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Milhares de estudantes de ensino médio foram às ruas de Madri nesta quinta-feira para protestar contra os cortes do governo regional no setor de educação e outras medidas de austeridade.
Os jovens levaram faixas com o slogan "em defesa do ensino público, os cortes para os banqueiros".
Em uma manifestação marcada pelo bom humor, entre 3.000 e 4.000 adolescentes, segundo estimativas da imprensa local, percorreram o centro da capital espanhola até a famosa Puerta del Sol.
"Temos menos professores. Fecharam a biblioteca porque não tem ninguém para abri-la", reclamou a aluna Alicia Fernández, 16, que participou pela primeira vez de uma manifestação.
Andrea Comas/Reuters | ||
Estudantes exibem faixas em protesto contra cortes orçamentários no ensino público na Espanha |
Os estudantes, muitos deles vestidos com camisetas verdes, que se tornaram o símbolo dos protestos contra os cortes, foram convocados por sindicatos estudantis para greves e manifestações em 35 cidades espanholas.
Em Madri, 85% dos alunos de ensino médio não foram às aulas, segundo os organizadores dos protestos.
Em Barcelona, estudantes também saíram às ruas, mas não há consenso sobre a quantidade de manifestantes. Eram 2.000 segundo cálculos da polícia, mas 15 mil segundo os próprios organizadores.
"Animamos os professores para que saiam mais, que façam mais greves", disse Tohil Delgado, secretário do sindicato dos estudantes, que iniciou a marcha em Madri.
Os professores da região de Madri também realizarão um dia de greve no dia 20 de outubro. Para o dia 22, está prevista na capital uma manifestação de docentes, pais e alunos procedentes de toda a Espanha.
Há dois meses, a educação e a saúde pública são o foco das políticas de austeridade aplicadas por várias regiões espanholas, fortemente endividadas e cujos deficits superam a meta fixada pelo governo central, de 1,3% do PIB até o fim do ano.
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