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domingo, 8 de maio de 2011

MATÉRIA: Paratletas ganham suporte fisioterapêutico

FONTE: http://www.folhape.com.br/index.php/noticias-geral/33-destaque-noticias/636238-paratletas-ganham-suporte-fisioterapeutico


Dom, 08 de Maio de 2011 16:47

“A prática de esportes deu um novo sentido para a minha vida. Posso dizer que a forma como eu me vejo mudou completamente”. A afirmação é do paratleta Rosivaldo Fernandes, 37, e é compartilhada pela sua namorada, a também paratleta Cláudia Celina da Silva, 45. Ainda com poucos meses de vida, eles contraíram poliomielite e a doença trouxe com ela a paraplegia. Mas, ao se tornarem atletas, sentiram na pele os desgastes das atividades intensas, e encontraram na fisioterapia alívio para dores e a possibilidade de evitar novos problemas de saúde.
Os atletas fazem parte de um projeto da Faculdade Estácio do Recife, que oferece suporte fisioterapêutico a paratletas através da disciplina “Prática Supervisionada em Fisioterapia Desportiva”. Com a iniciativa, ao mesmo tempo que oferece o suporte gratuito a esses esportistas, a instituição também oferece a prática da profissão aos alunos do curso de Fisioterapia.
Rosivaldo começou a praticar esportes aos 15 anos, e desde então, já passou pelo atletismo, basquete, tênis de mesa. Há nove anos está na natação. Já Cláudia, começou a nadar em 2003, por conta de uma recomendação médica, já que tinha escoliose (desvio na coluna). Desde que começou a competir, ela já participou de vários campeonatos brasileiros, além de três mundiais paraolímpicos de natação e três Parapan-Americanos.
Rosivaldo também já competiu em vários eventos esportivos internacionais, como os jogos Parapan-Americanos e está se preparando para o Parapan-Americano de Guadalajara, no México, que acontece em novembro deste ano. Em meio a tantos eventos, o casal se conheceu durante os treinos, que acontecem no Sport Clube do Recife e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Hoje treinamos e viajamos juntos. Como moramos próximos, ele também vai muito à minha casa”, comenta Cláudia.
O professor Marcelo Figueiroa é o responsável pelo programa há dois anos e meio. “Inicialmente, quando esta disciplina foi aberta e decidiu-se atender alguns atletas gratuitamente, qualquer esportista podia fazer parte. No entanto, notamos que o público dos paratletas é mais fiel. Todo atleta convive com lesões, e no caso dos paratletas o esforço exigido é dobrado, gerando a necessidade ainda maior de suporte terapêutico voltado para o esporte que ele pratica”, comenta.
Entre os benefícios que os atletas podem obter com a fisioterapia está o alívio das lesões, a melhora da postura e da execução de alguns movimentos durante a atividade física. Além disso, é possível prevenir novos problemas”, pontuou o especialista.
Atualmente, o projeto conta com nove pacientes, que atuam em competições de natação e atletismo. São competidores de nível nacional e internacional, inclusive com medalhista na Corrida de São Silvestre, além de outros com participação em mundiais, Pan-Americanos e Olimpíadas. Atualmente, a clínica não tem vagas para novos atletas, mas os interessados podem ligar para a faculdade e deixar o seu telefone para contato. “Assim que for disponibilizada uma nova vaga, ligaremos para os interessados”, assegura Marcelo.
Da Folha de Pernambuco
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