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quinta-feira, 30 de junho de 2011

MATÉRIA:Covest divulga lista dos que solicitaram incentivo na nota do Vestibular 2011.2

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/06/29/covest-divulga-lista-dos-que-solicitaram-incentivo-na-nota-do-vestibular-20112-280137.php


Relação

Publicado em 29.06.2011, às 10h42

Do NE10
A Comissão do Vestibular da UFPE (Covest) divulgou, na manhã desta quarta-feira (29), a relação dos candidatos de escolas públicas que solicitaram bônus de 10% na nota de classificação do vestibular 2011.2 para os cursos de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

LEIA MAIS:
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Vestibular para cursos das engenharias acontece nos dias 10 e 11 de julho

Confira AQUI os nomes que constam na lista de incentivo. A lista, que foi divulgada no site da Covest, também estará disponível na sede da Covest, no Derby.

Caso o candidato deseje fazer qualquer modificação na solicitação, ele deve acessar o site da Covest a partir desta quinta-feira (3) até o dia 02 de julho, "entrar" no seu Documento de Registro de Cadastro (DRC) e fazer as mudanças necessárias.
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terça-feira, 28 de junho de 2011

MATÉRIA: Usuários de internet devem tomar cuidados para evitar ataques a dados pessoais

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/tecnologia/noticia/2011/06/25/usuarios-de-internet-devem-tomar-cuidados-para-evitar-ataques-a-dados-pessoais-279485.php


Tecnologia // Alerta

Publicado em 25.06.2011, às 17h51

Do NE10


http://www2.uol.com.br/JC/HTML_PORTAL/cotidiano/imagens/ataqueG.jpg

A invasão de hackers a sites oficiais do governo não pode ameaçar o uso da internet nem amedrontar as pessoas. O alerta é do especialista em crimes eletrônicos e segurança na internet Marcelo Lau, considerado uma das autoridades brasileiras no assunto. Segundo ele, é necessário, no entanto, redobrar os cuidados, como evitar a exposição de dados pessoais e fotografias.

Lau disse que fotografias e informações, como endereços, números de documentos e contas, podem ser utilizados por hackers. O especialista acrescentou que é preciso que os usuários da internet se resguardem, preservando informações privadas e, sobretudo, guardando mensagens quando desconfiarem de ameaças.

“Tome cuidado ao responder mensagens”, disse Lau. “Evite postar fotos e locais onde você está”, acrescentou. “Se houver alguém denegrindo sua imagem, procure um especialista.”  Ele lembrou que é necessário “não ter ações precipitadas”, como eliminar mensagens e agir rapidamente. “[Mas] não se deve ter medo de usar a tecnologia por causa desses ataques.”

Lau lembrou ainda que as pessoas podem ter certeza que “não existe anonimato absoluto” capaz de proteger e preservar os hackers de serem identificados.
Fonte: Agência Brasil
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segunda-feira, 27 de junho de 2011

CONVOCAÇÃO: PÓS-GRADUAÇÃO OU PÓS-SEGREGAÇÃO? POR UMA POLÍTICA HUMANISTA, AUTÔNOMA E EDUCATIVA.

FONTE: LISTA DE E-MAILS

PÓS-GRADUAÇÃO OU PÓS-SEGREGAÇÃO?
POR UMA POLÍTICA HUMANISTA, AUTÔNOMA E EDUCATIVA.
(UMA OUTRA PÓS É POSSÍVEL!)

Estudantes da graduação e da Pós, particularmente, leiam este manifesto. Diz respeito, também, a nós.

O Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da UFPE, deu um ultimato a 15 docentes: publicar até dezembro de 2011, em periódico B2.
Esta posição do Programa reflete a orientação da CAPES quanto ao seu modelo de “avaliação” imposto aos Programas de todo o País. Tal “orientação” quantitativista, racionalizadora e punitiva (e não avaliativa), contradiz a orientação do SINAES no qual a UFPE está inserida.
Na perspectiva da autonomia e da emancipação, o SINAES prega que “a avaliação educativa precisa questionar os significados da formação e dos conhecimentos produzidos em relação ao desenvolvimento do país, ao avanço da ciência e à participação ativa dos indivíduos que constituem a comunidade educativa na vida social e econômica”. A “autoavaliação institucional deve ter, portanto, um caráter educativo (..) devendo ser evitados rankings e classificações através de notas, menções e distintos códigos numéricos, alfabéticos e outros”.
Essa política de submissão, adotada pelo Programa, não é a melhor saída, pois obriga docentes-pesquisadores a canalizarem suas energias e criatividade aos veículos que hierarquicamente são definidos pelos burocratas de Brasília. A aprovação “por unanimidade” (por aqueles que sofrerão a punição), representa bem a debilidade psíquica que se encontram estes: para não serem identificad@s como incompetentes, participam da própria guilhotina. É jogar e legitimar o jogo que já define sua própria derrota injustamente
A expulsão dos docentes não garante a qualidade do Programa.
Há uma questão ética nesse debate, apesar de não acreditarmos nessa possibilidade: @s docentes envolvid@s nas decisões podem votar critérios e expulsões por interesses próprios. Por não “simpatizar” com tal ou qual, ou por melhorar seu currículo, ficando com os orientand@s daqueles/as que foram afastad@s.
O sofrimento e a geração de enfermidades são grandes problemas neste mercado de trabalho, decorrente dessa política desumana. Depressão, síndrome de pânico, doenças psicossomáticas, cânceres estão associadas à redução do universo humano à competição e à competência (quase sinônimos).
Defendemos que a discussão não deve se reduzir a critérios de punição, mas a discussão da finalidade, valores e missão do Programa. Está na hora de discutirmos “Pra que e Pra quem” serve um Programa de Pós-Graduação em Educação. Precisamos discutir a qualidade da formação que nós estudantes recebemos quanto aos aspectos intelectual, ético e político-pedagógico. Nós precisamos ser incluídos neste debate – não apenas da “avaliação punitiva”, mas quanto às decisões gerais e à própria existência deste Programa. O Programa precisa ser democratizado. Não é mais aceitável que os estudantes tenham apenas um representante no Pleno. Queremos uma forte ampliação na participação do Pleno, incluindo estudantes da graduação e servidores. Isto sim, em nosso entendimento, é condição para avaliação sistemática e permanente. 
Não podemos esquecer que as decisões do Pleno da Pós, que é uma instituição pública, dizem respeito não somente aqueles que participam dele, mas a todos que sofrem seus efeitos: estudantes da graduação, pós-graduação, docentes, servidores técnico-administrativo e a sociedade em geral.
Esta medida, aprovada no Pleno da Pós, surtirá efeito na qualidade da democracia da instituição:
1) diminuindo o acesso dos estudantes da graduação à Pós-Graduação;
2) sobrecarregamento dos docentes com orientações, em medida que @s docentes que ficarem terão que assumir @s estudantes que perderam @s docentes pela expulsão;
3) ferindo o princípio da instituição: “A pesquisa como princípio educativo”;
4) ferindo a qualidade das orientações e do ensino com o sobrecarregamento dos docentes.

Neste sentido, não podemos ficar assistindo decidirem sobre nossas vidas, como sempre tem acontecido. De que educação e política falamos, se nos omitimos ou somos coniventes com estas práticas? Julgamos indispensável construir movimentações públicas que coloquem o problema na agenda. Algumas ações já estão sendo encaminhadas. Junte-se a elas. Promovamos outras. Façamos realmente valer o discurso da democracia e de uma educação transformadora!



Prezados/as, como estão?

Venho através desta reforçar o informe acerca da reunião que será realizada no Diretório Acadêmico(SALA 48) de Pedagogia-CE-UFPE, a partir das  18h dessa terça-feira(28/06) para discutirmos a Pós-Graduação em Educação na UFPE, haja vista a publicização de documentos(como por exemplo, o Manifesto anexo, que circulou inicialmente na lista dos integrantes do Programa de Pós-Graduação) e reações por parte de estudantes e professores que não concordam com a política de manutenção e retirada de professores do quadro do referido Programa,os rumos tomados diante desses posicionamentos, assim como outros aspectos.

Acredito de relevância fundante a atuação de estudantes, servidores e docentes  para incluir nesse momento  a Pós-graduação em Educação , de maneira fundamentada, nesse  espaço de discussão. 
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EXPOSIÇÃO: AFRICA AWAY FROM HOME

FONTE: http://cultura-contemporanea.blogspot.com/2011/06/exposicao-africa-away-from-home_25.html


A exposição Africa away from home (África fora de casa) encontra-se no MAB (Museu da Abolição), no Recife. Trata-se de um primeiro módulo experimental, que integrará o acervo do Museu Digital da Memória Africana e Afro-brasileira.

A pesquisa foi realizada pelo antropólogo, professor e pesquisador Antonio Motta (LEC), com a participação de vários estudantes africanos: Adélia Mendes (Guiné-Bissau); Braima Mané (Guiné Bissau); Bubacar Valdez (Guiné-Bissau); Edimilza Djassi (Guiné-Bissau); Ismael Tchan (Guiné-Bissau); Lassana Danfa (Guiné-Bissau); Lucy Ribeiro (Cabo Verde); Matos da Silva (Guiné-Bissau); Sheila Tavares (Cabo Verde); Rômulo Rosa (Angola) e Serge Katembera (Congo). A montagem e direção de imagens são de Charles Martins.

A proposta é compreender alguns processos de negociação e de trocas diversas entre redes de estudantes de países africanos, não apenas de língua portuguesa. O foco são os trânsitos e fluxos culturais, pois permitem pensar e problematizar a idéia de cultura não mais como uma substancia fixa a um lugar ou a uma determinada experiência ou referência localizada, mas a partir de suas formas dinâmicas e processuais. Tal fenômeno, de certo modo, manifesta-se através da circulação de estudantes e de objetos, dos trânsitos de informação, de símbolos e de valores, bem como de diferentes dinâmicas de mediação cultural, ou seja, “objetos em movimento”.

Todavia, o dado singular dessa nova realidade não é apenas a mobilidade de estudantes estrangeiros no Brasil, de objetos e seus diferentes trânsitos, mas as redes de conexão que se formam a partir deles e, com elas, a expansão de tecnologias da informação e a possibilidade cada vez maior de comunicação. A partir de certos fluxos e interconexões é possível que diferenças e semelhanças culturais possam dialogar com coletividades construídas à distância ou até mesmo comunidades imaginadas? Como negociar sentimentos de pertencimentos, laços de reciprocidade e de solidariedade em contextos de descontinuidade espacial?

CONFIRA NO CURTA:


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domingo, 26 de junho de 2011

MATÉRIA: Jovem quer estudo e trabalho

FONTE: http://www.ondajovem.com.br/materiadet.asp?idtexto=541



Matéria publicada na Edição 21 - janeiro de 2011 - Palco Juvenil

Pesquisa aponta que o maior sonho do jovem brasileiro entre 18 a 24 anos está relacionado à formação profissional e ao emprego.


O grande sonho individual do jovem brasileiro é ter uma boa formação profissional e um emprego, seguido pelo desejo de ter a casa própria e dinheiro. Foi o que apontou a pesquisa "O Sonho Brasileiro", que procurou mapear o que querem os mais de 26 milhões de jovens de 18 a 24 anos que vivem no país.

— Existem alguns sonhos, mas a gente vê que existe uma vontade de ter um sonho comum para a nação, um sonho positivo onde se projeta o futuro do Brasil. Mas existem os sonhos declarados. A gente fez a pergunta: Qual o seu maior sonho? e viu que, no nível mais individual, o grande sonho está ligado à formação e ao estudo, em estudar para ser alguém — explica Carla Mayumi Albertuni, pesquisadora e sócia da Box1824, empresa responsável pelo estudo e que faz mapeamento de tendências de comportamento na sociedade.

Na resposta sobre o sonho de cada um, o resultado foi que 55% das respostas eram relacionadas à formação profissional e ao emprego, 15% ao desejo da casa própria e 9% à família. Já entre os sonhos coletivos, para 31% dos jovens os sonhos estão relacionados à reparação de situações como a violência e a corrupção. Eles se preocupam com os índices negativos do país com relação à violência (18% das respostas) e corrupção (13%).

Outra parte desses jovens (28%) tem sonhos de realização, ou seja, espera que o Brasil melhore nas questões envolvendo emprego (10%), igualdade social (10%) e educação (8%) e que dê fim à miséria (8%). O jovem hoje também está mais orgulhoso de ser brasileiro. Cerca de 89% dos entrevistados afirmaram ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro e 75% disseram que o Brasil está mudando para melhor.

Essa visão mais positiva com relação ao país, segundo a pesquisadora, é também consequência da maior estabilidade econômica atravessada pelo país nos últimos anos.

— É um jovem que já não se preocupa com inflação e com grandes questões econômicas. O que está mais preocupando ele atualmente é a política, mas economicamente ele já nasceu num país que está acontecendo — diz Carla.

O estudo também apontou que 92% dos jovens acreditam que suas ações podem mudar a sociedade, mas apontou uma descrença na política institucionalizada. Segundo a pesquisa, 59% dos jovens afirmaram não ter nenhum partido político de preferência e 83% deles acreditam que a concentração de poder nas mãos de poucas pessoas é causadora dos problemas mais graves do país.

— O que vemos é uma descrença na política institucionalizada e o começo de um sentimento de que as coisas podem acontecer a partir das próprias pessoas e de que não se precisa esperar que as coisas caiam do céu — afirmou a pesquisadora.

A pesquisa foi feita em duas etapas. A primeira foi qualitativa, com 1,2 mil abordagens a jovens das classes A, B e C, entre 18 e 24 anos, das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. A segunda etapa foi quantitativa e pegou uma amostra representativa de toda a população jovem brasileira dessa faixa etária. Nessa fase, foram entrevistados 1.784 jovens, de todas as classes sociais, em 173 cidades de 23 estados brasileiros.

Fonte: Zero Hora - RS
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MATÉRIA: Os benefícios da atividade física para os concurseiros

FONTE: http://www.lutadeumconcurseiro.com/?p=7757


Mais de oito horas de estudo, distribuídas entre aula no cursinho, leituras e resolução de questões, fazem parte da rotina diária de muitos concurseiros que decidiram investir todo o seu tempo na preparação para ingressar no serviço público. A vontade de passar e conseguir cumprir todo o conteúdo programático exigido no edital do concurso é tão grande que o estudante não pretende perder um minuto sequer do seu horário de estudo. Porém, muitas vezes, é preciso perder algo, para conseguir ganhar mais na frente. O concurseiro experiente sabe da importância de reservar, no mínimo, uma hora do seu dia para praticar alguma atividade física, pois assim colherá inúmeros benefícios que farão a diferença em sua preparação.
De acordo com o especialista em concentração, memorização e leitura dinâmica, Mauro Alessi, a concentração, tão importante e fundamental no desempenho de determinadas atividades, depende 50% do estilo de vida, que inclui qualidade do sono e da alimentação e a prática de exercícios físicos. “Ficar trancado o dia inteiro no quarto ou virando noite para estudar, sem fazer atividade física, faz com que você perca a concentração. É importante tirar um tempo do dia para fazer uma malhação, uma natação, um cooper. Isso oxigena melhor o cérebro e no conjunto, em termos de 50%, você vai ter uma melhor concentração”, explica o especialista. Como a concentração é um dos quatro pilares fundamentais para o desenvolvimento da memória, segundo Mauro Alessi, praticar exercícios físicos também é essencial para se ter um processo de memorização eficiente.
A prática de exercícios é fundamental para o concurseiro
Além de melhorar a concentração, incluir a atividade física na rotina diária faz com que o concurseiro sinta menos dores por permanecer várias horas estudando em uma mesma posição. “Quem permanece muito tempo na mesma posição, no caso do concurseiro é sentado, fica com a musculatura cansada, daí a necessidade de ter o fortalecimento dos músculos. Quem tem a musculatura fortalecida fica mais tempo estudando numa posição correta sem ter dor e consegue se recuperar mais rápido do cansaço causado pelas horas de estudo”, sugere a educadora física Mary Fonseca. A profissional diz ainda que, independente da atividade a ser feita, os exercícios oferecerão ao estudante um sono de maior qualidade, além de aliviar o estresse. “Quem faz exercício dorme melhor e quem dorme melhor fixa com mais facilidade o que foi estudado. Isso sem falar no relaxamento que o exercício proporciona”, diz a educadora física.
Para Mary Fonseca, a atividade a ser feita pelo estudante deve ser uma que lhe dê prazer. Porém, a educadora física aposta na combinação de exercícios aeróbicos e musculares para as pessoas que estão estudando para concursos públicos. A dica da profissional é fazer as atividades, no mínimo, três vezes por semana e, no máximo, seis vezes. O estudante que não possui recursos financeiros para pagar uma academia pode investir em caminhadas em parques e praias. Diante de tantos benefícios para os estudos, proporcionados pela atividade física, o concurseiro precisa reavaliar o seu estilo de vida e perceber que a preparação para um concurso vai além dos livros e paredes de cursinhos.
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MATÉRIA:Brasileiro José Graziano da Silva é eleito para dirigir FAO

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/935062-brasileiro-jose-graziano-da-silva-e-eleito-para-dirigir-fao.shtml

26/06/2011 - 10h37
DE SÃO PAULO
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O brasileiro José Graziano da Silva, 61, foi eleito para o cargo de diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), derrotando o espanhol Miguel Ángel Moratinos.
Graziano será o primeiro latino-americano a presidir a instituição encarregada de combater a fome no mundo. Ele sucede o senegalês Jacques Diouf, que ocupou o cargo de diretor-geral durante 17 anos.

Moacyr Lopes Junior-7.fev.2010/Folhapress
O brasileiro José Graziano da Silva foi o candidato mais votado para presidir a FAO, derrotando o espanhol Moratinos
O brasileiro José Graziano da Silva foi o candidato mais votado para presidir a FAO, derrotando o espanhol Moratinos


Em votação de segundo turno, o brasileiro obteve 92 votos, sendo apoiado pela Indonésia e os chamados "países não-alinhados"do G-77, entre eles, boa parte da África. No primeiro turno, Graziano já havia superado Moratinos por 77 a 72 votos. As eleições foram realizadas neste domingo, em Roma.
Seu mandato vai de 1º de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015. Ele terá pela frente a dura tarefa de reformar um organismo internacional sob críticas pesadas --a instituição já foi acusada de ser vagarosa e desperdiçar dinheiro na execução de seus programas para combate a fome.
Graziano, que ocupa o cargo de diretor regional da FAO desde março de 2006, foi ministro da Segurança Alimentar e do Combate à Fome durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Na pasta, o agrônomo e economista foi coordenador da elaboração do programa Fome Zero.
Durante sua permanência na FAO, conseguiu que os países da América Latina e Caribe fossem os primeiros em nível mundial a assumir o compromisso de erradicar a fome antes de 2025.
O PAPEL DA FAO

A FAO, criada em 1945 com sede em Roma, conduz as atividades internacionais encaminhadas a erradicar a fome em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.
Na prática, a organização viabiliza fóruns de discussão entre os países, para que eles possam se encontrar e negociar acordos.
Também é papel da FAO proporcionar conhecimento através de estudos e análises, além de fornecer assistência técnica e realizar projetos junto a 191 países.
Mas os principais projetos da FAO dizem respeito à luta contra a fome. Em setembro, a organização divulgou que a subnutrição no mundo diminuiu pela primeira vez em 15 anos. Segundo o relatório, em 2010 o número de pessoas subnutridas caiu de 1,02 bilhão para 925 milhões.
Para se ter uma ideia, as metas do milênio estabelecidas pela ONU falam na redução pela metade do número de subnutridos até o ano de 2015. Para cumprir a meta, daqui três anos este número terá de estar em cerca de 400 milhões de pessoas.
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

MATÉRIA: Com quase 3.000 emendas, PNE (Plano Nacional de Educação) deve ficar para 2012

fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/wesoswehec.mmp

 

Com quase 3.000 emendas, PNE deve ficar para 2012

O projeto de lei que criará o novo PNE (Plano Nacional de Educação), enviado ao Congresso Nacional no fim de 2010, recebeu 2.919 emendas parlamentares na comissão especial que analisa a matéria na Câmara. O documento irá estabelecer 20 metas educacionais que o país precisa cumprir até o fim da década. O relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), tinha previsão de terminar o relatório em agosto, mas, diante do número recorde de emendas, o texto deve ser concluído em setembro.

Depois da apresentação do relatório, abre-se novo prazo para apresentação de emendas. O presidente da comissão especial, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), prevê que a tramitação do plano na Câmara seja concluída até novembro, quando o texto será encaminhado ao Senado. Apesar de boa parte das emendas serem repetidas, a comissão discute com o centro de informática da Casa a criação de um software que seja capaz de classificá-las por tema para facilitar a análise por parte do relator. Gastão defende que não deve haver pressa para aprovar o novo PNE, apesar de o plano anterior ter perdido sua validade em dezembro de 2010 e o prazo de implantação do próximo ter começado neste ano.

“Todos os movimentos sociais queriam que o plano fosse aprovado o mais rápido possível, mas essa pressão até já diminuiu um pouco. É um plano que vai mexer com toda a estrutura da educação brasileira, não dá para fazer dessa forma. Temos os problemas de financiamento, por exemplo, que o próprio ministro não conseguiu dizer claramente qual será a solução”, explica Gastão.

A meta de número 20 do plano é uma das mais polêmicas: ela prevê que o país amplie para 7% do PIB (Produto Interno Bruto) o percentual de investimento público em educação – hoje esse patamar é em torno de 5%. Boa parte das emendas querem alterar a meta para 10%, atendendo a uma reivindicação das entidades da área.

Para a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, a questão do PIB é uma “ficção”: não adianta determinar o aumento dos investimentos se o plano não indicar quais serão as novas fontes de recurso. “A participação é tão grande [da apresentação de emendas], mas me preocupo se de fato a gente vai ter um documento com as características de um plano nacional, que não pode entrar no detalhe e querer determinar políticas para Estados e municípios, ele precisa ser mais macro”, afirma.

Ela avalia que o debate é importante e que todas as emendas precisam ser avaliadas, mas defende que o próximo PNE precisa ser factível para que não se repita o que ocorreu no plano anterior, quando a maioria das metas foi descumprida.

“Eu adoraria ter metas com 100% das crianças aprendendo e 100% das crianças na creche, é claro. Mas temos que entender que há um caminho para chegar lá. O plano precisa ser ao mesmo tempo ambicioso e factível”, acredita.

Seguindo para o Senado em novembro, o PNE passará por uma nova rodada de discussões em um ano de eleições municipais. “O PSDB, que é oposição, é muito ativo no Senado, especialmente nos temas de educação. Também temos que conciliar os anseios dos planos com os dos governadores e no Senado há muitos ex-governadores. Ninguém aprova um documento com tanta complexidade em um prazo curto”, avalia Gastão.

(Agência Brasil)
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MATÉRIA: Professor da UFPE é indiciado por assédio


FONTE: Jornal do Commercio, Recife, 23 de junho de 2011, Capa Dois

A Polícia Civil indiciou pela prática de ato libidinoso o cientista político Jorge Zaverucha, professor da Universidade Federal de Pernambuco. O professor universitário é acusado de, no último dia 26 de maio ter constrangido uma aluna de mestrado, dentro de sua sala no Departamento  de Ciência Política da UFPE. Ele teria apalpado seios, nádegas e tentado beijar a vitima à força. No relatório assinado pelas delegadas Gerluce Maria Monteiro Almeida Ferreira, Zaverucha foi enquadrado nos artigos 213 (estupro) e 71 (crime continuado) do Código Penal Brasileiro.
As duas delegadas basearam  o indiciamento do cientista político no depoimento de testemunhas que confirmaram  a versão da vítima.  Um dos principais  relatos é de um funcionário do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) que teria visto o momento em que a aluna descia as escadas do prédio   em pânico e era seguida pelo professor. Além disso,  uma segunda mulher, ex-orientanda   de Zaverucha, se apresentou    à  polícia e relatou abuso semelhante  que teria ocorrido em novembro de 2006. 
Nas duas acusações, as estudantes  teriam  sido chamadas pelo professor para uma reunião em sua sala e, ao chegar lá, teriam sido agarradas.
O cientista político Jorge Zaverucha compareceu à Delegacia da Mulher  para prestar depoimento, na companhia de seu advogado Gilberto Marques. Diante das duas delegadas, o professor disse que só iria se manifestar em juízo.
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HERANÇA - MATÉRIA: Pesquisa iniciada por Alcides do Nascimento é concluída após dois anos de estudos

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2011/06/19/pesquisa-iniciada-por-alcides-do-nascimento-e-concluida-apos-dois-anos-de-estudos-278555.php


Saúde // SANGUE

Publicado em 19.06.2011, às 17h47

Elisa Jacques* Especial para o NE10
http://www.estouro.com.br/divulgacao/alcides.jpg
O estudante de biomedicina da UFPE foi morto em fevereiro de 2010 (Foto: Divulgação / Edição: NE10)
Cansaço e respiração forçada são os principais sintomas de quem apresenta a deficiência de G6PD (Glicose-6-Fosfato-Desidrogenase), enzima que protege as células vermelhas do sangue contra o estresse celular. Quem tem a enzima consegue vencer o estresse tranquilamente, já os doentes (aqueles que não possuem), acabam não desenvolvendo a reação de defesa, capaz de impedir a produção de radicais livres destruidores das células. Em Pernambuco, 5% são portadores dessa doença.

Isso é o que diz a pesquisa “Investigação Molecular da Deficiência de G6PD em doadores de sangue do Estado de Pernambuco”, do médico hematologista e coordenador de grupos de pesquisa sobre doenças do sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Anderson Araújo.

O estudo, iniciado em 2009, contou com a participação do estudante de biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Alcides do Nascimento Lins, assassinado em fevereiro de 2010. Mesmo com a fatalidade, já em abril daquele mesmo ano, foi dado continuidade ao projeto. Outro participante, Fernando Baltar, também vinculado ao curso de biomedicina da UFPE, assumiu o lugar de Alcides.

“Acredito que ele [Alcides] tenha feito o mais difícil: formulou as padronizações para iniciar a pesquisa, coletou as amostras, criou e deixou as planilhas organizadas, além disso, foi ele quem escreveu o próprio projeto da pesquisa”, afirmou Fernando.

LEIA MAIS
» Relembre o especial do NE10 sobre a vida e a morte de Alcides
» Confira o depoimento de Anderson Gomes e a relação de Alcides com o Hemope

A apresentação oficial dos dados do estudo ocorrerá apenas em julho, mas o grupo de pesquisa que também envolve os pesquisadores Marcos André Bezerra e Betânia Lucena, alerta que a maioria dos portadores não identifica a doença, por ela ser silenciosa e não prejudicar as práticas cotidianas. “O mais incrível é que eu tenho certeza que, de todos os doadores de sangue positivos para a doença, nenhum fazia idéia da presença dela”, afirmou Fernando.

http://www.estouro.com.br/divulgacao/baltar.jpg
Pesquisadores deram continuidade ao projeto: Fernando Baltar (D) foi quem substituiu Alcides (Foto: Elisa Jaques/Especial para o NE10)

De tão silenciosa que é, a deficiência de G6PD acaba passando despercebida por quem a possui. “Eu só descobri que tinha a doença há duas semanas, por causa das aulas práticas da faculdade em que foram coletadas amostras de sangue dos alunos para testes”, declara a estudante universitária Priscila Aragão.

No entanto, o paciente com G6PD não sofre riscos, mas em casos de mutações graves, precisa de transfusão sanguínea. É o que já apontava uma pesquisa desenvolvida há mais de 10 anos em São Paulo pela Unicamp. “A pessoa consegue viver normalmente, mas quando entra em contato com alimentos como a fava e medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios, eles tem uma crise anêmica. A mortalidade é praticamente zero, é só saber viver com a doença, levando em conta suas limitações”, completou Fernando.

* Participante do curso de Divulgação Científica da UFPE
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sábado, 18 de junho de 2011

VÍDEO: a banda mais bonita da universidade [UFPB] - Parte II - Making OF

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REUNIÃO: Encontro por um pacto pela paz na UFPE

"Universidade é espaço de encontro, troca e comunhão. Comunhão de crise, de conflitos, ignorância e saber".

Essa frase do professor Sandro é a base para o encontro do dia 22, as 14 horas, no auditório João Alfredo (Reitoria). Deve-se chamar também, lideranças estudantis. E os servidores técnicos-administrativos e docentes.
Para desarmar os espíritos. E contar com a boa vontade todos.
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ENTREVISTA: Entrevista da Amanda Gurgel no congresso em foco.

FONTE: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=12&cod_publicacao=37468




“Não sou uma heroína”, diz Amanda Gurgel
Professora do Rio Grande do Norte, que virou celebridade instantânea no Youtube, ainda se surpreende com a repercussão do depoimento em audiência pública em seu estado, em que fala sobre a situação dos professores brasileiros
Blog da Amanda
Celebridade na internet após depoimento sobre professores, Amanda Gurgel não quer ser vista como mártir ou heroína
Na manhã da última quarta-feira (15), a sessão ordinária da Comissão de Educação foi aberta com o anúncio da presença de integrantes da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), órgão representativo de entidades sindicais brasileiras. Entre eles, estava a professora potiguar Amanda Gurgel, que alcançou o status de celebridade instantânea na internet por conta de um depoimento dado em audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 10 de maio.
Logo que seu nome foi anunciado, começaram os comentários de pessoas presentes à sessão. Eles eram uma mistura de surpresa e admiração. Falavam de como seu depoimento já tinha passado de 1 milhão de visualizações no You Tube. Em um mês, o mesmo vídeo, publicado por diferentes usuários do site, já foi visto mais de 2,2 milhões de vezes.


A repercussão também pegou a professora de surpresa. Neófita nas redes sociais, até o vídeo começar a correr a internet, a presença de Amanda era pequena na rede mundial de computadores. Não tinha perfil no Facebook e nem no Twitter. Mantinha uma conta no Orkut, visitada poucas vezes, só “para ver os recados”. Hoje, além de estar presente nas principais redes, ela tem até um blog onde divulga suas andanças pelo país.
Filiada ao PSTU, a sua presença em Brasília reflete uma mudança na atuação de classe da professora. Ela tem viajado pelo país participando de movimentos de professores. Esteve, por exemplo, em Florianópolis e no Rio de Janeiro, entre outras cidades. Deu entrevistas para veículos regionais e até para o programa Domingão do Faustão, da TV Globo.
Em entrevista concedida ao Congresso em Foco na quarta-feira, ela reconhece que tem aproveitado o sucesso para ampliar a visibilidade das reivindicações dos professores e, na visão dela, das greves na educação. “Até me orgulharia de ser um modelo a ser seguido. Não por aquela fala na audiência ou por esta repercussão, mas pela história mesmo de militância que as pessoas devem fazer”, afirmou.
Na sessão de quarta-feira, ela estava acompanhada por, entre outros, o presidente nacional do PSTU, Zé Maria. Por enquanto, Amanda diz que não teve tempo para pensar em se candidatar a um cargo eletivo. Ao Congresso em Foco, afirmou que seu lugar é na escola, mas também não nega que isso possa fazer parte do seu futuro.
Nas viagens que têm feito pelo país, a professora potiguar acredita que os problemas enfrentados pelos professores são similares. Ela critica a postura dos governos estaduais e federal, tanto pela falta de diálogo com a categoria quanto pela judicialização das greves. Além disso, tem defendido que o Plano Nacional de Educação (PNE) tenha a previsão de aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação de forma imediata.
Tanto durante a entrevista como pela sua passagem pela Câmara, Amanda foi abordada diversas vezes por funcionários da Casa e visitantes. Em todas as intervenções, eram palavras de elogios por conta do vídeo gravado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. “Acabou que as pessoas se identificaram com isso”, disse Amanda, que é professora desde 2002.

Leia a íntegra da entrevista:
Congresso em Foco - Como você está fazendo o blog?

Amanda Gurgel - Estou contando com o auxílio de um amigo, que é jornalista, em Natal. Como eu não tenho tido muito tempo, eu vou fazendo as matérias e ele vai postando. Também vai postando outros textos que sejam relacionados à educação. Ele tem selecionado, tem feito uma seleção de textos muito interessante. Textos que contribuem para a formação das pessoas. Ele manda para mim e posta no blog. A gente tá dividindo um pouquinho porque realmente pra mim tá muito pesado.

O blog é uma consequência do vídeo que virou hit na internet?

Com certeza. O blog, o twitter, o facebook. Eu era uma pessoa excluída das redes porque nunca me interessei. Tinha, na verdade, um certo receio da internet, justamente por isso. A internet é um perigo, qualquer coisa que entra ali toma uma proporção que ninguém imagina. De repente, eu me vi nessa situação. Antes, eu não tinha nada. Tinha só um perfil no Orkut, que entrava uma vez por semana para ver o que tinha de recado. Agora tenho tudo.
No dia da audiência pública você imaginava que aquele seu depoimento pudesse ter um alcance como este?
Não, nunca imaginei. Ali naquela fala, não existe nada, nenhuma informação, que seja novidade, ou que não corresponda exatamente à realidade das escolas brasileiras e da vida do professor. Mas acabou que as pessoas se identificaram com isso. Demonstrando que essa realidade não é apenas do Rio Grande do Norte, ela é do Brasil inteiro. Esse fato, aliado ao fato da crise da educação geral, ao fato de eu ter me dirigido diretamente aos deputados, à secretária (de Educação), ao promotor. Isso não é muito comum, as pessoas têm um certo receio. Acho que foram esses elementos que se somaram e geraram essa repercussão.

Quais as suas atividades em Brasília?

Eu vim para participar de uma atividade grande que vai acontecer amanhã, dos servidores federais da educação. Nós estamos nos somando a essa atividade e levantando essa bandeira dos “10% no PIB já” [o movimento quer que 10% do Produto Interno Bruto seja investido obrigatoriamente em educação]. Vou participar também de uma reunião com a Andes [Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior]. Aproveitei a oportunidade de participar da reunião ordinária da Comissão de Educação da Câmara para entregar nosso manifesto em defesa dos 10% no PIB já e contra o Plano Nacional de Educação que aprofunda a privatização na educação.

Se você tiver oportunidade, pretende falar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, as mesmas coisas do vídeo?

Se eu tiver oportunidade, com certeza. É minha obrigação como trabalhadora. Essa tarefa que eu acabei recebendo de forma espontânea, pelo reconhecimento por parte das pessoas, eu tenho que fazer. Vou dizer a ele que ele precisa garantir os mecanismos legais para os trabalhadores. O argumento para negar garantias aos trabalhadores são sempre as leis. Como por exemplo o nosso salário. A alegação para não aumentar nosso salário é sempre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Como são eles que produzem as leis, em especial os deputados, eles têm total condições de rever a lei para que garanta o investimento de 10% do PIB em educação.
Recentemente, nós vimos cinco governadores entrarem no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei 11.738/08, que instituiu o piso nacional dos professores de ensino básico das escolas públicas brasileiras. Qual a sua opinião sobre esta situação?
É um reflexo apenas, não é uma novidade, não é algo que a gente vê como um absurdo. É mais um reflexo do descaso que existe dos governos todos, não só dos estados, mas do federal também, que realizou um corte de mais de R$ 3 bilhões na educação. Qualquer iniciativa por parte de qualquer governo, de implementar um piso, que aliás é irrisório, com certeza vai ser questionada, vai ser levada à última instância para que seja negada. Mas a nossa obrigação como trabalhador é pressionar os governos da forma clássica, nas ruas, com greves para que essa lei seja cumprida, já que é tão raro que haja uma lei que nos favoreça. 

Também existe um movimento por parte do poder público de repressão às greves por meio de ações na Justiça.

Não só na área de educação, mas também em outras áreas, como no caso dos bombeiros no Rio de Janeiro. 
O que também não é uma novidade. Isso sempre acontece. As últimas greves que fizemos no Rio Grande do Norte foram acabadas por força da Justiça. O que prova também que a Justiça não é imparcial, ela está a favor da classe dominante. Não é novidade essa repressão que acontece com as nossas lutas. Mais uma vez é nossa missão reagir. Os trabalhadores são tratados como se fossem bandidos. Esse é mais um aspecto do descaso com os trabalhadores.

Qual a sua avaliação sobre os oito anos de governo Lula e deste começo de governo Dilma Rousseff na educação?
O governo Lula é um governo que investiu em propaganda relacionada à educação. Já que a ampliação, o aumento da oferta de vagas do ensino superior, que foi o carro chefe dele, se deu pelo processo de privatização, que é o investimento do recurso público em instituições privadas por meio do ProUni, que garante tanto a bolsa parcial quanto o incentivo fiscal às empresas. Foi um governo de privatização, de sucateamento da universidade pública, já que a expansão de vagas ocorreu de forma totalmente desproporcional à expansão dos recursos. Isso significa a queda da qualidade. Está havendo um aumento acelerado da relação aluno/professor. Mais alunos por professor. Isso implica na queda de qualidade do ensino. Além do aumento nas filas. Fila para o restaurante universitário, fila para assistência estudantil como um todo. É um governo de propaganda, de privatização do ensino superior.

Então, na sua opinião, é aquele velho ditado de que em política educação não dá voto, mas sim obras e outras realizações que aparecem mais?

Acho que sim, que se aplica muito bem a esse caso. Enquanto estamos vendo prédios novos surgindo nas universidades, excelentes para campanhas publicitárias, ninguém está vendo o que realmente acontece dentro daqueles prédios. A forma como está se dando a produção do conhecimento, não está se levando em consideração. É o que chama a atenção, é o que dá voto, é o perfil do governo Lula, que está sendo replicado pelo governo Dilma, respaldado pelo Plano Nacional de Educação [PNE]. É por isso que nós nos opomos ao PNE e exigimos o investimento imediato de 10% do PIB, já que nós não temos garantia nenhuma de que em dez anos investimento diferente possa acontecer.
Desde o vídeo, você tem conseguido dar aulas no Rio Grande do Norte?

Na verdade, na rede estadual eu estou em greve. Então, estou me esforçando para conciliar as atividades nas outras greves no país, que é importantíssimo. As pessoas estão sentindo a necessidade de articular as greves para construir um movimento nacional para exercer uma pressão maior em defesa dos 10% do PIB. Estou procurando conciliar as greves em outros estados com a minha. E, na rede municipal, onde não estou em greve, eu estou trabalhando no laboratório de informática, que é uma ferramenta auxiliar para os professores que estão em sala de aula. Eu estou negociando com meus colegas, a gente está se revezando lá, estão me dando todo o apoio. Nos dias que eu estou fora, eles estão empenhados em garantir o funcionamento do laboratório. Ou cancelam suas agendas para o laboratório. Estão me apoiando nesta atividade, assim como a direção e os alunos também.
Quando o vídeo saiu, e começou a correr pela internet, muitas vezes ele era replicado com palavras de estímulo.

Você se sente como uma espécie de modelo?

A minha preocupação era que as pessoas passassem a me ver como uma mártir da educação, uma heroína. Eu tenho tido essa preocupação de dizer que eu não sou capaz de fazer nada sozinha, que o que pode determinar uma transformação para o quadro que vivemos é a mobilização de todos. Neste sentido, eu acho importante que as pessoas se espelhem em mim. Afinal de contas, esta sempre foi a minha atividade, desde que eu entrei para o magistério. Logo que eu entrei, já aderi à primeira greve. Até me orgulharia de ser um modelo a ser seguido. Não por aquela fala na audiência ou por esta repercussão, mas pela história mesmo de militância que as pessoas devem fazer. Que é nossa obrigação enquanto trabalhador em educação, que não se deixa levar pelo discurso da mídia de que nossas greves é que prejudicam os alunos. Os alunos são prejudicados pelas condições das escolas.
Como acabar com esta imagem?

Isto tem a ver com a consciência de classe. É uma coisa que a gente vê que vai avançando aos poucos, mesmo dentro da própria luta. Nós não temos a mídia a nosso favor, nós não temos esse instrumento de comunicação tão poderoso a nosso favor. Se se diz diariamente que a greve atrapalha, as pessoas acabam assimilando essa ideia. Na luta, nós estamos fazendo o papel de desmistificar. O que prejudica é a falta de investimento dos governos, que faz os alunos passarem o ano inteiro sem professor de português, de matemática. Muito embora tendo aula todos os dias. O aluno que assiste à aula sem merenda. O aluno que fica uma semana sem assistir às aulas porque uma caixa d’água está quebrada. Isto que é o prejuízo. Quando a gente luta, é para que esta situação seja resolvida. Este é o compromisso do educador.
Nessas viagens, qual o cenário que você tem visto na educação do país?

O mesmo do Rio Grande do Norte. É um cenário de caos mesmo, espalhado pelo Brasil inteiro. Não existe um lugar sequer no Brasil em que as coisas funcionem satisfatoriamente. Desde a estrutura da escola até passando pela quantidade de vagas que é oferecida até o salário do professor. Em todos, existem problemas.
A senhora pensa em concorrer a um cargo eletivo, sair da vida de professora e entrar para a vida pública?
Não, isso é uma discussão que não tenho tempo de fazer agora. Estou tão envolvida neste debate, que é um debate nacional, que eu não tenho tempo para pensar sobre isso. O meu lugar, até hoje eu vejo isso, é na escola. Na escola e nas lutas. Não tenho 
 
 
 
 
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NOTÍCIA: Carta Aberta à Comunidade do CAA/UFPE

FONTE:  http://escrevedor.blogspot.com/2011/06/carta-aberta-comunidade-do-caaufpe.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


O Comando de Greve do Centro Acadêmico do Agreste publicou, hoje, uma carta à comunidade do campus, explicando as razões de sua adesão à greve nacional dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas no dia 6 de junho.

Foto: Samuel Kissemberg

As universidades paralisadas já somam 45, conforme notícia publicada no site da Fasubra, que também fala sobre a marcha que ocorreu em Brasília/DF essa semana:
Caravanas de diversos estados ocuparam a Esplanada para exigir que o governo federal abra as negociações com o Comando Nacional de Greve (CNG-FASUBRA). [...] A marcha, com aproximadamente 7 mil trabalhadores,  foi organizada por mais de 32 entidades representativas do funcionalismo público federal que têm exigido na pauta conjunta: a paridade salarial entre trabalhadores ativos e aposentados, a incorporação das gratificações, definição de política salarial com base nas perdas causadas pela inflação, variação do PIB, e realização de concurso público.
Para visualizar a carta aberta à comunidade do CAA, clique aqui.
Para quem não conseguiu realizar o download do documento em formado PDF no link acima, segue o texto abaixo na íntegra:

Carta Aberta à Comunidade do Centro Acadêmico do Agreste*
  
Prezados,

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais brasileiras estão em greve desde o dia 6 de junho para defender o direito a uma vida digna e promissora. A Universidade Pública está ameaçada, pois os serviços prestados por cidadãos de bem estão sendo deixados à própria sorte. Já estamos no mês de junho e, desde o início do ano, o Governo Federal não apresentou proposta alguma.

Nossa luta é por melhores condições de trabalho, contratação de mais pessoal via concurso público e ampliação da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. Essas reivindicações são importantes para estudantes, trabalhadores, professores, que querem uma sociedade justa. Os estudantes, ao término do seu curso, provavelmente serão trabalhadores, ou talvez já o sejam. Então, imagine a seguinte situação:

  • não encontrar vaga no mercado de trabalho e nem concurso público em número suficiente, mesmo com déficit de pessoal nas Universidades;
  • ter seu salário congelado por dez anos devido a uma lei proposta pelo Governo Federal;
  • permanecer 30 anos exercendo a mesma função sem a possibilidade de evolução na “carreira”;
  • perder o direito à ascensão funcional;
  • possuir o menor salário do funcionalismo público federal, enquanto servidores com o mesmo cargo que você, apenas por ser de outro órgão público, recebe três vezes mais;
  • ter grande parte da sua categoria sem reconhecimento do potencial, apesar do investimento em formação (graduação e pós-graduação);
  • estar sobrecarregado de trabalho, exercendo a atividade de dois ou mais trabalhadores, diante de uma demanda crescente;
  • trabalhar sem infraestrutura adequada, como mesas, cadeiras, banheiros, etc.;
  • ser frequentemente ameaçado ou assediado no setor;
  • no momento da aposentadoria, depois de 30 ou 35 anos de dedicação, receber a notícia que o governo vai retirar direitos e reduzir salário.
Nós, do Centro Acadêmico do Agreste, lutamos para garantir condições dignas de trabalho e o reconhecimento da nossa categoria significativa na construção de uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.

Pauta de Reivindicações

Nesta Campanha Salarial Emergencial 2011 os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos e step 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV da Lei 11.091/2005 (incentivos de qualificação), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, contra a terceirização, revogação da Lei nº 9.632/98 (extinção do cargo de motorista), abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HUs e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas. (Reivindicações extraídas do site da www.fasubra.org.br)

 (*) Carta adaptada de documento da SINTUFSC - CLG – UFSC
Caruaru, 17 de junho de 2011
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

MATÉRIA: Em novo protesto contra o DCE, alunos da PUCRS bloqueiam Av. Ipiranga, na Capital

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3352224.htm


Geral | 14/06/2011 | 22h45min

Sequência de mobilizações contra o diretório começou na semana passada

Em um novo protesto contra a atual gestão do Diretório Central de Estudantes (DCE), estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) bloquearam a Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, na noite desta terça-feira. A via ficou fechada das 21h30min até pouco antes das 22h no sentido centro-bairro, de acordo com a Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC).

Às 22h30min, a situação estava normalizada. A sequência de mobilizações começou ainda na semana passada.
Na noite de ontem, alunos contrários e favoráveis à atual gestão do diretório entraram em confronto. Quatro pessoas ficaram feridas e outras quatro foram detidas pela Brigada Militar, acionada para conter a confusão dentro da Faculdade da Educação (prédio 15).

O motivo dos protestos, conforme alunos, é a eleição para definir os representantes em um Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Goiânia. Organizado pelo DCE, o pleito estava sendo realizado nesta segunda-feira.

PUCRS quer evitar interferir na política estudantilEm nota divulgada na tarde desta terça-feira, a PUCRS informou que evita interferir na "política estudantil". A universidade justifica a posição no fato de os centros acadêmicos terem personalidade jurídica prevista em estatuto e regimento.

"O posicionamento que a Universidade tem mantido em relação às ocorrências prende-se ao fato de que os centros acadêmicos têm personalidade jurídica prevista em Estatuto e Regimento, o que lhes garante autonomia em suas atividades".
"A partir desta concepção, a Universidade tem acompanhado, de forma sistemática, tal representação, propiciando a vivência e o diálogo democrático", completa a nota.

No entanto, a PUCRS informa que, com o objetivo de auxiliar na retomada do diálogo, uma nova agenda de encontros está definida com diferentes representações. "Frente aos últimos acontecimentos, nova agenda de reuniões está definida com diferentes representações, visando ao retorno do diálogo", consta no documento.
Confira vídeos dos conflitos postados na internet:Na noite desta segunda-feira, membros do DCE e estudantes contrários ao diretório protagonizaram intensa discussão no campus da PUCRS:


Em passeata, estudantes cantam o hino do Rio Grande do Sul em protestam contra o DCE da PUCRS:



Integrantes saem da sede do diretório do DCE escoltados pela polícia durante manifestação de estudantes:





Na porta do DCE, integrantes do diretório e estudantes contrários discutem, em 9 de junho:

ZERO HORA
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MATÉRIA: Conselho universitário da PUCRS decidirá data de novas eleições do DCE

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3355727.xml


Geral | 17/06/2011 | 18h17min


Grupo contrário ao DCE pede antecipação das eleições para novembro deste ano, enquanto o Diretório propõe o pleito para abril de 2012

O conselho universitário da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) decidirá quando ocorrerá a nova eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Uma reunião foi realizada na tarde desta sexta-feira entre a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica e os estudantes contrários e favoráveis ao Diretório Central dos Estudantes (DCE).

O grupo 89 de Junho (opositor ao centro acadêmico) pediu a antecipação das eleições do DCE para novembro deste ano, enquanto o Diretório propõe o pleito para abril de 2012.

Estavam presentes na reunião a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes, Eriane Pacheco, a deputada federal Manuela D'Avila, o deputado federal Dionilso Marcon, o deputado estadual Daniel Bordignon, a presidente da Câmara de Vereadores, Sofia Cavedon, e os vereadores Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher e Pedro Ruas.

A reunião também decidiu que serão serão investigadas as eventuais agressões ou atos ilícitos ocorridos durante as manifestações no campus da universidade.

Manifestações:

Desde a semana passada, uma sequência de conflitos tem obrigado a Brigada Militar a comparecer no Campus da Capital, no bairro Partenon, e intervir.
Na noite desta segunda-feira, a eleição promovida pelo DCE para eleger os representantes da PUCRS em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Goiânia terminou em confusão.

De acordo com a BM, quatro pessoas ficaram feridas e outro quatro foram detidas. A briga ocorreu na Faculdade de Educação.

Confira vídeos dos conflitos postados na internet:

Na noite desta segunda-feira, membros do DCE e estudantes contrários ao diretório protagonizaram intensa discussão no campus da PUCRS:


Em passeata, estudantes cantam o hino do Rio Grande do Sul em protestam contra o DCE da PUCRS:


Integrantes saem da sede do diretório do DCE escoltados pela polícia durante manifestação de estudantes:




Na porta do DCE, integrantes do diretório e estudantes contrários discutem, em 9 de junho:




ZERO HORA
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MATÉRIA: Cerca de 70% dos técnicos administrativos da UFRPE aderem à greve

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/06/17/cerca-de-70_porcento-dos-tecnicos-administrativos-da-ufrpe-aderem-a-greve-278306.php


Nacional

Publicado em 17.06.2011, às 13h37

Do NE10
Dos 1.300 técnicos administrativos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), cerca de 70% já aderiram à greve nacional que começou há quase duas semanas. Funcionários da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) da maioria dos centros acadêmicos e das bibliotecas também estão de braços cruzados.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado de Pernambuco (Sintufepe), a reivindicação não é apenas por reposição salarial, mas por reenquadramento dos servidores aposentados, abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos terceirizados e diminuição da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais.
» Greve dos funcionários das universidades federais tem adesão de 44 instituições

O coordenador do Sintufepe/UFRPE, Feliciano Espinhara, disse que cerca de 100 funcionários participam, diariamente, das reuniões no comando de greve. Nessa quinta, 15 servidores da Rural participaram da marcha em Brasília. O Governo Federal recebe o comando nacional do movimento na próxima segunda-feira (20).

Na UFPE, porém, a coordenação do movimento ainda não contabilizou o percentual de servidores que estão em greve, mas afirmou que "alguns centros aderiram por completo, outros parcialmente, mas a adesão é grande e crescente, inclusive nos câmpus do Interior". A UFPE possui cerca de 3.700 técnicos administrativos.
Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a greve começa a afetar a rotina das instituições. No Departamento de Educação da Rural, a falta dos servidores atrasa o início das aulas, uma vez que os prédios ficam trancadas à noite e não há quem abra-os pela manhã. " A gente chega cedo e tem que ficar lá embaixo à mercê de alguma notícia sobre quem vai abrir o portão", reclama a estudante de pedagogia, Fernanda Figueiredo.

IFPE - Neste sábado (18), haverá uma plenária em Brasília para definir se os servidores federais da educação básica e profissional se juntam ao movimento e paralisam as atividades nos institutos federais.


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MATÉRIA: Greve dos funcionários das universidades federais tem adesão de 44 instituições

FONTE: http://ne10.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/06/17/greve-dos-funcionarios-das-universidades-federais-tem-adesao-de-44-instituicoes-278205.php


nacional

Publicado em 17.06.2011, às 07h14

A greve dos técnicos administrativos das universidades federais já conta com a adesão de servidores de 44 instituições. Desde que a paralisação foi deflagrada há quase duas semanas, o movimento grevista não conseguiu reunir-se com o Ministério do Planejamento para que as negociações sejam retomadas. O impasse já prejudica os estudantes e pode colocar em risco o calendário universitário.

Nessa quinta (16), integrantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) participaram de uma mesa-geral de negociação salarial no Ministério do Planejamento com representantes de diversas categorias. Segundo Paulo Henrique dos Santos, coordenador-geral da entidade, não houve nenhuma discussão específica sobre a situação dos técnicos das universidades federais, mas a promessa de que uma nova reunião será agendada para a retomada das negociações.

O movimento pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. De acordo com a Fasubra, hoje os servidores recebem R$ 1.034. “Estamos insistindo, mais uma vez, que se tenha essa reunião porque não há como resolver o problema da greve sem diálogo. Não é interessante para nenhum dos lados”, afirma Santos.

Apesar de os técnicos não terem ligação direta com a sala de aula, a paralisação começa a afetar a rotina das instituições. Na Universidade de Brasília (UnB), onde os servidores aderiram ao movimento, a biblioteca e o restaurante universitário estão fechados. Francisco de Morais, aluno do curso de arquivologia, utiliza os bancos que ficam do lado de fora da biblioteca para estudar.

“Não é o lugar apropriado, é desconfortável e faz frio, mas é o lugar que eu encontrei”, conta o estudante. Aluno do curso noturno, ele também utilizava os serviços do restaurante para jantar, mas, com a greve, compra comida em lanchonetes e diz que sente falta das sopas “saudáveis” que eram servidas pela universidade.

Neide Aparecida Gomes, diretora em exercício da biblioteca, explica que não é possível manter o espaço aberto sem os funcionários. Apenas o serviço de devoluções está funcionando, como forma de proteger o acervo. O coordenador-geral da Fasubra explica que os funcionários mantêm os serviços que não podem ser interrompidos, como projetos de pesquisa e o atendimento à população nos hospitais universitários.

Nesta semana, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se dispôs a colaborar no processo de negociação, mas fez um apelo para que a categoria suspenda a greve. De acordo com Paulo Henrique dos Santos, os reitores das universidades federais também estão trabalhando como interlocutores para evitar que a paralisação prolongada prejudique o calendário. Com os servidores parados não é possível, por exemplo, processar as matrículas do próximo semestre.

“Em que pese o fato de que a gente não tem ligação direta com a sala de aula, trabalhamos toda a estrutura que dá condições aos professores de darem aula. Os processos de cadastramento, toda a parte burocrática é feita pelos técnicos”, explica o dirigente sindical.
Fonte: Agência Brasil
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