Tatyanne de Morais
Sáb, 07 de Maio de 2011 12:33
Sáb, 07 de Maio de 2011 12:33
Antes de ser mãe, a jornalista Samara Fernandes não tinha hábitos alimentares dos mais exemplares. Como ela mesma define, adorava comer uma besteira. Bastou descobrir que Nina estava a caminho, que passou a sentir necessidade de consumir ingredientes de maior valor nutritivo. Assim, acrescentou à dieta frutas e saladas, além das recomendadas seis refeições diárias e a preferência por carnes brancas e grelhadas. Uva, que hoje não pode faltar na sua mesa, foi um dos itens que Samara teve o desejo de incluir no cardápio. E é graças à transformação, que hoje a pequena Nina, de 4 anos, segue os passos da mãe e não faz cara feia para alimentos integrais, e sim para itens mais doces, como refrigerante.
A mudança causada na vida da jornalista é mais comum do que se pensa. Segundo a doutora em Nutrição, Roberta Bento, a fisiologia da mulher gera necessidades nutricionais específicas, que vão além da demanda básica de nutrientes e calorias em relação aos demais grupos sociais. “A grande maioria das mulheres combina uma jornada dupla, a vida profissional e responsabilidade da casa. O estilo de vida determina a saúde, bem como as doenças”, pontua. “É por isso que a formação de hábitos saudáveis é a maneira mais eficiente de prevenir os fatores que afetam a saúde da mulher”, completa. Para obter uma vida mais regrada, é necessário reduzir o consumo de gorduras e sal, limitar doces e aumentar a atividade física.
De acordo com a especialista, períodos críticos na vida feminina podem comprometer seu estado nutricional. É o caso da gravidez, lactação, menopausa. A tensão pré-menstrual é mais um deles. Nessa época, alterações de humor e ansiedade levam ao aumento de ingestão de alimentos. Para dar uma aliviada nos efeitos, Roberta recomenda que bebidas alcoólicas, café e sal sejam reduzidos, e frutas e legumes frescos e alimentos ricos em fibras, mais consumidos. Já na época da menopausa, a profissional explica que os fitoestrógenos, presentes na soja, atuam como os hormônios sexuais, deficientes neste período.
Já no período de envelhecimento, quem ganha destaque são os antioxidantes, que neutralizam os radicais livres produzidos pelo organismo. Segundo a nutricionista, alguns importantes são o licopeno, presente nos alimentos vermelhos, na vitamina E, gérmen de trigo e vegetais folhosos, e ômega 3, em linhaça, nozes e peixes. “Algumas mulheres seguem dietas de baixas calorias, com quantidades inadequadas de cálcio e outros nutrientes essenciais para a manutenção óssea. Além do alto consumo de cafeína, álcool, sódio e proteína, que aumentam a quantidade de cálcio excretado na urina, sendo assim, promotores de osteoporose”, alerta Roberta sobre a doença que tem afetado uma a cada três mulheres acima de 65 anos. “Os minerais cálcio, fósforo, manganês e zinco e as vitaminas D, C e K são micronutrientes importantes como componentes ósseos ou reguladores do metabolismo ósseo”, explica.
Agradecemos ao restaurante Brasserie (3302.3312), situado no hotel Atlante Plaza, que colaborou na produção da foto.
ServiçoRoberta Bento é doutora em Nutrição e professora da UFPE. Contato: robertabentonutricionista @hotmail.com
DEPOIS do nascimento de Nina, Samara conquistou dieta mais regrada e nutritiva
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