secretariado-Geral das Nações Unidas incluiu o Brasil na lista de países participantes do Programa de Jovens Profissionais (YPP, em inglês) para o ano de 2011. As opções de carreira, nessa edição, são nas áreas de assuntos humanitários, informação pública e comunicação, administração e estatística.
As vagas devem ser preenchidas por profissionais de até 32 anos, que falem com fluência inglês ou francês e que possuam diploma em algum curso superior relacionado à área de atuação (ver tabela abaixo). A remuneração básica para quem for trabalhar em Nova York, por exemplo, varia de US$6.200,00 a US$10.800,00, por mês.
A busca por jovens, como no caso do YPP, pode ser um componente importante na mudança de cultura dentro de uma organização. “Em programas como esse o que se busca é o potencial, e não a experiência do profissional. Do ponto de vista da organização, isso traz benefícios a médio e longo prazo para mudança organizacional. Do ponto de vista do jovem profissional, é uma oportunidade de adquirir conhecimentos e habilidades para se desenvolver profissionalmente”, explica Alzira Silva, coordenadora de recursos humanos do PNUD Brasil.
O momento é oportuno para os brasileiros que querem ter uma carreira internacional. O crescente envolvimento do país nos fóruns multilaterais e organismos internacionais fez com que, nos últimos anos, aumentasse a demanda por brasileiros ocupando cargos nessas organizações. A lista de países elegíveis para o Programa de Jovens Profissionais é atualizada anualmente, e muda de acordo com o nível de representação que eles possuem no secretariado da ONU.
Embora existam vários atrativos para uma carreira na ONU, há alguns princípios centrais que devem guiar o candidato em sua escolha. “É fundamental que o profissional se identifique com a causa, a missão da organização. Esse é o primeiro passo para uma escolha acertada”, avalia a coordenadora.
Processo seletivo
As inscrições devem ser feitas online diretamente pelo site do Programa Jovens Profissionais. Depois de uma triagem inicial, os melhores candidatos de cada país farão uma prova escrita de conhecimentos gerais e específicos da área de atuação. Somente aqueles que se classificarem serão convidados para a entrevista. As cidades em que as provas serão realizadas ainda não foram definidas.Todo o processo é realizado em inglês ou francês, os dois idiomas oficiais do Secretariado da ONU.
Fonte:PNUD
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IMPORTANTE: Juventude está no centro do debate sobre alternativas para o desenvolvimento econômico


                 
28/08/2011
Entre tantas alternativas possíveis para o Século 21, duas se destacam. A primeira é baseada na retomada do crescimento econômico a partir da expansão do consumo, sobretudo nos países emergentes, sustentada por sistemas limpos de produção e tecnologias inovadoras de mitigação das mudanças climáticas. É a versão mais do mesmo, e se fia no argumento de que a tecnologia e o engenho humano serão capazes de resolver os problemas ambiental e social sem necessidade de alteração estrutural no motor que move o sistema: a expansão contínua dos bens de produção e consumo e de seus sistemas culturais associados.
A segunda argumenta que o sistema já caiu pela impossibilidade material desta mesma reprodução. Afinal, a capacidade de reposição ecológica do planeta já é superada anualmente em 30%, num momento em que bilhões de pessoas sequer acessaram a chamada classe mundial de consumo. E como este promete ser o século dos países em desenvolvimento e dessa gente toda que estava aí excluída dos “benefícios” da globalização, restaria tomar a sério a questão imediata do porvir: se o objetivo propagado destes países é assegurar a seus cidadãos as mesmas condições de vida que há nos países ricos, e se é sabido de antemão que isto é materialmente impossível, como a humanidade resolverá então seu dilema de perpetuar-se garantindo oportunidades e condições de vida digna para todos, com respeito aos gigantescos patrimônios ambientais e culturais do planeta?
A disputa é travada no momento em que 1,2 bilhão de pessoas são jovens e têm entre 15 e 24 anos.
Segundo estimativas do último Relatório das Nações Unidas para a Juventude – oportunamente dedicado às mudanças climáticas –, praticamente uma em cada cinco pessoas vivas hoje no planeta é jovem e tem entre 15 e 24 anos. Deste total, a vasta maioria – pouco mais de um bilhão –, vive em países em desenvolvimento, e 760 milhões estão em países da Ásia e da África, onde pelo menos um terço da população ganha menos de US$ 2 por dia. Estão, portanto, apartados do sistema de consumo. E respondem por 40% do desemprego global, embora sejam 25% da força produtiva.
As conclusões do relatório da ONU não são animadoras. Começam pelo reconhecimento da não efetivação dos quatro objetivos destacados pela Agenda 21, na Rio 92, para garantir aos jovens canais de participação nos sistemas de decisão pertinentes às mudanças climáticas, embora seja determinante a resposta que vão dar a este dilema.
Afinal, a idade aqui não é propriamente o mais relevante. O decisivo é o que define este momento precioso da vida: gente entre a infância e a vida adulta, que vislumbra uma carreira, um norte de atuação pelo trabalho e a formação possível para encaminhá-la. Que já tem certa independência financeira, mas ainda é experimental em seu comportamento, influenciando simultaneamente os dois lados da pirâmide: os mais jovens e os mais velhos. E que responderá pela condução deste mesmo debate, num futuro muito próximo, tão logo passe a ocupar a liderança organizacional em todos os seus níveis: governos, empresas e terceiro setor.
Ouvir o jovem, portanto, é fundamental. E empoderá-lo pode levar a caminhos promissores, a depender dos resultados de estudos que situam a juventude diante deste desafio.
Um deles é a reveladora pesquisa Sonho Brasileiro, realizada pelo instituto BOX1824, que foi a 173 cidades em 23 Estados perguntar a jovens de 18 a 24 anos por seus sonhos. Segundo o estudo, nada menos que 91% dos jovens brasileiros acreditam que hoje as pessoas consomem mais do que precisam, e 67% concordam que é possível transformar uma comunidade sem ser a partir do dinheiro. Mais do que isso, 74% dizem ter vontade de participar de projetos comunitários, e apenas 5% declaram ter o sonho de ficar ricas.
A bola está quicando, e pode ser que este jovem a pegue.
Fonte: Carta Capital/ Juventude e Mudanças Climáticas/ Vinicius Carvalho
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OPINIÃO: Mais um suicídio no Campus. Até quando?

FONTE: http://www.juizocomido.com/2011/08/mais-um-suicidio-no-campus-ate-quando.html


Eu já estava me preparando pra dormir quando vejo mensagens sendo retuitadas informando de mais um suicídio no CFCH. O fato aconteceu no começo da noite mesmo assim não houve interrupção de aulas ou qualquer informação dadas nos centros. Pelos posts que vi não era um aluno da UFPE mas o que importa, essas notícias chocam do mesmo jeito, seja de onde for a pessoa.



Sei que noticiar o fato iria gerar tumulto mas sinto uma falta de respeito. O que mais me incomoda é a intransigência da Reitoria quanto ao fato. Suicídio são regulares no CFCH e demostram que não é só um problema comum na sociedade e sim falta de apoio acadêmico e de gestão da segurança no campus. Estudei no CFCH e no CCSA e nunca vi qualquer panfleto colado em mural oferecendo apoio psicossocial.






No Brasil a taxa de suicídios é de 4,9 pra cada 100.000 habitantes, tendo a UFPE uma "população" de 30.000 pessoas e chegando a 2 suicídios em um ano (em julho uma estudante se jogou do CFCH) a taxa equivalente é o sensivelmente maior que da população brasileira chegando a ser 36% maior.

 
Considero que, em sua maioria, alunos da UFPE gozam de certa estabilidade social e econômica e por isso era de se esperam uma taxa menor do que a população brasileira como um todo. Sei de que muitos sofrem pressão seja de familiares seja de professores ou até mesmo de si próprios.





Não basta apenas falar, de início julgo procedente a necessidade de controle total do acesso aos andares mais altos dos centros da UFPE. O aumento no número de seguranças e melhorias no sistema de grades do CFCH (e outros prédios altos) também se faz relevante.
Mas nem só de restrições se faz a segurança, é importante um trabalho de conscientização junto aos alunos, divulgação da clinica psicológica (inclusive pela internet), orientação quanto ao trabalho da PROACAD, palestras motivacionais, maior proximidade entre alunos e professores, incluindo aí avaliações psicológicas.


Talvez tudo isso surta pouco efeito mas se uma pessoa tirar uma ideia triste como essa da cabeça já terá valido a pena
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Uma homenagem aos que a vida se torna o fim



Hoje mais um ser humano tornou a sua própria vida o fim. Vimos semanas atrás um caso semelhante, que não deve ser mais um “outro”. O vídeo que postamos naquela ocasião voltamos a republicar agora. Ele mexeu com aqueles que assistiram. Nossas orações e reflexão a essas pessoas e os seus entes queridos. Em memória deles, que sentem dor, emoção, alegria, medo, alegria, tristeza e talvez arrependimentos ....

Assistam:


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Imagens do protesto na Unicap hoje (29 ago 2011)





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